Clima deve castigar algumas das principais culturas
America Latina terá dificuldade de manter competitividade
O fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico e altera padrões climáticos globais, deve impactar fortemente o mercado agrícola em 2025. Segundo Augusto Zopelaro, corretor de grãos e commodities agrícolas na Terra Sul Commodities, culturas como milho, trigo, soja e café estarão entre as mais afetadas. No Brasil, o Nordeste pode sofrer com secas, enquanto o Sul enfrentará chuvas excessivas, prejudicando a produtividade e elevando os custos de produção.
“O El Niño pode causar secas em algumas regiões e chuvas excessivas em outras, afetando diretamente a produtividade das lavouras. Por exemplo, o Brasil pode enfrentar secas no Nordeste e excesso de chuvas no Sul. Culturas como milho, trigo, soja e café estão entre as mais impactadas, o que pode reduzir a oferta e elevar os preços”, comenta ele, em seu perfil na rede social LinkedIn
Na América do Sul, Argentina e Brasil, grandes exportadores globais, terão dificuldades em manter a competitividade devido às condições climáticas adversas. Na Ásia, países como Índia e Indonésia correm risco de chuvas insuficientes, comprometendo culturas essenciais como arroz e óleo de palma. Essas mudanças climáticas provocam uma redução da oferta global, gerando picos nos preços das commodities e aumentando a volatilidade nos mercados devido à especulação baseada em previsões climáticas.
Zopelaro destaca a importância de estratégias para enfrentar esses desafios. Monitorar o clima com precisão e usar contratos futuros são essenciais para mitigar riscos financeiros. A diversificação de culturas também é uma alternativa para minimizar perdas. Além disso, países menos afetados pelo El Niño podem emerger como fornecedores importantes, alterando o fluxo do comércio global.
“O El Niño sempre traz incertezas para o mercado agrícola, mas também oportunidades para quem estiver preparado. Entender os impactos regionais e antecipar movimentos de mercado pode ser a diferença entre prejuízo e lucro”, conclui.