O carnaval ainda está longe, mas o desfile de notícias sobre aumentos já começou. E vem a todo vapor!
No quesito "surpresa desagradável", tivemos logo no comecinho de
Em cidades como Maceió, por exemplo, é possível achar o combustível com preços que variam de R$
O Governo Federal tenta frear o aumento, mas não toma nenhuma medida mais firme nesse sentido, até parece falta de interesse em intervir e tabelar o preço nessas épocas. Começa aquele jogo de empurra-empurra para saber quem é o culpado pela subida do preço ao consumidor final. O Governo ameaça os produtores de diminuir a quantidade de álcool a ser misturado à gasolina, o que diminuiria consideravelmente o seu consumo. Como resposta, os produtores dizem que seu produto atende ao regime de livre mercado desde 1990, e sobe ou desce, de acordo com a demanda (produção versus consumo). Dizem também que foi apenas um "susto" e que devido à acomodação do mercado, a situação deve voltar ao normal rapidamente.
A situação não é inédita. No início de 2006 o Brasil também assistiu a esse aumento e também a esse mesmo bate boca entre o Governo Federal e os produtores. Na época, a solução foi diminuir de 25% para 20% a taxa de álcool misturada à gasolina. A sugestão dos usineiros foi a criação de um estoque regulador, que colocaria mais álcool no mercado no período de entressafra e evitaria o aumento de preços. A idéia foi vetada, mas nenhuma sugestão apresentada para substituí-la, e com isso quem acaba pagando o alto preço é o consumidor.
Em
Mesmo com a grande procura pelos carros flex, que funcionam tanto com álcool quanto com gasolina, ou uma mistura dos dois, o combustível derivado do petróleo ainda é o responsável por 50% dos custos de um automóvel, o que confirma a sua importância.
Pelo andar, ou melhor, desfilar dessa escola, essas mudanças de preço ainda vão dar samba. Só que, infelizmente, quem vai dar uma de Pierrot e ficar chorando no final do baile pelo aumento do álcool seremos nós. Que tal o consumidor diminuir o consumo do nosso rico petróleo? Agindo dessa forma, será que os preços não serão achatados? Essas alternativas devem ser colocadas em práticas por todos os consumidores inteligentes para sairmos do anonimato.