Preocupações com as interferências governamentais
Preocupação é, inclusive, global
Antonio Prado G. B. Neto, conselheiro de estratégias da AgroBee, expressou recentemente sua preocupação com as políticas governamentais que interferem no mercado global de arroz, destacando a situação nas Filipinas como um exemplo alarmante. Em uma publicação no LinkedIn, Neto observou que o governo filipino, liderado pelo Presidente Marcos Jr., reduziu significativamente as tarifas de importação de arroz de 35% para 15%, visando baixar os preços para consumidores desfavorecidos.
Esta medida, segundo Neto, causou perturbações significativas no mercado, com a importação de grandes quantidades de arroz subsidiado, afetando negativamente a dinâmica natural do mercado. Ele destacou que os preços internacionais do arroz estão atualmente entre 600 e 800 dólares por tonelada (FOB), mais altos do que os preços internos, o que indica um impacto adverso potencial nas economias domésticas.
Além disso, Neto criticou a prorrogação recente pelo Congresso Brasileiro da Medida Provisória que permitia a importação de arroz por mais 60 dias, mesmo após o Ministro brasileiro ter anunciado que o país não precisaria mais de importações e focaria no estímulo à produção local, suspendendo leilões de importação. Para ele, essas ações governamentais têm o potencial de criar incertezas e complicar ainda mais o mercado, dificultando os esforços dos produtores e empresários do setor agrícola.
Essa visão de Neto reflete as preocupações dentro da comunidade agrícola sobre a interferência governamental nos mercados agrícolas, destacando os desafios adicionais que tais intervenções podem trazer, ao invés de fornecer soluções eficazes para os problemas enfrentados pelos consumidores e produtores.