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Preços do arroz em queda refletem período de colheita

A demanda retraída contribuiu para as quedas de preços do arroz em casca



Foto: Pixabay

O Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS registrou uma queda acumulada de 14,24% em fevereiro de 2024, com a média mensal chegando a R$ 112,79 por saca de 50 kg. Isso representa uma redução de 11,36% em relação a janeiro de 2024, porém um aumento de 29,3% em comparação com fevereiro de 2023, considerando o deflacionamento pelo IGP-DI de janeiro de 2024. Essa tendência de queda nos preços é comum no primeiro trimestre do ano, devido ao período de colheita nas principais regiões produtoras do Mercosul.

A demanda retraída contribuiu para as quedas de preços do arroz em casca. Poucas beneficiadoras mostraram interesse em novas compras no mercado spot, aguardando o avanço da colheita em março e trabalhando com estoques já adquiridos no final da entressafra. Isso levou muitas indústrias a reduzirem os valores oferecidos na compra de novos lotes.

Apesar da incerteza quanto ao tamanho da safra devido ao excesso de chuvas e baixa luminosidade durante o desenvolvimento dos cultivares no Rio Grande do Sul, os produtores relataram que as primeiras lavouras colhidas apresentaram boa qualidade. No entanto, há preocupação com as lavouras ainda por colher, que podem registrar menor produtividade devido ao clima adverso.

Na região, a colheita do arroz foi afetada pelo clima instável, com alternância de chuvas e sol em várias áreas do Rio Grande do Sul, especialmente nos últimos dias de fevereiro. Segundo dados da Emater/RS, os trabalhos de campo estavam mais avançados no município de Maçambará, com 15% das lavouras já colhidas, seguido por outros municípios.

Em todo o Brasil, a colheita do arroz avançou lentamente, com apenas 5,9% da média nacional colhida até o dia 24 de fevereiro, um aumento de apenas 0,3 pontos percentuais em relação à semana anterior. Em relação aos demais rendimentos do arroz, todos registraram quedas nos preços entre janeiro e fevereiro de 2024, refletindo o cenário de mercado.

As informações, análises conjunturais, séries estatísticas e gráficos são do Agromensal do Cepea/ESALQ.*

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