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Quanto pior, melhor?


Amado de Olveira Filho
Sinceramente não sou adepto da teoria do “quanto pior, melhor”, porém não é isto que testemunhamos quando algumas Ongs, chamadas “ambientalistas” divulgam seus relatórios, especialmente, sobre desmatamentos em Mato Grosso. O que se verifica é uma forçada de barra para enlamear a imagem de nosso Estado e de sua produção agropecuária.
Esta semana, uma dessas Ongs divulgou uma nota a imprensa com extrema dose humorística. O título foi o seguinte: “Mato Grosso reduz desmatamento, mas aumenta degradação florestal” e, não pára somente nisto, mesmo o Estado tendo reduzido 85% de seu desmatamento reduzindo de 73,7 para 11,0 Km2, denunciam sem maiores avaliações prejuízos ambientais em outros 558 Km2. De quebra, afirmam sem qualquer consistência que podem ser iniciativas de ampliação de áreas de soja. Um absurdo! Esta é a gente de quanto pior, Melhor!
Uma outra teoria que vimos acontecer em Mato Grosso com a visita do Ministro britânico de Energia e Clima, Senhor Ed Miliband e a teoria do “Faça o que eu mando e não faça o que Eu faço”. Este cidadão teve a intrepidez de afirmar que para o sucesso da Conferência sobre clima da ONU que deverá ser realizada em Copenhague, ainda este ano, reduzir o desmatamento na Amazônia é fundamental. Bom como vimos acima, os números das Ongs afirmam que estamos reduzindo drasticamente o desmatamento na Amazônia, mas, e a Europa o que faz?
A Europa fez o seguinte, em 2007 mandou plantar trigo em todas as áreas possíveis, terminou com as últimas práticas conservacionistas e de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), porque tudo isto? O objetivo estava claro, precisava reduzir a disparada dos preços dos alimentos, especialmente os do trigo, naquele ano. Assim é que funciona a teoria do “Faça o que eu mando e não faça o que eu faço”.
Mas é bom que as pessoas que detém a honrada oportunidade de sentar à mesa com tão altas personalidades avisem, especialmente o Ministro Inglês que as noticias de lá também chegam aqui e que, diferentemente do que eles pensam, algumas pessoas daqui sabem ler. Devem também relatar ao “Sir” que no Brasil ainda existem terras que as autoridades desconhecem seu grau de preservação, o Exército anuncia a existência de um vazio cartográfico, na denominada Cabeça de Cachorro, uma área equivalente a Alemanha, ou seja, 350 mil Km2, onde a floresta está mais preservada do que 30 anos atrás.
Esta área está sendo estudada pelo Exército e, todo o trabalho vai demorar ainda cinco anos para serem concluídos e custarão R$ 150 milhões e então conheceremos toda a nossa riqueza naquela região. Em que pese, estar no Comando o General Augusto Heleno, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, homem que a sociedade Amazônida conhece e confia e que o Presidente LULA demitiu do Comando Militar da Amazônia, é possível acreditar que no século XXI ainda tenhamos áreas desconhecidas no Brasil?
Possivelmente surgirá uma Ong para anunciar que esta área já está devastada, ou ainda, o simples fato do Exército anunciar a realização dos trabalhos afirmarem que as Forças Armadas já estão colocando em risco todo aquele extraordinário ativo ambiental. Pode surgir ainda um antropólogo e dizer que lá as terras são dos Índios e que precisam de controle internacional, pois se tratam de “Nações” Indígenas, portanto, de interesse da humanidade e, ainda, gringos surgirem afirmando que não temos capacidade de cuidar de tudo isto.
Pois é, lembro-me de uma outra teoria. Aliás, esta é praticada por muita gente, mesmo não concordando com ela, a teoria do “Manda quem pode e obedece quem tem juízo!” Você é uma pessoa ajuizada? Não seja! Temos um grande ativo ambiental que pertence ao povo brasileiro, mesmo vindo atrevidos nos ensinar, o que não sabem.

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