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Fumicultores enfrentam ameaça do mofo-branco

Presença do fungo é especialmente preocupante nas áreas litorâneas de SC



Foto: Braulio Staub/Alliance One Brasil

O tabaco é uma das culturas mais rentáveis da agricultura familiar no Brasil, com 98% de sua produção concentrada na região Sul. Essa estabilidade, no entanto, está em risco devido à ação do fungo Sclerotinia sclerotiorum, conhecido popularmente como mofo-branco. A presença deste fungo é especialmente preocupante nas áreas litorâneas de Santa Catarina, que são fundamentais para a produção de tabaco nos estados do Sul.

O mofo-branco se propaga em condições de alta umidade e pode comprometer em até 50% a renda dos agricultores. A situação se torna crítica quando pequenos produtores, que dependem do tabaco como fonte de sustento, consideram desistir da cultura. A esclerotínia não é apenas um problema fitossanitário, mas uma questão que ameaça a própria sobrevivência de muitas famílias no campo.

Produtores como Maurício Borges de Vargas e Rogério Silva de Matos vivenciaram de perto os impactos da esclerotínia. Após perderem parte significativa de suas lavouras, ambos adotaram práticas de manejo recomendadas por especialistas para combater o fungo. Essas mudanças não apenas melhoraram a qualidade do solo, mas também resultaram em um aumento de 30% a 40% na produtividade, garantindo uma renda mais estável.

Maurício, que cultivava 42 mil pés de tabaco, viu sua produção aumentar após implementar um pacote agronômico. O resultado foi uma recuperação significativa em sua renda, mas o custo de não agir poderia ter sido devastador. Para muitos, o tabaco representa mais do que uma cultura; é a base da economia local e um símbolo de resistência. Para combater a ameaça do mofo-branco, a Alliance One Brasil desenvolveu um pacote agronômico que oferece práticas recomendadas aos produtores de tabaco. Este pacote inclui o manejo adequado do solo, promovendo o plantio com palhada da gramínea braquiária, além da aplicação de trichoderma, um fungo benéfico que combate a esclerotínia.

Com essas práticas, os agricultores não apenas evitam a disseminação do fungo, mas também melhoram a qualidade do solo, resultando em um aumento na produtividade, estimado entre 25% a 35%. Essa abordagem integrada proporciona uma alternativa viável para os produtores, garantindo a continuidade da cultura do tabaco e a sustentabilidade das famílias envolvidas na agricultura.

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