CI

Ozônio: Uma riqueza escondida no ar


Marcos Vilela
O ozônio que é uma combinação de três átomos de oxigênio é a molécula mais eficiente e econômica na redução da carga química e na destruição dos fungos vírus e bactérias dos alimentos, além de inúmeras outras aplicações na Indústria, Saúde e Meio Ambiente.


Ele é produzido pela exposição do ar ambiente a descargas elétricas de alta tensão, geradas no local de aplicação, tem uma ação oxidante 3.000 vezes mais ativa do que o Cloro e uma meia vida de 20 minutos se decompondo naturalmente e voltando á condição original de Oxigênio molecular.

Na agricultura brasileira a sua maior utilização é na destruição dos resíduos de agrotóxicos, das águas de lavagem dos Aviões e Pulverizadores Agrícolas, trabalho esse iniciado em 2002 pelo Ministério da Agricultura (MAPA), com o apoio de Universidades e de Empresas privadas.

Em agosto de 2006 o Centro Brasileiro de Bioaeronáutica de Sorocaba São Paulo lançou no Congresso Brasileiro de Aviação Agrícola realizado em Goiânia, o primeiro modelo comercial de Descontaminador de Agrotóxicos a base de ozônio produzido em todo o mundo.

Com resultados altamente positivos nos projetos pilotos, e a pressão cada vez maior da mídia e dos órgãos Ambientais, o MAPA emitiu em Janeiro de 2008 a Instrução Normativa Nº2 que torna obrigatória no Brasil a descontaminação dos resíduos de lavagem das aeronaves agrícolas, com Ozônio.

Em 2010 o Estado do Mato Grosso aprovou Decreto tornando obrigatório o tratamento dos resíduos de lavagem dos pulverizadores terrestres com o uso de Ozônio “usando a metodologia descrita na IN Nº2 do MAPA”. Outros Estados principalmente os que têm agricultura desenvolvida e usam o controle químico em larga escala estão também preparando legislações semelhantes.

Os Órgãos Ambientais, Federais e Estaduais também estão exigindo os Pátios de Descontaminação de resíduos de Agrotóxicos para a concessão de Licensas Ambientais, em todos os estados brasileiros.

É consenso geral que nossa agricultura precisa crescer com sustentabilidade. O uso do Ozônio é mais uma ferramenta importante neste processo, ele está escondido no ar, é só aprender a usá-lo, como fizemos na Descontaminação dos resíduos de Agrotóxicos dos pulverizadores aéreos e terrestres.

Treinamento de Técnicos em Aviação Agrícola: impossível evoluir sem ele

A agricultura brasileira tem o nobre desafio de aumentar em 30% a área cultivada atualmente até o ano de 2020. Com os enormes desafios enfrentados pelo Tratamento Fitossanitário dessas áreas, nos parece uma missão impossível o tratamento adequado de 100 milhões de hectares plantados, com repetições que variam de 5 a 15 aplicações por hectare. Na melhor hipótese teremos 500 milhões de hectares e na pior hipótese teremos 1,5 bilhões de hectares para aplicar, com os equipamentos terrestres e aéreos.


A única maneira de se resolver esse impasse é o uso de novas tecnologias de baixos volumes e altos rendimentos as quais para serem bem sucedidas devem ser assistidas por Técnicos e Agrônomos devidamente treinados nos Cursos de Aviação Agrícola, que são regulamentados por lei; são os Cursos CAVAG.

Entretanto o treinamento em Aviação Agrícola é complexo e muito diversificado requerendo dos professores alta qualificação, experiência, uma atualização constante, integração com as Universidades e com as Empresas aplicadoras, desenvolvimento de ensaios de campo para implementação das novas tecnologias e outros atributos que exigem muito desses profissionais. Por isso existem tão poucos no mundo inteiro.

No final do século passado, as lavouras anuais sofreram grande expansão no Brasil Central e as aplicações aéreas aumentaram também. Em 1992 o Ministério da Agricultura fechou o Centro de Treinamento de Sorocaba que ministrava os Cursos Cavag e por uma década a falta destes técnicos e de Agrônomos Coordenadores provocou um retrocesso nas técnicas aplicadas. Ao invés de Baixos e Ultra Baixos Volumes todas as aplicações eram feitas em Altos Volumes, com rendimentos de 60 a 100 hectares por hora nas aeronaves a pistão.

Em 2.000 criamos a empresa CBB Treinamento especialmente para fazer Pesquisas e dar Treinamento em Aviação Agrícola. 11 anos depois contabilizamos 1.753 Técnicos Executores formados e antes da próxima safra teremos acima de 2.000 profissionais habilitados.

Como resultado desse trabalho, os Aviões Agrícolas assistidos pelos Executores formados pelo CBB Treinamento, passaram a operar no Sistema BVO (Baixo Volume Oleoso) aplicando em Baixos Volumes e dobrando o seu rendimento para 200 hectares por hora voada. Algumas aeronaves a pistão e a turbina já estão operando no novo Sistema BVO Extendido, com rendimentos de 300 a 400 hectares por hora.

Em outras palavras: com novas tecnologias e assistência dos Técnicos Executores os operadores podem dobrar o rendimento dos aviões fazer as aplicações no tempo correto e reduzir os custos das aplicações pela metade ou para a quarta parte dos custos das aplicações convencionais.

Esse avanço nos rendimentos operacionais seria impossível sem o desenvolvimento das novas Tecnologias de Aplicação Aérea e sem a formação dos Técnicos

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.