Soja fecha com variações mistas em Chicago
As movimentações do dia refletem a sensibilidade do mercado

Segundo informações da TF Agroeconômica, a soja teve um fechamento misto na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira, influenciada por declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre possíveis reduções nas tarifas aplicadas às importações chinesas. O contrato de maio, referência para a safra brasileira, subiu 0,51%, encerrando o dia a US$ 10,40/bushel. Já o contrato de julho teve alta de 0,41%, cotado a US$ 10,50/bushel. Por outro lado, o farelo de soja recuou 0,38%, fechando a US$ 290,80/ton curta, enquanto o óleo de soja avançou 0,69%, cotado a US$ 47,91/libra-peso.
As movimentações do dia refletem a sensibilidade do mercado às relações comerciais entre os EUA e a China. Trump sinalizou que as tarifas de 145% impostas anteriormente podem ser "substancialmente reduzidas", gerando expectativas positivas entre os traders de commodities. A fala ocorreu em entrevista na Casa Branca, na qual Trump afirmou estar confiante na possibilidade de um acordo com o governo chinês.
Do lado chinês, a resposta foi cautelosa. O Ministério das Relações Exteriores declarou que, se os EUA desejam uma solução negociada, "devem parar de ameaçar e chantagear a China e buscar um diálogo baseado na igualdade, no respeito e no benefício mútuo". A postura revela que, apesar da sinalização americana, ainda há desconfiança quanto à real disposição dos EUA em flexibilizar as exigências comerciais.
Essa combinação de fatores manteve os contratos mais curtos da soja em alta, enquanto os demais grãos não acompanharam o mesmo ritmo. O otimismo moderado ainda depende da concretização de um acordo entre as duas potências, o que pode trazer maior estabilidade e previsibilidade ao mercado internacional da oleaginosa.