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Safrinha recorde e Real forte redefinem cenário do milho

Cotações do milho sofrem pressão


Foto: Pexels - Pixabay

No Brasil, os preços do milho estão enfrentando uma pressão de queda, impulsionados pela valorização do Real e pela intensificação da colheita da safrinha. De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), essa dinâmica tem influenciado diretamente os mercados internos e externos do cereal.

No Mato Grosso, a colheita já alcançou 76,3% da área semeada até o início desta semana, superando a média histórica de 59,3%. As vendas de milho no estado, no corrente ano comercial, chegaram a 45,4% do total previsto para a colheita, com o preço médio em junho registrado em R$ 38,43 por saco. Em relação à futura safra, as vendas atingem 4,7% do total esperado, conforme dados do Imea.

A colheita da safrinha no Centro-Sul brasileiro também está avançada, atingindo 63% da área plantada até o dia 4 de julho, comparado a 26% no mesmo período do ano anterior, segundo a AgRural. A Conab indica uma colheita de 61,1% na mesma região. Já a comercialização da segunda safra de milho no Centro-Sul alcançou 34% do total previsto para este início de semana, com uma produção estimada em 83,6 milhões de toneladas, contra 99 milhões de toneladas do ano anterior, conforme dados da Safras & Mercado.

No Mato Grosso do Sul, a Famasul reporta que a colheita da safrinha chegou a 29,6% da área total no início desta semana. Das áreas restantes, 40,5% estavam em condições boas, 25,7% em condições regulares e 33,8% em condições ruins.

As exportações brasileiras de milho totalizaram 223.562 toneladas na primeira semana de junho, representando apenas 5,3% do total exportado em todo o mês de julho do ano passado, segundo a Secex. A média diária de exportações na primeira semana de junho foi 77,8% inferior à média diária de julho do ano passado, refletindo a menor competitividade do milho brasileiro no mercado mundial. No entanto, a Anec espera um total exportado de 4,09 milhões de toneladas em julho, após revisões.

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