Mercado de defensivos dispara na América do Sul
Brasil é o maior responsável pela retomada de crescimento do setor
Após um declínio em 2020/21, o mercado de proteção de cultivos deve aumentar em cerca de 16,9%, faturando aproximadamente US$ 19,100 milhões na temporada 2021/22. É o que aponta análise preliminar da equipe Crop Science da S&P Global Commodity Insights (anteriormente conhecida como Phillips McDougall).
De acordo com as projeções dos especialistas, a América Latina deve mostrar uma recuperação significativa. Os relatórios de Perspectivas do Setor de Análise de Mercado de Agroquímicos incluem também o México e a América Central, além da América do Sul.
“O mercado tem sido atormentado por turbulências cambiais há anos. Principalmente no Brasil, que foi o maior mercado nacional de agroquímicos do mundo, com US$ 10.700 milhões em 2020/21. No entanto, a valorização do Real impulsionou os negócios neste ano”, aponta a S&P Global Commodity Insights.
Além disso, dizem eles, o país experimentou “um retorno ao clima mais favorável após condições de seca nas principais regiões produtoras. Estima-se que a produção de milho tenha aumentado em 26% devido às condições positivas das safras de inverno nos principais estados produtores”.
“Apesar da seca severa nos estados da Região Sul do Brasil, as áreas expandidas de soja, juntamente com o aumento antecipado das exportações, ampliaram a demanda por proteção de cultivos e impulsionaram ainda mais o aumento dos preços dos produtos. O otimismo do mercado produziu um crescimento de dois dígitos no mercado de proteção de cultivos de soja da Argentina”, conclui o relatório da S&P Global Commodity Insights.
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