![Amado de Olveira Filho](https://www.agrolink.com.br/upload/colunistas/NT442.jpg)
Nunca na história deste país... (esta frase não é minha) vi tanta falta de chuva de forma generalizada. Está faltando chuvas no Centro Oeste para o plantio da soja,
Já falamos em um artigo anterior a respeito da tensão pré-plantio, não sabia que seria tão aguda, ao ponto de desorientar milhares de produtores. Vale lembrar as afirmações do Dr. José Renato Farias da Embrapa Soja de Londrina (PR), ele afirma que o plantio da soja deve ser feito quando a chuva conseguir repor a reserva de água no solo, considerando este longo período de estiagem. Assim, veremos então alguns dias de angústias entre nossos produtores, porém, é necessário cautela.
Por outro lado, devemos refletir sobre o que estamos vendo Brasil afora e em todo o Estado de Mato Grosso. Estamos vendo fumaça! No interior nas fazendas de pecuária está morrendo gado queimado. Na capital, está morrendo fiscais da Prefeitura em choque com praticantes de queimadas urbanas. Será que nessa situação, é possível compreendermos que a vegetação já está entrando em combustão natural? Mas nunca na história deste País... (esta frase não é minha) estamos confortáveis em afirmar que os milhares de focos de incêndios têm toda sorte de origem.
Por falar em capital, mais uma semana sem chuvas em Cuiabá e teremos a qualidade de nosso meio ambiente comprometida para os Cuiabanos. Porém, antes que antecipem qualquer julgamento de responsabilidade, sugiro que investiguem um tal fenômeno “
Assim é a agricultura! Uma sucessão de riscos, no ano em que os fertilizantes aumentaram mais de 30%, falta um elemento indispensável para a semeadura das sementes, chuvas.... Quando imaginávamos que era o ano da travessia de uma série de problemas, estamos vendo os custos da próxima safra aumentar. Máquinas engraxadas, abastecidas, trabalhadores ansiosos, tudo pronto... e nada.
Claro que as conseqüências serão mais que aumento de custos, mais riscos virão no decorrer de todo o ano agrícola. Desta certeza é que surgem as tantas necessidades que o setor vem denunciando à Nação. Não precisamos de mais funcionários públicos, não precisamos de mais prédios para repartições públicas, não precisamos de mais burocratas, precisamos de políticas públicas definitivas, no caso da agricultura, o seguro agrícola, num momento de incerteza como o que hoje vivemos, é imprescindível.
Destarte, a safra agrícola 2007/2008 será histórica, onde irá ser registrado um capítulo do profissionalismo de seus agentes, especialmente os produtores rurais que a despeito de qualquer fenômeno exógeno à sua propriedade, semearão as sementes quando o solo permitir recebê-las e buscarão a qualquer preço dele retirar o máximo possível com a motivação de que se nessa safra não deu, a que virá poderá ser melhor.
Mas... nunca na história desse País... (esta frase não é minha)