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Análise do mercado milho

Qualidade das lavouras a colher foram mantidas em 64%



Nos EUA, a colheita do milho, no dia 06/10, atingia a 30% da área, contra 31% na mesma data de 2023 e 27% na média histórica. A qualidade das lavouras a colher foram mantidas em 64% naquela data, contra 53% um ano antes.

Outros 23% estavam em condições regulares e 13% em condições ruins a muito ruins. Já na Argentina, a seca vem atrasando o plantio do cereal. O mesmo iniciou em setembro e a Bolsa de Buenos Aires projeta uma produção final, em 2024/25, de 47 milhões de toneladas. O plantio chegava a 13,7% da área esperada até o dia 03/10. E no Brasil, os preços continuaram com viés de alta, sendo que a média gaúcha fechou a semana em R$ 60,98/saco. Nas demais regiões do país os preços oscilaram entre R$ 45,00 e R$ 62,00/saco.

Em relação ao plantio da nova safra de verão brasileira, a Conab informou que o mesmo atingiu a 25,9% da área esperada em 06/10, contra 26,8% no mesmo período do ano anterior. Os estados mais adiantados, na ocasião, eram Paraná (74%), Rio Grande do Sul (73%), Santa Catarina (55%) e Minas Gerais (0,5%). Das lavouras semeadas, 23,9% das áreas estavam em fase de emergência e os 76,1% restantes em desenvolvimento vegetativo. Enquanto isso, no Mato Grosso o Imea consolidou a safra total de 2023/24 apontando que a produção final ficou em 47,2 milhões de toneladas, ou seja, 10,2% abaixo do produzido um ano antes. A produtividade média final ficou em 115,6 sacos/hectare,  sobre uma área de 6,8 milhões de hectares (recuo de 9,2% sobre o ano anterior).

Já para 2024/25 a área deverá sofrer um recuo de 0,14%, ficando em 6,79 milhões de hectares. Com base na produtividade média dos últimos três anos, a produção final no novo ano ficaria em 45,5 milhões de toneladas. Enquanto isso, a comercialização do milho no Mato Grosso, no final do mês de setembro, atingiu a 77,9% do total produzido em 2023/24. O preço do produto disponível ficou na média de R$ 43,87/saco, com um aumento de 5,4% em setembro, em relação a agosto. Já quanto à safra futura, a comercialização atingiu a 15,5% na oportunidade, sendo superior em 5,5 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano anterior.

E no Paraná, o Deral apontou que 85% da área prevista para a safra de milho de verão 2024/25 estavam semeados nesta semana, sendo que 14% ainda estavam em germinação e 86% já em desenvolvimento vegetativo. 95% das áreas estavam em boas condições e 5% em médias condições. Pelo lado das exportações, setembro fechou abaixo do ano anterior, com o volume exportado em milho ficando em 6,4 milhões de toneladas, contra 8,7 milhões um ano antes. Assim, a média diária ficou em recuo de 26,6% sobre a média de setembro do ano anterior.

Entre fevereiro e setembro (ano comercial 2024/25) o volume exportado atinge a apenas 19,5 milhões de toneladas, contra 28 milhões no mesmo período do ano anterior. Neste ritmo, o volume total no atual ano comercial deverá ficar abaixo de 40 milhões de toneladas, provavelmente ao redor de 38 milhões. Com isso, mesmo diante da menor safra geral colhida neste ano, os preços deverão sofrer boa pressão baixista logo que a safra de verão começar a entrar no mercado. Vale ainda destacar que nos primeiros quatro dias úteis de outubro o país exportou 1,1 milhão de toneladas do cereal, lembrando que, em todo o mês de outubro do ano passado, o país exportou 8,4 milhões de toneladas.

A exportação nacional de milho não avança porque nosso produto está caro diante da concorrência externa. Enfim, no Mato Grosso, estudos do Imea apontam que, em 2033/34, aquele Estado poderá produzir 80,4 milhões de toneladas de milho, sobre 10,9 milhões de hectares. Com isso, a área com o cereal deverá crescer, nos próximos 10 anos, em 60,2%, em um ritmo de 4,8% ao ano, sobre terras de pastagens e devido ao incremento na área de soja como já visto anteriormente. A produtividade média deverá crescer 6,4%, passando a cerca de 123 sacos/hectare. Em isso se confirmando, o aumento na produção do cereal será de 70,4% sobre o colhido em 2023/24.

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