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Estudo mostra tendência do aumento de álcool produzido do milho em MT

Produção de biocombustível proveniente do milho no Brasil tende a ocupar um lugar de destaque nos próximos anos



A produção de biocombustível proveniente do milho no Brasil tende a ocupar um lugar de destaque nos próximos anos, se depender da produção do etanol industrializado em Mato Grosso. A conclusão é do Diagnóstico da Produção de Etanol em Mato Grosso: Binômio Cana-de-açúcar/Milho, compêndio publicado na última semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o estudo, do total saído das usinas no estado na safra 2017/18, cerca de ¼ da oferta de álcool é originário do etanol de milho, que tem um custo de produção inferior ao da cana-de-açúcar. “Ainda mais que o volume produzido do combustível proveniente da cana-de-açúcar não tem apresentado avanço significativo nas últimas safras”, complementa Benancil Martins, analista da Conab e responsável técnico pelo compêndio.

Martins afirma ainda que, sem a participação do cereal, a produção estadual de etanol estaria praticamente estagnada nos últimos anos. “A produção total de etanol, contemplando os tipos anidro e hidratado, cresceu 37% entre as safras 2014/15 e 2017/18 em Mato Grosso, o que rendeu um incremento de 461,6 mil m3 no período, com grande contribuição do milho”. 

O estudo alerta, no entanto, à preocupação de que essa tendência possa impactar no quadro de oferta e demanda do combustível mato-grossense, tendo em vista o mercado consumidor restrito do estado. “Para a safra 2018/19, há uma demanda de quase 2 milhões de toneladas de milho pelas usinas no estado, dentro de um cenário superior a 4 milhões de toneladas do cereal”, conclui.

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