Alfafa pode reduzir custos na produção de leite
Redução do uso de suplementação alimentar favorece uso da alfafa
Uma pesquisa desenvolvida na Embrapa Pecuária Sudeste comparou um sistema de produção de leite tradicional e outro com uso de alfafa. No tradicional, as vacas foram alimentadas a pasto e concentrado no período das águas e silagem de milho e concentrado na época de seca. No experimento com alfafa, diminuiu-se a área de capim (Tanzânia) e a destinada à produção de milho para silagem. A única interferência foi a introdução dessa leguminosa.
Sempre antes de receberem a suplementação, tanto pela manhã, quanto à tarde, os animais eram levados ao pastejo na alfafa, para estimular o consumo dessa forrageira. Dessa forma, foi possível reduzir da dieta a utilização de farelo de soja na época da seca e eliminar esse concentrado durante o período das águas. De acordo com o pesquisador Oscar Tupy, mesmo com um maior número de vacas no sistema que utilizou a alfafa, o consumo de concentrado e de silagem de milho foi reduzido na dieta. Para Reinaldo Ferreira, pesquisador que trabalha com melhoramento de alfafa, isso se deve ao potencial proteico desta leguminosa. Outro aspecto destacado por Ferreira é que o custo de formação de uma nova área com alfafa, que geralmente é elevado, deve ser dividido em três anos, tempo de vida útil de um alfafal. Ainda, a leguminosa serve de adubo para a próxima cultura cultivada, contribuindo com cerca de 100 kg/ha de Nitrogênio.
No entanto, a alfafa é uma forrageira exigente. A planta requer calagem, adubação de plantio e de manutenção, irrigação e controle de plantas daninhas. Para isso, o produtor terá que investir em irrigação e mão de obra para manutenção da área.