Cotações do trigo registraram poucas alterações
Média de março ficou em US$ 5,43/bushel
As cotações do trigo, em Chicago, subiram um pouco nesta semana. O fechamento da quinta-feira (3), para o primeiro mês cotado, ficou em US$ 5,36/bushel, contra US$ 5,32 uma semana antes. Já a média de março ficou em US$ 5,43/bushel, sendo 5,9% menor do que a média de fevereiro. Em março do ano passado, a média havia sido de US$ 5,42/bushel. Por enquanto, o impacto de uma redução de 2% na área a ser semeada com o cereal, neste ano, nos EUA, acabou sendo anulado pelo aumento de 14% nos estoques de trigo na posição 1º de março.
Assim, enquanto a área ficaria em 18,4 milhões de hectares, a segunda menor área de trigo desde 1919 naquele país, os estoques estariam em 33,7 milhões de toneladas. Assim como para a soja e o milho, aqui igualmente a guerra comercial imposta por Trump é nociva aos preços, pois tende a levar os EUA a perderem mercados externos para o seu trigo. Por sua vez, notícias vindas da Rússia dão conta de que as exportações de trigo poderão registrar o seu segundo menor volume histórico em um ano.
Nesse sentido, a produção de trigo deverá ficar em 80,3 milhões de toneladas em 2025/26, após uma primeira projeção de 81,5 milhões em novembro passado. Em se confirmando, a futura safra será menor do que os 81,3 milhões que teriam sido colhidos em 2024/25 (cf. Argus Media in: Forbes). Já na Austrália, a produção de trigo deve recuar 16% no ano 2025/26, que se inicia em 1º de julho. Há uma expectativa de fortes secas futuras em algumas regiões de importante produção do cereal naquele país da Oceania.
A Austrália deverá produzir, então, 28,6 milhões de toneladas de trigo no próximo ano comercial australiano, contra 34,1 milhões na safra atual. Por outro lado, o USDA aponta que os estoques mundiais de trigo deverão recuar, no final de junho próximo, para 260,1 milhões de toneladas, sendo este o menor nível em nove anos. Enquanto isso, o Ministério da Agricultura da Ucrânia limitou as exportações de trigo 2024/25 a 16,2 milhões de toneladas, sendo que as mesmas já alcançaram quase 13 milhões. Portanto, a Ucrânia exportará pouco trigo daqui em diante, até findar o atual ano comercial. Enfim, no Brasil, o trigo de qualidade continua em alta. A média gaúcha fechou a semana em R$ 73,67/saco, havendo regiões praticando R$ 75,00. Já no Paraná o produto passou a R$ 80,00/saco nas principais praças.
