O histórico da área é o que determina as atividades de preparo do solo. No plantio convencional, usar aração e gradagem fazendo nessa fase, se necessária, a correção da fertilidade do solo, principalmente de fósforo. A aração visa romper as camadas compactadas da superfície do solo de 20 cm a 35 cm de profundidade, empregando-se arados de disco ou de aiveca. Se o solo estiver muito compactado em camadas mais profundas, deve-se fazer a subsolagem, visando melhorar suas condições físicas. Antes de fazer os sulcos de plantio, passar a grade niveladora para facilitar o trabalho.
Calagem
A necessidade de aplicação de calcário é determinada pela análise química do solo, devendo ser utilizado para elevar a saturação por bases a 60%. Se o teor de magnésio for baixo, deve-se dar preferência ao calcário dolomítico.
Adubação
Para a cana-de-açúcar há necessidade de considerar duas situações distintas, que são atender a adubação para cana-planta e para soqueiras, sendo que, em ambos os casos a quantidade será determinada pela análise do solo.
Para cana-planta, o fertilizante deverá ser aplicado no fundo do sulco de plantio, após a sua abertura. As quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio são aplicadas com base na análise do solo e de acordo com a produtividade esperada. Para produtividades entre 100 a 150 t/ha,, são indicados na adubação de plantio 30 kg.ha-1 de nitrogênio, 60 a 150 kg.ha-1 a de P2O5, e 60 a 150 kg.ha-1 de K2O. Aplicar mais 30 a 60 kg.ha-1 de N, em cobertura. Adubações pesadas de K2O devem ser parceladas, colocando-se no sulco de plantio até 100 kg/ha e o restante juntamente com o N em cobertura.
Em cana-soca, a adubação deve ser feita durante os primeiros tratos culturais, em ambos os lados da linha da cana; quando aplicada superficialmente, deve ser misturada com a terra ou incorporada até a profundidade de 15 cm. Indica-se em média 80 a 100 kg.ha-1 de nitrogênio, 30 kg.ha-1 de P2O5, e 50 a 150 kg.ha-1 de K2O, conforme a análise de solo e de acordo com a produtividade esperada. Aplicar os adubos os adubos ao lado das linhas da cana, superficialmente e misturado ao solo, no máximo a 10 cm de profundidade.
José Luis da Silva Nunes
Engenheiro Agrônomo, Dr. em Fitotecnica