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Pastagens de verão avançam no Rio Grande do Sul

Produção de pastagens enfrenta contraste climático no estado



Foto: Divulgação

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (28) na Emater/RS-Ascar, o desenvolvimento das pastagens de verão avança no Rio Grande do Sul, com variações de desempenho devido à irregularidade climática nas regiões acompanhadas pela Emater.  Espécies como tifton, jiggs, braquiárias e panicuns apresentam bom desenvolvimento nas áreas onde as chuvas foram adequadas, incentivando a adoção de espécies perenes. Contudo, em regiões com precipitações limitadas, o crescimento das forrageiras foi prejudicado, afetando a oferta de alimento para os animais.

Na região de Bagé, os produtores de São Borja iniciaram o uso das pastagens após as chuvas. Já em São Gabriel, o rendimento de sementes de azevém foi positivo, indicando boa oferta para o próximo ciclo. Em Caxias do Sul, as gramíneas da integração lavoura-pecuária (ILP) foram dessecadas para o plantio das lavouras de verão, enquanto as pastagens anuais seguem disponíveis para pastejo.

Em Frederico Westphalen, as pastagens anuais apresentam bom desenvolvimento, e parte significativa já está sendo utilizada. Em Derrubadas, na região de Ijuí, a produção de massa verde foi beneficiada por chuvas regulares, mas a estiagem em outras áreas do município aumentou o teor de fibra e reduziu os horários de pastejo por causa do estresse térmico.

Em Lajeado, as pastagens perenes e anuais têm se desenvolvido bem devido às recentes precipitações e adubações. Em Santa Clara do Sul, o milho e as pastagens também apresentam crescimento satisfatório. Já em Tupandi, o plantio de milho para silagem segue com boas perspectivas. Na região de Pelotas, o campo nativo mostra bom desempenho em municípios como Canguçu e Herval. Contudo, em Turuçu, a limitada oferta de forragem tem causado perda de peso nos animais.

A irregularidade das chuvas prejudicou as condições das pastagens em regiões como Porto Alegre, onde os ventos e a radiação solar ressecaram o solo. Em Santa Rosa, a estiagem afetou a produção de forragem, mesmo nas áreas irrigadas, exigindo esforços diários de irrigação para manter a oferta.

Em contrapartida, em Soledade, as condições climáticas favoráveis, com boas taxas de radiação solar e umidade, proporcionaram maior produção de matéria seca. Já na microrregião da Quarta Colônia, em Santa Maria, chuvas acima de 30 mm impulsionaram o crescimento das pastagens, com volumes de até 80 mm registrados em algumas áreas.

A previsão de chuvas nas próximas semanas será crucial para garantir o desenvolvimento das pastagens recém-implantadas e a continuidade da oferta de alimento para os animais, especialmente nas regiões mais afetadas pela estiagem, conforme dados da Emater.

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