![Amado de Olveira Filho](https://www.agrolink.com.br/upload/colunistas/NT442.jpg)
Podemos definir orçamento público como um instrumento de planejamento no qual as políticas públicas setoriais são analisadas, ordenadas segundo sua prioridade e selecionadas para a composição do chamado plano de ação do governo, observando a arrecadação dos recursos para financiar tais gastos. Esses gastos não podem extrapolar os limites orçamentários.
Assim, todas as despesas ou investimentos constantes dos orçamentos públicos foram ou deveriam ser de fato as mais urgentes e necessárias, portanto, uma vez inscrita na Lei Orçamentária os seus beneficiários esperam a sua execução. Infelizmente não é o que se verifica nos Orçamentos Públicos, em alguns casos com plena justificativa, como a não realização de cenários previstos que possam inibir a arrecadação das receitas.
Porém o que vimos na execução do orçamento do Ministério da Agricultura neste exercício financeiro é algo extremamente perverso. Chegamos praticamente ao final do mês de novembro e nossas autoridades federais não conseguiram aplicar 20% dos recursos previstos para o ano de 2006. Estamos falando de um Ministério que tem 22 programas considerados importantes para a agropecuária brasileira.
O que temos então no Ministério da Agricultura senão um orçamento paralítico e, irresponsavelmente gerido? Possivelmente dos quase 20% executados até agora, grande parte dos recursos são para a manutenção da própria burocracia. Os riscos são grandes, por exemplo, não aplicar os recursos da defesa agropecuária que sempre são utilizadas como pretextos para a imposição de barreiras comerciais, é um prenúncio de graves problemas em nossas exportações.