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Semana de chuvas volumosas e queda nas temperaturas

Frente Fria no Sul, Chuvas no Norte, Instabilidade no Centro-Norte e possibilidade de geada fraca e pontual



Massa de ar frio traz possibilidade de geada fraca e pontual Massa de ar frio traz possibilidade de geada fraca e pontual - Foto: Pexels

A passagem de uma frente fria pelo Centro-Sul do país e a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) no Norte, juntamente com a instabilidade termodinâmica no Centro-Norte, marcam as condições de tempo nesta semana.

No meio Oeste Gaúcho, a chegada da frente fria traz chuvas significativas, potencialmente benéficas para culturas de verão como soja e milho, que estão em fase de enchimento de grãos. No entanto, os agricultores devem estar vigilantes quanto ao risco de doenças fúngicas e problemas na colheita devido à umidade excessiva.

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Enquanto isso, no litoral norte, a influência da ZCIT promove chuvas regulares. Atenção especial deve ser dada à prevenção e manejo de doenças relacionadas à umidade.

A instabilidade termodinâmica no Centro-Norte, incluindo a região Nordeste, gera um padrão de chuvas irregulares que afeta culturas irrigadas e culturas de ciclo longo como a cana-de-açúcar.

Outro destaque para a semana é o avanço de uma massa de ar frio pelo sul do país que promete trazer o declínio nas temperaturas, com algumas regiões tendo o amanhecer de quarta-feira (06.03) frio, com registros abaixo dos 5°C, onde há possibilidade de geadas fracas e pontuais, sem impactos para os cultivos em campo.
 

VEJA O MAPA E AS TABELAS DE PREVISÃO

Sul

No decorrer do período o avanço de uma frente fria e formação de uma região de baixa pressão sobre os países vizinhos devem mexer com as condições de chuvas no sul do Brasil. Isso deve resultar em acumulados de chuvas que podem superar os 120 mm numa região bastante ampla no sudoeste e oeste do Rio Grande do Sul, assim como em alguns pontos de Santa Catarina. Apenas o norte do Paraná terá uma condição de tempo mais seco ao longo da semana. Outro destaque para a região é que após o avanço da frente fria, uma massa de ar frio deve adentrar a região, trazendo condições de temperaturas abaixo dos 3°C entre as Serras Gaúcha e Catarinense, em temperaturas na ordem dos 8°C em várias localidades do Rio Grande do Sul e interior Catarinense, especialmente no amanhecer do dia 06. Não se descarta o registro de alguma geada fraca e pontual nos pontos de maior altitude, sem riscos às lavouras.

 

Sudeste: 

A atuação dos corredores de umidade e a passagem de frente fria, devem favorecer a ocorrência de chuvas na região. As instabilidades serão intensas em algumas localidades, além de trazer uma condição de acumulados acima dos 150 mm no leste de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apesar das chuvas, as temperaturas devem ficar ligeiramente acima da média, especialmente no início da semana com a condição pré-frontal, que antecede a chegada das chuvas no sul da região. As projeções são positivas para os cultivos de primeira e segunda-safra que ainda estão passando pelo desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. Entretanto as áreas que estão avançando na colheita devem sofrer interrupções nas operações dada as as chuvas mais recorrentes. Além disso, o monitoramento fitossanitário deve ser intensificado devido à maior quantidade de umidade.

 

Centro-Oeste: 

As chuvas serão recorrentes na região, como uma resposta dos corredores de umidade e as temperaturas mais elevadas. Embora essa condição traga um cenário de chuvas mais irregulares, tanto nos volumes quanto na distribuição. Ainda assim, são esperados acumulados acima dos 100 mm de maneira esparsa sobre os três estados da região, com possibilidade de até 121 mm em Catalão (GO). Em relação às lavouras, a colheita da soja deve avançar sem grandes interrupções, dado o comportamento mais irregular das instabilidades. Além disso, os volumes serão suficientes para manter os bons níveis de umidade no solo, favorecendo o desenvolvimento do algodão e do milho safrinha. Apesar do cenário positivo em relação às chuvas, as temperaturas devem ser um ponto de atenção, pois há previsão de calor intenso em Mato Grosso do Sul.

 

Nordeste:  

A combinação entre o calor, umidade e instabilidades, como a Zona de Convergência Intertropical e os resquícios de frentes frias, devem manter as condições de chuvas sobre a região. No entanto, as projeções indicam que os maiores acumulados devem ocorrer na faixa norte do nordeste, com valores próximos dos 200 mm em Piauí e Ceará, onde espera-se um período com temperaturas mais amenas. O setor mais seco no decorrer da semana será o SEALBA, onde as precipitações devem ser mais irregulares e as temperaturas mais elevadas, aumentando a demanda hídrica na região. Na Bahia, o predomínio deve ser de tempo firme na maior parte do estado e do período, contudo, não há indicativos de restrição hídrica para as lavouras. Por outro lado, as chuvas serão benéficas para o desenvolvimento dos cultivos de primeira e segunda-safra, assim como o plantio e estabelecimento do milho safrinha.

 

Norte:   

Na região Norte, as chuvas serão mais irregulares, mas ainda significativas, especialmente devido à instabilidade termodinâmica (combinação entre calor e umidade). Os maiores volumes de chuva são esperados no Estado do Amazonas, Amapá, e partes do Pará e Tocantins, com alguns locais podendo receber mais de 150 mm em 7 dias. O Acre deve ter precipitações leves a moderadas, enquanto Roraima, que enfrenta problemas com queimadas devido à falta de chuvas, deve começar a receber mais precipitações, o que pode ajudar a amenizar a situação das queimadas. A maioria dos cultivos ainda encontram-se nos estádios iniciais. Porém, em Tocantins a colheita do arroz avança em algumas áreas, assim como a soja e milho. Em Rondônia, embora as chuvas sejam irregulares, elas são suficientes para manter a umidade no solo.

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