Chuvas ajudam a recuperar reservas de umidade para grãos na Argentina
Chuvas intensas elevam umidade e beneficiam lavouras em áreas críticas
Segundo o Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na terça-feira (22), a Argentina registrou chuvas pesadas pela segunda semana consecutiva, o que ajudou a melhorar as reservas de umidade para os grãos de invernos imaturos e safras de emergentes de verão em áreas agrícolas ocidentais, que vinham enfrentando seca. As precipitações, que variaram de 10 a 75 mm, cobriram uma ampla região no país com condições mais secas (abaixo de 10 mm) principalmente confinadas ao leste de Buenos Aires.
As chuvas mais intensas (acima de 50 mm) foram concentradas ao leste de Córdoba e nas áreas de produção do norte, como Salta, além de partes ocidentais de Chaco e Formosa. Essas regiões sofreram com a chegada tardia das chuvas sazonais e um prolongado período de calor fora de época, o que causou estresse hídrico nas lavouras de trigo e cevada de inverno, conforme os dados do USDA.
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Apesar das chuvas generalizadas, as temperaturas semanais seguiram acima do normal, com máximas diurnas superando os 30°C até o sul de La Pampa. Esse calor fora de época manteve a alta demanda de umidade das culturas e as perdas por evaporação nos dias secos.
O relatório destacou ainda o avanço do plantio de girassol, que alcançou 25% da área estimada até 17 de outubro, três pontos percentuais à frente do mesmo período do ano passado, conforme os dados do governo da Argentina. O milho, por sua vez, teve 18% da área plantada, igual ao ritmo do ano anterior. Em relação ao trigo, a produção em Córdoba, Santa Fé e Entre Rios avançou para os estágios de desenvolvimento reprodutivo e de enchimento, essaltando a pontualidade das chuvas recentes.