A escolha da cultivar adequada é uma decisão que cabe ao produtor e/ou técnico, levando-se em conta que o rendimento de uma lavoura é o resultado do potencial genético da semente e das condições edafoclimáticas do local de plantio, além do manejo da lavoura. De modo geral, a cultivar é responsável por 50% do rendimento final. Consequentemente, a escolha correta da semente pode ser a razão de sucesso ou insucesso da lavoura. Hoje, existem no mercado 302 cultivares e a escolha baseada no gosto pessoal, disponibilidade e preço não é a melhor opção.
Outros aspectos relacionados às características da cultivar e do sistema de produção deverão ser levados em consideração, para que a lavoura se torne mais competitiva. A escolha de cada cultivar deve atender as necessidades específicas, pois não existe uma cultivar superior que consiga atender a todas as situações. Na escolha da cultivar, o produtor deve fazer uma avaliação completa das informações geradas pela pesquisa, assistência técnica, empresas produtoras de sementes, experiências regionais e pelo comportamento em safras passadas. O produtor deverá ter em mente aspectos como adaptação da cultivar a região, produtividade e estabilidade, ciclo, tolerância a doenças, qualidade do colmo e raiz e textura e cor do grão.
A melhor forma de garantir um rendimento superior é a utilização de sementes fiscalizadas ou certificadas e o uso de cultivares recomendadas pelas Comissões Regionais de Pesquisa em Milho e Sorgo, conforme descrito pelo Zoneamento agrícola da cultura para cada região do país.
José Luis da Silva Nunes
Eng. Agrº, Dr. em Fitotecnia