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Adiada reavaliação do glifosato na UE

Decisão surge devido ao inesperado número de contribuições enviadas na consulta pública



Foto: Marcel Oliveira

Foi adiada para o segundo semestre de 2023 a avaliação de risco sobre o glifosato na União Europeia, anunciaram a Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). A decisão cria um impasse, uma vez que a atual autorização para comercialização do herbicida expira no final deste ano.

De acordo com o portal especializado Euractiv, a decisão surge devido ao inesperado número de contribuições enviadas na consulta pública às partes interessadas. É aguardado agora que a Comissão Europeia proponha uma extensão temporária da autorização até a decisão final.

O Glyphosate Renewal Group considera que a nova data é uma “expressão de um procedimento muito transparente que proporciona a todas as partes interessadas a participação no processo”. O GRG reúne empresas interessadas na renovação da autorização, unindo recursos e esforços para preparar um único dossiê com todos os estudos científicos e informações sobre a segurança do glifosato.

Por outro lado, os ativistas contrários à tecnologia, reunidos pela Pesticide Action Network Europe, pede à EFSA que “apresente uma declaração sobre as conclusões não industriais antes do final do ano, de modo que a Comissão Europeia e os Estados-Membros abandonem a ideia de prolongar a autorização”.
 
As agências da UE já haviam concluído que não existiam “provas” que ligassem a utilização do glifosato ao aumento do risco de câncer nos seres humanos. Os ativistas, no entanto, criticaram o processo de avaliação das agências argumentando que a conclusão foi baseada em estudos encomendados pela indústria.

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