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Avanço na regulação torna Brasil promissor em bioinsumos

“O crescimento dos bioinsumos no Brasil enfrenta desafios”



O “crescimento dos bioinsumos no Brasil enfrenta desafios, como a incerteza econômica e a falta de capitalização dos produtores” O “crescimento dos bioinsumos no Brasil enfrenta desafios, como a incerteza econômica e a falta de capitalização dos produtores” - Foto: Divulgação

O Brasil também é um local promissor para multinacionais do setor, devido ao avanço na regulação e à diversidade de cultivos. A afirmação é de Carlos Cogo, Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, ao analisar as perspectivas futuras do mercado brasileiro de insumos agrícolas.

De acordo com o consultor, o Brasil pode se tornar uma “plataforma de exportação de tecnologias agrícolas para países de clima tropical”. Além disso, acrescenta Carlos Cogo, a utilização de bioinsumos deve crescer em países da Europa e nos Estados Unidos.

Entre os desafios e oportunidades, o Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio alista fatores conjunturais. De acordo com ele, o “crescimento dos bioinsumos no Brasil enfrenta desafios, como a incerteza econômica e a falta de capitalização dos produtores”. 

Mesmo assim, projeta o consultor, espera-se que o mercado “mantenha um crescimento de cerca de 30% no País”. Isso significaria que o mercado brasileiro de bioinsumos aumentaria o seu já excelente crescimento de 15% em volume financeiro, alcançado na safra 2023/2024, quando atingiu R$ 5 bilhões em vendas. Isso representa uma taxa média de crescimento anual de 21% nos últimos três anos, quatro vezes superior à média global.

“O Brasil é considerado um dos países mais importantes no setor de bioinsumos. A indústria brasileira investe mais de 3% de seu faturamento em produtos biológicos. As culturas que mais utilizam bioinsumos no Brasil são a soja (55%) e o milho (27%). A cana-de-açúcar também representa uma parcela significativa (12%). Além disso, há uso em outras importantes culturas, como algodão, café, citros e FLV (hortifruti como frutas, legumes e verduras)”, conclui o consultor.

REGULAÇÃO

A regulação para o uso de bioinsumos é um pilar defendido pela ABINBIO (Associação Brasileira de Indústrias de Bioinsumos), que foi recentemente apresentada de forma oficial. Reunindo diversas das principais empresas do setor, a ABINBIO afirma que vem trabalhando “intensamente em diversos níveis para promover o avanço e o desenvolvimento da tecnologia e da legislação dos bioinsumos no Brasil, a fim de garantir que o crescimento seja sustentável e contínuo”.

“Entendemos que a Indústria brasileira de bioinsumos é referência para todo o globo, e para que isso continue sendo assim, é de fundamental importância que os governantes e os órgão regulatórios estejam atentos a possíveis entraves e ameaças ao setor”, afirma Marcelo de Godoy, presidente da ABINBIO.

De acordo com ele, existem importantes projetos de lei em discussão que vão definir o futuro da agricultura brasileira. “Estamos trabalhando para garantir que haja uma regulamentação segura para a produção de bioinsumos, evitando perigos advindos da clandestinidade, da produção precária ‘on farm’. Com isso, vamos garantir que o futuro dos insumos biológicos no Brasil seja duradouro, sustentável, produtivo e seguro”, conclui.

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