Estudo avalia pulverização em citrus
A cabine por si só não é medida suficiente para reduzir riscos
No geral, as operações de aplicações de agroquímicos em citros foram consideradas seguras - Foto: Pixabay
O programa IAC-Quepia concluiu recentemente um estudo técnico sobre a exposição ocupacional durante a pulverização em citros com turbopulverizadores. Apoiado pelo Fundecitrus e pela Fundag, o estudo foi liderado pela equipe do pesquisador Hamilton Ramos do Instituto Agronômico.
O programa, que completa 16 anos e é realizado em parceria com o setor privado, tem como objetivo aprimorar a segurança e a qualidade dos equipamentos de proteção individual na agricultura. O estudo abrangeu 8 propriedades no cinturão citrícola de São Paulo, com a participação de 24 operadores de maquinário de pulverização.
“Entre os resultados obtidos, avaliamos que o mais relevante responde a uma pergunta antiga do setor citrícola: dentro da cabine do trator utilizado na Aplicação de defensivos agrícolas o operador está seguro frente a exposição aos produtos?”, salienta Ramos. “Concluímos que não: a cabine por si só não é medida suficiente para reduzir riscos ocupacionais desse trabalhador na aplicação de agroquímicos, em citros, com emprego de turbopulverizadores.”
O pesquisador Hamilton Ramos revelou que o levantamento concluiu que o uso de turbopulverizadores em aplicações de agroquímicos em citros aumenta a exposição dos operadores durante o preparo da calda de produtos. As partes do corpo mais suscetíveis foram o braço direito, a coxa direita e a parte frontal, devido aos movimentos exigidos. Recomenda-se a utilização de equipamento de proteção individual específico nessas circunstâncias.
No geral, as operações de aplicações de agroquímicos em citros foram consideradas seguras, exceto para um ingrediente ativo que requer medidas protetivas adicionais. Os resultados do estudo estão disponíveis para consulta por empresas e especialistas do setor citrícola.