O corte da planta de milho no momento errado para produção de silagem tem sido um dos erros mais freqüentes cometidos pelos produtores. Para que a planta de milho seja cortada no ponto ideal é importante o produtor ajustar adequadamente a sua estrutura de maquinários com o tamanho da área de milho que será ensilada e plantar escalonadamente híbridos, combinando diferentes ciclos. Tanto a antecipação como o atraso do período de corte trazem prejuízos quanto a qualidade nutricional da silagem.
A antecipação, muitas vezes, é recomendada para facilitar o corte, quando a planta do milho tem baixa qualidade, isto é, está muito fibrosa ou na expectativa de se obter mais produção de matéria verde. Com isso, transportam mais água para o silo, menos nutrientes (energia), aumentam os custos de ensilagem e perdem parte da qualidade da silagem na forma de efluente ou mais conhecido como choro da silagem.
Em alguns casos, os produtores são orientados, incorretamente, em antecipar o corte da silagem para diminuir a presença de grãos nas fezes dos animais, dando a falsa sensação de que a silagem estaria com mais digestibilidade e, supostamente, melhor aproveitada pelos animais.
O corte atrasado do milho ocorre na maioria dos casos quando não há um bom planejamento entre a capacidade de colheita versus o tamanho da área a ser colhida. Isso traz como principal problema a dificuldade de compactação da silagem, comprometendo o processo de fermentação pela presença de ar que poderá reduzir a qualidade da silagem.
A textura do grão é importante na qualidade da silagem?
Recentemente foi aberta, no Brasil, ampla discussão com relação a importância da textura do grão na qualidade da silagem. A idéia central defendida por alguns nutricionistas é que os híbridos de textura de grão mole seriam mais adequados para produção de silagem sob a alegação de que teriam maior digestibilidade do grão, o que diminuiria sua presença nas fezes dos animais.
Como pode ser verificado na tabela abaixo, na fase de linha do leite (L. leite), ponto de corte ideal da silagem, a degradabilidade da matéria seca (MS) do grão de milho, após 24 horas, no grão duro foi de 65,0% contra 61,4% no grão mole. Esses dados mostram que não há diferença entre a degradabilidade da MS do grão de milho entre grãos de textura dura e mole no ponto ideal de silagem. Além disso, os híbridos de milho de textura mole são de baixa capacidade de adaptação e estabilidade agronômica por serem oriundos de material genético temperado, portanto menos defensivos, principalmente com relação às condições climáticas e de doenças.
Ponto ideal de corte para silagem
O ponto ideal de corte para silagem é quando a planta acumula a maior quantidade de matéria seca de melhor qualidade nutricional. Em geral, este ponto se dá quando os grãos atingem o estádio de farináceo-duro, ou 50% da linha do leite, e a planta com teores de MS variando entre 32% e 38%, dependendo do ciclo do híbrido.
No ponto de grão leitoso, o potencial de produção de grãos é de apenas 50%, ou seja, somente metade dos grãos que seriam produzidos na lavoura de milho serão colhidos na ensilagem. "O produtor fez investimentos em uma lavoura de milho e estará colhendo mais forragem do que grãos", resultando numa silagem de menor qualidade e de baixa energia.
Se o pecuarista colher no ponto de grão farináceo-duro, o que equivale a 50% da linha do leite, ele colherá 95% dos grãos e 100% da forragem que o milho pode produzir. Dessa maneira, todo o investimento feito será colhido na forma de silagem composta por forragem e grãos de alta qualidade.
A relação entre o percentual de grão e a qualidade da silagem
A qualidade da silagem pode ser medida por meio do percentual dos Nutrientes Digestíveis Totais - NDT. O NDT, em termos práticos, mede o teor de energia da silagem. O NDT aumenta à medida que se tem maior participação de grãos na silagem, conforme pode-se observar na tabela abaixo.
A alta qualidade da silagem é que determina o maior consumo pelos animais. Se há alta participação de grãos na silagem e se a planta do milho, no caso a forragem, tiver maior digestibilidade, com menores teores de fibra, maior será o consumo pelos animais, o que é fundamental para maiores ganhos de peso ou produção de leite.
Se a silagem tiver maior concentração de energia (NDT), maior será seu potencial para produção de leite ou carne. E a energia produzida na propriedade terá um custo muito menor do que se o produtor tiver que adquirir alimentos concentrados para a complementação da ração dos animais. Além disso, a maior participação de grãos na silagem proporciona maior digestibilidade e, conseqüentemente, os animais apresentarão maior consumo e produção.
O alto custo de uma silagem de baixa qualidade
A antecipação, muitas vezes, é recomendada para facilitar o corte, quando a planta do milho tem baixa qualidade, isto é, está muito fibrosa ou na expectativa de se obter mais produção de matéria verde. Com isso, transportam mais água para o silo, menos nutrientes (energia), aumentam os custos de ensilagem e perdem parte da qualidade da silagem na forma de efluente ou mais conhecido como choro da silagem.
Em alguns casos, os produtores são orientados, incorretamente, em antecipar o corte da silagem para diminuir a presença de grãos nas fezes dos animais, dando a falsa sensação de que a silagem estaria com mais digestibilidade e, supostamente, melhor aproveitada pelos animais.
O corte atrasado do milho ocorre na maioria dos casos quando não há um bom planejamento entre a capacidade de colheita versus o tamanho da área a ser colhida. Isso traz como principal problema a dificuldade de compactação da silagem, comprometendo o processo de fermentação pela presença de ar que poderá reduzir a qualidade da silagem.
A textura do grão é importante na qualidade da silagem?
Recentemente foi aberta, no Brasil, ampla discussão com relação a importância da textura do grão na qualidade da silagem. A idéia central defendida por alguns nutricionistas é que os híbridos de textura de grão mole seriam mais adequados para produção de silagem sob a alegação de que teriam maior digestibilidade do grão, o que diminuiria sua presença nas fezes dos animais.
Como pode ser verificado na tabela abaixo, na fase de linha do leite (L. leite), ponto de corte ideal da silagem, a degradabilidade da matéria seca (MS) do grão de milho, após 24 horas, no grão duro foi de 65,0% contra 61,4% no grão mole. Esses dados mostram que não há diferença entre a degradabilidade da MS do grão de milho entre grãos de textura dura e mole no ponto ideal de silagem. Além disso, os híbridos de milho de textura mole são de baixa capacidade de adaptação e estabilidade agronômica por serem oriundos de material genético temperado, portanto menos defensivos, principalmente com relação às condições climáticas e de doenças.
Ponto ideal de corte para silagem
O ponto ideal de corte para silagem é quando a planta acumula a maior quantidade de matéria seca de melhor qualidade nutricional. Em geral, este ponto se dá quando os grãos atingem o estádio de farináceo-duro, ou 50% da linha do leite, e a planta com teores de MS variando entre 32% e 38%, dependendo do ciclo do híbrido.
No ponto de grão leitoso, o potencial de produção de grãos é de apenas 50%, ou seja, somente metade dos grãos que seriam produzidos na lavoura de milho serão colhidos na ensilagem. "O produtor fez investimentos em uma lavoura de milho e estará colhendo mais forragem do que grãos", resultando numa silagem de menor qualidade e de baixa energia.
Se o pecuarista colher no ponto de grão farináceo-duro, o que equivale a 50% da linha do leite, ele colherá 95% dos grãos e 100% da forragem que o milho pode produzir. Dessa maneira, todo o investimento feito será colhido na forma de silagem composta por forragem e grãos de alta qualidade.
A relação entre o percentual de grão e a qualidade da silagem
A qualidade da silagem pode ser medida por meio do percentual dos Nutrientes Digestíveis Totais - NDT. O NDT, em termos práticos, mede o teor de energia da silagem. O NDT aumenta à medida que se tem maior participação de grãos na silagem, conforme pode-se observar na tabela abaixo.
A alta qualidade da silagem é que determina o maior consumo pelos animais. Se há alta participação de grãos na silagem e se a planta do milho, no caso a forragem, tiver maior digestibilidade, com menores teores de fibra, maior será o consumo pelos animais, o que é fundamental para maiores ganhos de peso ou produção de leite.
Se a silagem tiver maior concentração de energia (NDT), maior será seu potencial para produção de leite ou carne. E a energia produzida na propriedade terá um custo muito menor do que se o produtor tiver que adquirir alimentos concentrados para a complementação da ração dos animais. Além disso, a maior participação de grãos na silagem proporciona maior digestibilidade e, conseqüentemente, os animais apresentarão maior consumo e produção.
O alto custo de uma silagem de baixa qualidade
Ainda é comum no mercado de silagem a antecipação de corte, criando-se a falsa ilusão de colher volume com qualidade. Porém, o produtor deve estar atento ao fato de que os animais que consomem silagens colhidas mais cedo - silagens verdes - podem apresentar um maior consumo de silagem. Mas, isso acontece pelo fato de que a maior quantidade de água presente na silagem faz com que o animal precise ingerir mais silagem - matéria seca - para atender suas necessidades para a produção.
A quantidade de concentrado necessário para manter a mesma produção de leite numa silagem com 62% de NDT é três vezes maior quando se tem uma silagem de 70% de NDT.
Como realizar o corte dentro do período ideal
O primeiro passo para a colheita da silagem dentro do período ideal de corte é possuir uma estrutura em termos de máquinas e implementos compatível com o tamanho da área. Isso inclui as regulagens que permitam o corte das partículas dentro do tamanho ideal, além dos demais processos da ensilagem como compactação, vedação, etc.
O segundo passo é a seleção correta dos híbridos que devem apresentar ciclos diferentes e o plantio escalonado dos mesmos para que se possa aumentar a janela de corte da silagem permitindo a colheita no ponto certo.
A Pioneer possui pelo menos dois híbridos para cada região, que reúnem alto volume de massa verde e seca, elevada qualidade nutricional com estabilidade agronômica e permitem aumentar a janela de corte.
Características dos híbridos Pioneer recomendados para silagem
Além do elevado volume de matéria verde, matéria seca e do NDT, os híbridos Pioneer possuem características nutricionais especiais e estabilidade agronômica para as zonas ambientais e para as épocas de plantio em que são recomendados. Esse conjunto reflete em alta produtividade de grãos (alta energia), baixos teores de fibra (maior digestibilidade), aumentando o consumo pelos animais, o que representa maior rendimento em carne ou leite.
Artigo publicado no portal da Pioneer Sementes em 01.08.2005