Pastagens de verão impulsionam produção no Rio Grande do Sul
O aumento das temperaturas tem provocado estresse térmico nas vacas
A atividade leiteira no Rio Grande do Sul segue em transição das pastagens de inverno para as de verão. O chamado vazio forrageiro, comum nesse período, impacta o setor, apesar de o clima quente e chuvoso favorecer o crescimento das pastagens de verão, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (05) pela Emater/RS.
O aumento das temperaturas tem provocado estresse térmico nas vacas, reduzindo o consumo de alimentos e, consequentemente, a produção de leite. Ainda assim, os animais mantêm boa condição corporal. Por outro lado, a elevação na pressão de endo e ectoparasitas, como carrapatos, mosca-dos-chifres e berne, exige atenção redobrada no manejo sanitário.
De acordo com a Emater/RS, em Manoel Viana, na região administrativa de Bagé, a maior oferta de pastagens anuais e perenes de verão resultou em aumento da produção leiteira. A recomendação é ajustar o acesso dos animais aos piquetes para horários mais frescos, garantindo maior ingestão de forragem verde.
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Na de Caxias do Sul, o controle eficaz de ectoparasitas mantém estáveis a sanidade e o estado corporal dos rebanhos. Em Erechim, a redução da umidade excessiva nos arredores das propriedades diminuiu o risco de mastite e problemas de casco. Nas regiões de Ijuí e Passo Fundo, embora a produção esteja estável, o estresse térmico começa a impactar o consumo animal, especialmente em propriedades sem áreas sombreadas.
Em Pelotas, a comercialização de leite segue estável, mas os custos com ração e insumos subiram, exigindo investimentos em infraestrutura, como geradores. Já em Porto Alegre, a venda de vacas de descarte apresentou melhora, enquanto a comercialização de terneiros da raça Holandesa ainda enfrenta dificuldades.
Na de Santa Maria, estratégias de manejo, como o uso de carrapaticidas e a troca de piquetes, são adotadas para combater infestações de moscas e carrapatos. Em Santa Rosa, altas temperaturas obrigaram ajustes no manejo, incluindo redução do tempo de pastejo e uso de alimentos conservados. Em Soledade, as pastagens de verão têm ofertado boa quantidade de forragem, beneficiando o rebanho leiteiro, mas o manejo adequado segue sendo essencial para garantir a eficiência produtiva, conforme apontou o informativo.