As cotações do trigo, em Chicago, registraram leves altas nesta semana. Para o primeiro mês cotado, o bushel do cereal fechou a quinta-feira (07) em US$ 5,71, contra US$ 5,70 uma semana antes. A média de outubro fechou em US$ 5,85/bushel, com aumento de 2,6% sobre setembro. Em outubro do ano passado a média havia sido de US$ 5,72/bushel, indicando que houve estabilização, portanto, nas cotações do trigo nestes últimos 12 meses.
O plantio do trigo de inverno, nos EUA, atingia a 87% no dia 03/11, contra 89% na média histórica para a data. Já 41% das lavouras semeadas estavam em condições entre boas a excelentes, 36% regulares e 23% entre ruins a muito ruins. O mercado esperava os números do relatório de oferta e demanda do USDA, a ser anunciado neste dia 08/11, pois as eleições presidenciais estadunidenses, até o momento, pouco efeito tiveram sobre os preços do cereal.
Ainda em termos internacionais, as medidas russas de restringir suas exportações de grãos está tensionando o mercado. Por enquanto, nada surgiu oficialmente, porém, a União de Produtores e Exportadores de Grãos da Rússia (Rusgrain), informou que “...de agora em diante, apenas empresas de grãos russas poderão vender diretamente a compradores soberanos.
As novas regras excluem revendedores internacionais, a menos que tenham acordos de longo prazo com empresas russas.” “Essa medida excluiria alguns grandes comerciantes internacionais de oferecer trigo russo, embora não seja publicamente conhecido quem não pode mais fazê-lo, já que a lista de empresas estrangeiras aprovadas com acordos de compra nunca foi tornada pública. Estas novas restrições à exportação podem causar atritos com importadores, incluindo aliados políticos como o Egito, que enfrentariam contas mais altas pelas importações de alimentos, disseram traders.”
E no Brasil, os preços do produto de qualidade superior se estabilizaram, porém, o viés de alta continua na medida em que a atual safra tem quebras de volume e de qualidade novamente. A semana fechou com a média gaúcha atingindo a R$ 68,47/saco, enquanto no Paraná os preços estiveram entre R$ 77,00 e R$ 79,00/saco. De forma geral, a alta nos preços do trigo parece inevitável nos próximos meses, especialmente no primeiro trimestre de 2025, particularmente se o câmbio no Brasil não ceder, o que torna caro a importação da Argentina