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Biodefensivos aumentam 404% em nove anos no Brasil

Cultura da soja responde por quase metade do uso hoje no país



Foto: Divulgação

O Brasil já contabiliza 433 biopesticidas registrados até o último mês de março de 2022, o que representa aumento de 404% em nove anos. Em 2013, eram apenas 107 defensivos biológicos registrados no país, indicando que o Brasil está tomando a liderança na adoção desses insumos alternativos.

Além disso, até março deste ano já contavam com registro ativo 502 produtos biológicos agrícolas, comprovando que essa tendência veio para ficar. Antracnose, mancha alvo, mofo-branco e ferrugem asiática são algumas das principais doenças foliares que mais perdas geram à cultura da soja brasileiras. 

Para combater a incidência, os produtores brasileiros fazem diversas aplicações anuais de fungicidas químicos e, a cada ciclo, a resistência dos patógenos demanda o desenvolvimento de novos ativos para controlar esses alvos. Para alcançar mais eficiência e rentabilidade, de forma sustentável, os produtores têm investido cada vez mais no manejo integrado e em biodefensivos para o controle das doenças na cultura. 

O desenvolvimento de defensivos biológicos com alta tecnologia de formulação puxou um crescimento de 75% desse mercado no país nos últimos dois anos, saltando de um faturamento de R$ 946 milhões em 2019 para R$ 1,79 bilhão em 2021, segundo a consultoria Blink. 

E de acordo com estudo da IHS Markit, a projeção é que em 2030 o setor alcance R$ 16,9 bilhões. A cultura da soja responde por quase metade do uso de biodefensivos hoje no país. No último ano, os sojicultores brasileiros destinaram R$ 829 milhões ao controle biológico de pragas. Em 2019, o investimento havia sido de R$ 391 milhões, segundo a Blink.

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