USDA: Perspectivas para o milho revisadas para baixo
No Brasil, as estimativas permanecem estáveis
O relatório de Oferta e Demanda dos Produtos Agrícolas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe as novas perspectivas para a produção de milho no mundo e nos principais países produtores em outubro. A projeção global de produção de milho foi ligeiramente revisada para baixo, passando de 1,218,57 bilhão de toneladas em setembro para 1,217,19 bilhão de toneladas em outubro. Os estoques finais globais também foram ajustados para baixo, de 308,35 milhões de toneladas para 306,52 milhões de toneladas, refletindo as expectativas sobre as condições climáticas e produtivas em várias regiões.
No Brasil, as estimativas permanecem estáveis, com a produção projetada em 127 milhões de toneladas e as exportações em 49 milhões de toneladas. Já os estoques finais foram ajustados para 2,84 milhões de toneladas em setembro, evidenciando que as exportações brasileiras seguem desempenhando um papel crucial no abastecimento global, especialmente em um cenário de ajustes nos estoques dos Estados Unidos e da Argentina.
Nos Estados Unidos, a previsão de produção foi revisada de 385,73 milhões de toneladas em setembro para 386,17 milhões de toneladas em outubro, com a produtividade ajustada para 192,28 sacas por hectare. No entanto, as perspectivas indicam uma redução nos estoques finais, que caíram de 52,26 milhões de toneladas para 50,78 milhões de toneladas. A área plantada e colhida permanece estável, assim como o uso de milho para produção de etanol, que se mantém em 138,44 milhões de toneladas.
Na Argentina, as projeções mantêm a produção de milho em 51 milhões de toneladas para outubro, com as exportações também permanecendo em 36 milhões de toneladas. No entanto, os estoques finais foram ajustados para cima, passando de 1,74 milhão de toneladas em setembro para 2,79 milhões de toneladas em outubro, refletindo uma expectativa de equilíbrio no balanço de oferta e demanda local.
Por fim, na Ucrânia, as perspectivas foram revisadas para baixo, com a produção passando de 27,2 milhões de toneladas em setembro para 26,2 milhões de toneladas em outubro. As exportações também foram ajustadas de 24 milhões para 23 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais caíram de 730 mil toneladas para 630 mil toneladas, sinalizando desafios contínuos devido a questões logísticas e climáticas.