Calor extremo ameaça citros e eleva preços
Precipitações são importantes para aliviar o estresse hídrico
Citricultores de São Paulo acompanham com expectativa a previsão de chuvas nas principais regiões produtoras. Segundo informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), essas precipitações são importantes para aliviar o estresse hídrico que afeta especialmente os pomares de sequeiro. O mês de outubro começou com temperaturas elevadas, intensificando as preocupações dos produtores, que veem no calor excessivo uma ameaça à safra atual (2023/24) e à produção da próxima temporada (2024/25).
De acordo com os pesquisadores do Cepea, o calor pode comprometer a qualidade das laranjas ainda nas árvores, além de prejudicar o desenvolvimento da safra futura. A oferta restrita do produto já vem impactando o mercado, e os preços refletem essa condição. Levantamentos do Cepea indicam que, entre segunda e quinta-feira desta semana, a média do preço da laranja pera na árvore alcançou R$ 125,02 por caixa de 40,8 kg, um aumento de 2,23% em relação à semana anterior.
Com a possibilidade de chuvas, há esperança de mitigar os efeitos do calor e melhorar as condições nos pomares. Contudo, a oferta limitada continua pressionando os preços, enquanto os citricultores aguardam um alívio no cenário climático para garantir uma melhor produtividade na próxima safra.