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Histórico da aveia

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Foto: José Luis da Silva Nunes

Calcula-se que somente há 10.000 anos os primeiros progressos começaram a aparecer, quando este passou a compreender a relação semente-planta-semente e substituiu, em parte, a caça pelas plantações como meio de obter alimento, passando assim da vida nômade para a sedentária. O cultivo dos cereais foi um dos principais responsáveis por este fato, devido a influência civilizadora, fixadora de populações e criadora de culturas que estes possuem.

A trajetória de dispersão dos cereais foi apoiada por investigações arqueológicas, que revelaram, no Crescente Fértil, a presença de trigos diplóides, tetraplóides e cevada, mas não de aveia. A cevada foi inicialmente as culturas mais importantes da época, sendo considerada, por séculos antes de ser cultivada, uma planta invasora dessas culturas. A obra “A origem, variação, imunidade e melhoramento das plantas cultivadas”, descreve diversas espécies cultivadas e seus parentes silvestres, estabeleceu oito centros de origem das plantas cultivadas.

O centro de distribuição da aveia é assinalada como sendo na Ásia Menor ou norte da África. A aveia cultivada apareceu acerca de 1.000 a.C, na Europa Central. Entretanto foi, no norte e oeste da Europa, que este cereal evoluiu como cultura secundária e sofreu alterações genéticas importantes, como a perda da debulha natural do grão e da dormência, vantagens que foram seletivas para o seu cultivo.

No Brasil a época de introdução da aveia não está determinada, tudo indica que os espanhóis tenham trazido a cultura, possivelmente da Avena byzantina, para a América e mais tarde, a Avena sativa e a Avena strigosa foram introduzidas no Cone Sul do continente.

 

José Luis da Silva Nunes

Engenheiro Agrônomo, Dr. em Fitotecnica

 

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