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Tomate - produção e consumo no Brasil

Leia sobre a produção e o consumo de tomate no Brasil.


Foto: Canva

Produção de tomate

O tomate é cultivado no ano todo, em praticamente todas as regiões do Brasil, sendo mais concentrado nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O tomate rasteiro para mesa está concentrado no Nordeste e Goiás, já o tomate para processamento, nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. O estado com maior produção em 2019 foi São Paulo, produzindo aproximadamente 1,1 milhão de toneladas, representando 29% da produção nacional. Aproximadamente 35% da produção é de tomate industrial, e o restante para consumo in natura, sendo a variedade Salada Longa Vida o principal, seguido pelo tomate Italiano e tomate Cereja.

O tomate produzido para indústria (produção de purês, molhos prontos, sucos, tomate pelado, extratos etc) é cultivado de forma rasteira. Já o tomate para consumo in natura ou tomate de mesa é produzido de forma estaqueada.

Em 2019, foi registrada uma produção mundial de mais de 180 milhões de toneladas de tomate, em uma área de aproximadamente 5 milhões de hectares, sendo a China a maior produtora, com mais de 62 milhões de toneladas em mais de um milhão de hectares, representando 35% da produção mundial. O Brasil, neste ano, ficou na posição de 10º maior produtor, produzindo cerca de 3,9 milhões de toneladas do produto. Como exportador, o Brasil exporta tomate principalmente para a Argentina, visto que o produto não tem perecibilidade para viajar a longas distâncias. Porém, trata-se de poucos volumes, não possui grande destaque, sendo a maior parte da produção destinada ao mercado interno.

O mercado interno de tomate no Brasil possui uma média de consumo de 4,2 kg de tomate por pessoa por ano, segundo dados do IBGE.

 

Confira na tabela abaixo a produção anual de tomate no Brasil nos últimos anos.

 

Podemos observar que a produção se mantém relativamente estável. Porém, houve uma redução da área plantada da cultura, o que evidencia um aumento de produtividade ao longo dos anos, conforme você pode observar no gráfico abaixo:

 

Em ambiente protegido, a produtividade média por ciclo no Brasil é de 15 kg/m², em um cultivo de 5 a 7 meses. Nos Estados Unidos, as plantas permanecem produzindo por até 10 a 12 meses, e a produtividade média é de 65 kg/m². Esse alto valor se deve à uma série de tecnologias adotadas.

O preço do tomate é influenciado por diversos fatores. As diversas regiões produtoras ofertam o produto, muitas vezes na mesma época, elevando a oferta e diminuindo o preço. Além disso, o clima também exerce grande influência no preço: verões quentes aceleram a maturação dos frutos, aumentando a oferta e reduzindo os preços, já o excesso de umidade favorece a presença de doenças, reduzindo a qualidade e quantidade de frutos disponíveis no mercado, reduzindo a oferta, e, consequentemente, aumentando os preços. Diversos outros fatores também influenciam o preço do tomate, como o custo de insumos como fertilizantes, agroquímicos, sementes, subsídios, planos de fomento etc.

Os principais desafios da produção de tomate no Brasil são o alto custo de insumos, alto número de pragas e doenças que atingem a cultura, baixo preço do tomate e baixa disponibilidade de mão-de-obra.

Fique ligado! Nesta nova seção sobre o tomate, traremos notícias e conteúdos sobre a cultura, publicados periodicamente no nosso portal!

 

Anderson Wolf Machado - Engenheiro Agrônomo

 

Referências:

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção agrícola municipal : culturas temporárias e permanentes - 2001 a 2021. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=766

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Tomate: Análise dos Indicadores da Produção e Comercialização no Mercado Mundial, Compêndio de Estudos Conab, Brasília, DF, v. 21, 2019. Disponível em: https://www.conab.gov.br/institucional/publicacoes/compendio-de-estudos-da-conab/item/12529-compendio-de-estudos-da-conab-v-21-tomate-analise-dos-indicadores-da-producao-e-comercializacao-no-mercado-mundial-brasileiro-e-catarinense

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