Laboratório de Sementes e Mudas da Cati recebe nota A de entidade internacional
Laboratório tem mais de 450 espécies em seu escopo de análise
Laboratório tem mais de 450 espécies em seu escopo de análise
Seguindo padrões internacionais de análise de sementes desde a década de 1990, o Laboratório Central de Sementes e Mudas (LCSM), do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, mais uma vez teve a sua eficiência comprovada.
No final do ano passado, a diretoria do LCSM recebeu o resultado de sua participação no teste de proficiência organizado pela International Seed Testing Association (Ista), instituição internacional da qual o Laboratório é membro associado desde 1976 (tendo sido o primeiro do Brasil é integrar a Ista), obtendo nota máxima em todos os requisitos - análise de pureza, determinação de outras sementes por número e identificação de espécies, teste de germinação e teste de viabilidade - em sementes de Brachiaria brizantha.
“O programa de proficiência organizado pela Ista é referência mundial para a avaliação da qualidade de laboratórios de análise de sementes e visa garantir os padrões na execução das análises dos laboratórios distribuídos por todos os países membros. Ou seja, o certificado da Ista atesta que a qualidade de nossas análises está em conformidade com os padrões internacionais”, salienta a engenheira agrônoma Patrícia Ribeiro Cursi, diretora do Laboratório, do qual está à frente desde o mês de julho de 2016.
Para o diretor do DSMM, Ricardo Lorenzini, o certificado da Ista coroa o trabalho que tem sido realizado há décadas e o aprimoramento constante. “O Laboratório Central é fundamental para garantir a qualidade das sementes produzidas pelo Departamento e que são disponibilizadas aos produtores. Já temos investido em infraestrutura, mas em 2017 faremos um aporte maior de recursos para renovação de todos os equipamentos, visando cada vez mais acompanhar os padrões dos melhores laboratórios do mundo”, explicou Ricardo.
O diretor também revela outra informação importante. “Atualmente temos laboratórios regionais que estão localizados nos Núcleos de Produção de Sementes (NPS) de Ataliba Leonel, Avaré, Paraguaçu Paulista, Santo Anastácio, Itapetininga e Fernandópolis, que serão reestruturados e ligados ao Laboratório Central (atualmente estão subordinados à área de produção do NPS), criando assim Núcleos Laboratoriais Regionais, com autonomia e capacidade física para atender às demandas de análises, tanto interna quanto externa, que são imensas, contribuindo assim para a otimização das análises realizadas no Laboratório Central, que tem outras responsabilidades além dessa”.
Apesar de atender à demanda de análise das sementes produzidas e comercializadas pelo DSMM, o LCSM tem relevância nacional na fiscalização de sementes importadas, com ponto de ingresso pelo Estado de São Paulo, pois é o único laboratório credenciado para análise de amostras oficiais e emissão do laudo Boletim de Análise de Sementes.
Nesse contexto, o Laboratório tem mais de 450 espécies em seu escopo de análise, abrangendo grandes culturas, forrageiras, olerícolas, ornamentais e florestais. “Nós também realizamos serviços de análise para produtores rurais que tenham interesse em verificar a qualidade das sementes adquiridas e para empresas do setor”, informa a diretora, destacando que, em média, são realizadas cerca de 1.000 análises mensais.
Além dos serviços de análises, o Laboratório, buscando o aprimoramento de profissionais da área de tecnologia de sementes, oferece cursos de capacitação para analistas e responsáveis técnicos por laboratórios de análises de sementes de todo o Brasil. “Nossa meta para 2017 é a realização de quatro treinamentos. O objetivo dessa ação é compartilhar todo o conhecimento gerado e adquirido ao longo dos 48 anos de atuação no setor”, disse Patrícia, informando que, além dessa ação de capacitação, a unidade atua em parceria com instituições de pesquisa, visando ao desenvolvimento e à contínua melhoria de métodos de análise de sementes no País.
Uma dessas parcerias, que começará a dar frutos em 2017, foi a celebrada com o Instituto Florestal, a Escola Superior de Agronomia “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Por meio de ações conjuntas, um grupo de trabalho formado por técnicos das respectivas entidades conduzirá um projeto visando estabelecer uma metodologia única para análises de sementes nativas, englobando temas como aferição, viabilidade, pragas e patógenos. “Já temos metodologias de análises de sementes de essências florestais que são produzidas e comercializadas pelo DSMM, mas o número de espécies nativas é imenso. Por isso, esse trabalho será de suma importância para espécies pouca conhecidas e até para algumas que correm risco de extinção”, salientou Patrícia.
Além disso, segundo o diretor do DSMM, não existe uma regra definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a análise das sementes florestais, portanto esse trabalho contribuirá para traçar normas adequadas. “A partir desse projeto e com apoio da Comissão Estadual de Sementes e Mudas (CESM–SP), o objetivo é estabelecer diretrizes e procedimentos para essas análises e enviá-los para a análise do Ministério, para que sejam adequadas e implementadas como normativa nacional, como acontece com as sementes de milho que têm padrão definido”, ressaltou Ricardo.
Diante das certificações obtidas e do reconhecimento por parte do MAPA e de outras entidades do setor, do Brasil e do exterior, o LCSM tem mantido a excelência dos serviços prestados ao agricultor paulista, tendo como base um sólido sistema de gestão da qualidade. “Por meio desse sistema, é possível assegurar que as atividades técnicas e administrativas tenham o mais alto nível de confiabilidade, segurança, competência e qualidade, garantindo os resultados das atividades de análises físico-fisiológicas e sanitárias das sementes, com adoção de Boas Práticas e procedimentos em conformidade com as diretrizes da NBR ISSO 17025:2005”, afirmou Patrícia.
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Instalado na sede da CATI, em Campinas, o LCSM realiza análises e desenvolvimento de tecnologia em análise de sementes desde 1968, elaborando e propondo normas e padrões de análise e sanidade de sementes e mudas no Estado de São Paulo. Em 23 de agosto de 2016 teve seu credenciamento no Registro Nacional de Sementes e Mudas, controlado pelo MAPA, renovado para os próximos três anos, sob a inscrição n.° SP-15958/2016.
Laboratório Central de Sementes e Mudas (LCSM)
Avenida Brasil, 2.340 - Jardim Chapadão - Campinas (SP) - CEP: 13070-178. Telefone: (19) 3743-3835; e-mail: [email protected]