Safra de algodão 2024/2025 cresce 7,4%
“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão"
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do algodão e Derivados divulgou que a safra de algodão 2024/2025 deve crescer 7,4%, com uma área de 2,14 milhões de hectares e produção prevista de 3,97 milhões de toneladas. A previsão é mais otimista que a da Conab, que estima 3,68 milhões de toneladas em 2 milhões de hectares. Para 2023/2024, o Brasil teve uma produção de 3,68 milhões de toneladas em 1,99 milhão de hectares, com Mato Grosso liderando a produção.
“As projeções para a safra que virá são ainda muito preliminares. Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que por sua vez está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma o presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.
Miguel Faus, da Anea, prevê que o Brasil continuará como o maior exportador global de algodão. No entanto, o mercado enfrenta preços oscilantes entre 68 e 72 centavos por libra-peso devido à demanda fraca e à redução das importações pela China, que agora compra apenas 20% do algodão brasileiro. O setor busca novos mercados, como Índia e Egito. No mercado interno, a demanda é moderada, e os preços podem cair no final do ano, mas a qualidade da safra é positiva, gerando otimismo.
“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão, porque prova que não foi apenas uma casualidade da conjuntura, mas é uma tendência duradoura. Esse é o fruto de um trabalho que é resultado da união de todo o setor, catalisado pela ação assertiva do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro no mercado externo, implementada pela Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.