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Mercado financeiro para todos


Cláudio Boriola

Quando se fala de mercado financeiro, logo se têm a idéia de cifras milionárias, ganhos incríveis em cima daqueles que mal sabem de sua existência: recai ao resto da população, ou seja, aos leigos no assunto. A verdade é que o mercado financeiro está aberto (ao menos teoricamente) para todos. Talvez o grande desafio seja o não esclarecimento dos benefícios da criação de um investimento, mas sim, mecanismos para que isso se torne mais viável para o público, principalmente ao de baixo poder de investimento.

Quando escrevo teoricamente, não apresento uma possível participação dos menos possibilitados de maneira pejorativa, muito ao contrário, pois partindo da premissa que em tese é possível, basta um estudo das oportunidades econômicas e de sucesso – algo que pesa sobre os, administradores, economistas e contadores – para que a teoria vire prática. Do que nos basta a inserção social, a digital, a democrática se finalmente o que importa em nossa sociedade é o tão preterido poder de liberdade que está na posse de capital, a qual deve fazer parte de nossas políticas eqüitativas é uma intrínseca ao modelo econômico utilizado por quase todos os países do globo, o que realmente faz a diferença é a inserção econômica de todos.

Por inserção econômica, deve-se entender não a capitalização da sociedade de maneira eqüitativa (algo mais relativo com políticas sociais), mas sim o ótimo uso deste por viabilização dos detentores deste poder, aqueles que estão ativos no mercado financeiro.

Uma hipótese interessante seria o investimento conduzido por vias de financiamento: ao invés de ser tomador de crédito, o cliente passa a ser “tomador” de risco. Pagando por uma parcela mensal de um investimento, que mais tarde será resgatada com valor acima de um referencial (a inflação, por exemplo), transformando o banco tomador de recursos, porém não próprios, mas com intuito de estímulo, de órgãos federais com crédito subsidiado, sendo assim, obrigado a reinvestir esse dinheiro emprestado junto a mercados e títulos, sendo o propósito final, o pagamento da quantia acrescida de retorno sobre o capital, dessa vez não proporcional aos rendimentos de poupança como fazem títulos de capitalização, mas com uma performance desse novo tipo de banco, que por sua vez, praticaria uma taxa de administração.

Finalmente o banco ganha em administração e performance; o cliente assume o risco (o capital resgatado pode ser inferior ao investido, como em todo investimento), mas ganha rendimentos maiores que uma poupança, mesmo sem ter poupado o dinheiro de uma só vez; o governo ganha em investimento de capital financeiro feito por brasileiros, e induz o público ou a formar uma poupança, ou a se capitalizar de maneira mais rápida.

É claro que um esquema mais aplicável seria mais complexo e talvez nem tão eficaz como tenta este modelo, mas explora a questão fundamental aqui proposta: a de se encontrar meios para maior atividade financeira do brasileiro, mesmo em situações difíceis como esta, onde o cliente interessado em investir, não tem capital disponível suficiente para entrar em grandes fundos de investimentos ou diretamente no mercado.

Portanto, basta aproveitar o cenário de altos juros brasileiros, a favor da capitalização em detrimento da dependência financeira, o que de maneira geral, tenderia a um futuro aumento de investimentos em empreendimentos diretos nos diversos ramos do comércio e indústria, onde faltam iniciativas estatais e sobram riscos e incertezas – outra questão que merece uma análise crítica profunda – porém, investidos à vista, ou mesmo com empréstimos mais baratos (devido a um provável aumento de poupança, o qual, devidamente estimulado e consolidado no mesmo futuro).

Minhas suposições são breves, pois não venho por este meio divulgar uma nova técnica ou estratégia, mas despontar nos leitores, suas próprias reflexões sobre o assunto, e estimular o pensamento financeiro dos mesmos, que deve ser levado mais em consideração se nós brasileiros quisermos chegar a patamares de países desenvolvidos nesse aspecto. Boa Sorte e não esqueça de investir no seu futuro, dependerá apenas de você!

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