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Análise de mercado do milho

Colheita de milho nos EUA, até o dia 29/09, atingia a 21% da área



O primeiro mês cotado em, Chicago, viu a cotação do milho atingir o seu maior nível em pouco mais de três meses, ao chegar a US$ 4,32/bushel no fechamento do dia 02/10. Posteriormente, na quinta-feira (03), o mercado recuou um pouco e o fechamento ficou em US$ 4,28, contra US$ 4,13 uma semana antes. A média de setembro fechou em US$ 4,00/bushel, ficando 6,4% acima da média de agosto. Em relação a setembro de 2023 a presente média ainda é 15,4% menor.

Dito isso, a colheita de milho nos EUA, até o dia 29/09, atingia a 21% da área, enquanto também aqui 64% das lavouras a colher se apresentavam entre boas a excelentes condições naquela data. Quanto aos estoques trimestrais, na posição 1º de setembro, os mesmos registraram o volume de 44,7 milhões de toneladas, ficando dentro das expectativas do mercado. Um ano antes tais estoques eram de 34,6 milhões de toneladas.

E no Brasil, os preços do milho continuaram subindo. A média gaúcha atingiu a R$ 60,75/saco, enquanto as principais praças ficaram em R$ 59,00. Já nas demais regiões brasileiras os preços oscilaram entre R$ 43,00 e R$ 63,00/saco. Nos portos brasileiros, o produto de exportação atingiu a R$ 69,00/saco em Santos (SP). Na B3, setembro encerrou com o milho girando entre R$ 68,90 e R$ 70,52/saco, o que representa um aumento acumulado ao redor de 8% sobre o mês anterior em algumas posições, caso de novembro/24. Por sua vez, a produção brasileira de milho, na safra de verão 2024/25, deverá atingir a 24,9 milhões de toneladas conforme a StoneX. Especificamente no Paraná, o plantio desta primeira safra atingiu a 74% nesta semana, contra 82% na mesma época do ano passado.

O Paraná espera colher 2,6 milhões de toneladas do cereal neste verão, lembrando que sua grande safra de milho é a segunda safra (safrinha).  A recuperação dos preços do cereal se dá em função de que muitos produtores da safrinha estarem segurando seu produto, na expectativa de preços melhores. Estes começam a ocorrer devido às dificuldades de plantio da safra de verão em algumas regiões, em função do clima e também da forte possibilidade de atraso no plantio da futura safrinha, na medida em que a semeadura da soja está atrasada no Centro-Oeste também devido ao clima seco.

Por outro lado, a Conab, em seu último relatório, informa que o plantio da safra de verão no país atingia a 21,6% da área esperada no final de setembro. Os técnicos da Conab indicaram ainda que 31,9% das áreas plantadas estão em fase de emergência e os 68,1% restantes já avançaram para desenvolvimento vegetativo. Enfim, segundo a Anec, a exportação de milho deve ter atingido a 6,7 milhões de toneladas em setembro, volume que seria 2,7 milhões abaixo do registrado em setembro do ano passado.

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