É Imoral que Ruralistas “Sozinhos” recuperem o Clima Mundial
- Sumário Executivo –
Neste Diagnostico/Paper CURTO (09 pg.), PROVO - com dados irrefutáveis e recentes do USDA/ERS mais da Eurostat europeia - que é imoral, injusto e até ilegal que apenas os produtores rurais/rancheiros mundiais SOZINHOS (auferindo somente de 9,0% a 23,0% das Rendas Brutas médias de todas as atividades rurais e/ou, em média, desde 5,0% (Brasil) a 11% (EUA) e até de 13,0% (UE) dos faturamentos finais líquidos médios dos diversos varejos finais mundiais de alimentos/bebidas/energias etc.) recuperem sozinhos os solos, subsolos, aguadas, ar etc.., ou seja, dos biomas e biotas mundiais que já ajudaram, ou talvez até foram obrigados, a degradarem (isto mesmo se com ajudas e participações dos Governos mundiais e que já têm – ou precisam ter - outras prioridades socioambientais bem maiores, como os R$ bilhões/ano necessários para desfavelizar e sanear no Brasil).
Alguns diagnósticos mundiais sérios (sem ser caças as bruxas) apontavam que desde as compradoras, processadoras mais até chegar na indústria mundial de alimentos, bebidas e outros itens finais nos varejos já geravam - nas seguidas agregações de valor pelos diversos elos das cadeias - de 2 a 5 vezes mais valor do que a própria produção agrícola mundial (ou seja, com 100% a 400% de acréscimos somados nos preços finais médios pagos por alimentos pelos consumidores nos varejos, bares, restaurantes, “food service” e demais mundiais, antes os preços básicos médios (custos antes de transportar/processar etc.) despendidos com suas compras dos ruralistas mundiais, estes as partes fundamentais de todas as cadeias).
Por outro lado, as mudanças no uso das terras (derrubadas, incêndios, queimadas, preparos e usos dos solos e aguadas etc. para fins agropecuários e outros) já representavam a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa depois da combustão de combustíveis fósseis.
As degradações agrarias também já eram uma das maiores causas mundiais de expulsões das famílias dos campos para as cidades e, com isto, também das intensivas favelizações próximas ou dentro das grandes e médias cidades mundiais (no Brasil, as áreas das favelizações já crescem % mais do que o número das populações). Para tentar mitigar ou mesmo solucionar, em parte e urgente, isto - além de outras diversas possíveis ações locais - que também sugiro ao final - será preciso encorajar/desafiar/propor/aprovar/instalar um novo Fundo Coletivo e Socioambiental da ONU ou do Banco Mundial e capaz de tributar em, pelo menos, 5,0% - iniciais ou até quando necessários - os lucros mundiais gigantes das grandes famílias trilionárias mundiais (iguais a 0,025% da população Mundial, mas que já detêm riquezas de Us $ 86,8 trilhões, ou seja, 3 vezes maior do que o PIB dos EUA no mesmo ano de Us $ 27,4 trilhões) mais de todas as Empresas mundiais de quaisquer portes e locais (Bancos; Bolsas; Mineradoras altamente devastadoras caladas; Grandes Indústrias petrolíferas/combustíveis e/ou processadoras – altamente devastadoras idem -, em especial da Asia, do Oriente Médio/Américas todas/Norte Europa -; mais pelas Multis, Tradings, Transportadoras, Corretoras, Embalagens, Agroindústrias/Cooperativas/Frigoríficos/Integradoras/Fomentadoras/Fornecedoras/Processadoras; todos os Atacados, Varejos mais “food services”, bares e restaurantes Mundiais etc.).
Como outro exemplo, somente, as empresas dos agronegócios mais dos processamentos e vendas mundiais de alimentos/energias/bebidas/produtos florestais/extrativos etc. já embolsam (caladinhas, de formas comprovadas e sem se responsabilizarem por nada de recuperações das devastações socioambientais que provocam e que usam para lucrarem muito a cada ano) já ficam com 77,0% a 91,0% das Receitas Brutas médias mundiais de todas as atividades até os varejos finais - vide acima as partes dos ruralistas. Por outro lado, mesmo com tais e tantas pujanças e espertezas econômico-financeiras mundiais, elas - além de desperdiçaram 17,0% dos alimentos mundiais produzidos, conforme a FAO (assim, sem nenhuma culpa dos ruralistas mundiais) - ainda deixam/ou permitem que 11,0% da população mundial ainda passe fome. Somente em 2021, mais de 3,1 bilhões de pessoas – ou 42,0% do total – não conseguiram pagar por uma dieta diária saudável (134,0 milhões de pessoas mais do que em 2019). Em 2022, 148,0 milhões de crianças menores de 05 anos (22,3%) tinham baixa estatura e 45,0 milhões (6,8%) sofriam de emaciação.
2- Diagnostico/Paper recente e curto com 09 páginas (proximamente, também em inglês nos sites Academia.Edu mais no ResearchGate.net) -
- Dos Dados Benéficos e das Principais Causas das já Imensas e Progressivas Degradações Socio Ambientais Mundiais -
Nos países produtores mais importantes do Mundo, com os produtores rurais somente ficando com 5,0%-13,0% das Rendas liquidas MÉDIAS finais dos agronegócios e das indústrias de alimentos, bebidas e produtos florestais etc., ELES, SOZINHOS, não recuperarão as já imensas devastações de solos, subsolos, águas, aquíferos e ar que destruiriam, em conjunto, com os demais participantes abaixo (todos, enquanto elos dependentes/ somados das cadeias de agronegócios) e isto mesmo com alguns Governos mundiais lhes ajudando/financiando/incentivando/exigindo.
Na verdade, as multis fornecedoras mais as tradings; processadoras; os varejos de alimentos/bebidas/produtos florestais etc.., e todo os demais agentes dependentes/lucradores também precisam bancar suas partes do que ajudaram a destruir (para lucrarem e enriquecerem muito) e de formas correspondentes as suas elevadíssimas receitas e lucros, tudo em até mais 10 anos, senão ficarão sem seus imensos lucros futuros e sem investidores/acionistas etc.
Então, considera-se como FUNDAMENTAL E NECESSÁRIO dividir, urgente e de alguma forma (como até sugiro ao final), os elevados custos para recuperar-se, rapidamente, nosso planeta e seus biomas, senão o aquecimento global e as faltas de solos, de águas, de ar, de florestas/madeiras/campos, de alimentos, de bebidas, de demandas etc, destruirão a todos, inclusive nossos filhos, netos, bisnetos mais nossas empresas, as bolsas e os governos, mundiais. Recente, e como prova, houveram muitos protestos na rica Europa agrícola (cuja renda liquida média total em hectare/ano chega a ser 2,2 vezes maior do que no Brasil – vide abaixo) contra as multinacionais, tradings, varejos etc., mundiais, que importam matérias-primas agrícolas quase que “in natura” (grãos, cereais, óleos, farelos, madeiras, etanol, biodiesel, orgânicos, extrativismos etc.) e/ou alimentos básicos (carnes, lácteos, peixes, ovos etc..) até a reprocessar, baratos de outros países para processarem internamente, em vez de comprarem na mesma UE, o que demonstra quanto e como são baixos – e até não remuneratórios reais - os valores pagos por elas aos produtores rurais de terceiros países, sobretudo do Brasil. Vide mais em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/entenda-por-que-protestos-de-agricultores-eclodiram-em-toda-a-europa/
Por outro lado, assim, já está comprovado mundialmente que a maior parte das devastações climáticas e socioambientais mundiais decorre das elevadíssimas ambições desenfreadas - e que exigem altíssimos e crescentes LUCROS BRUTOS/LÍQUIDOS anuais, a serem gerados com “Sangue e Perdas dos Povos” (vide recente o caso da tragedia no Estado do Rio Grande do Sul e isto já de forma recorrente a cada 05-08 anos e em mais 5 outros Estados do Brasil), em especial dos mais humildes/famintos/pobres de todo o Mundo. Tais elevadíssimas e ainda enfreáveis ambições mundiais (ainda não devidamente tributadas, “também na marra”, por absoluta falta de coragem, inércia ou até medo da ONU/BIRD e países do G7 e G20) ocorrem por que apenas algumas poucas famílias proprietárias/controladoras e já trilionárias do Mundo, mais dos acionistas, investidores e também, dos CEO, CFO, CTO, Diretores, Consultores etc. das muitas empresas grandes a gigantes (“caladinhas e que, mesmo ficando com 77% a 91% dos lucros bruto médios finais mundiais – dos 03 principais países produtores alimentos -, ante apenas de 9% a 23%, brutos, pelos ruralistas mundiais) - não querem se responsabilizar por nada de recuperações ambientais e climáticas mundiais etc., ou seja, dando tiros nos próprios pés em longos prazos”). Todas já controlam e/ou dominam não somente as Finanças, como o Meio-Ambiente e os Alimentos/Energias Mundiais na base do sufoco e até da concorrência desleal (Bancos; Bolsas; Mineradoras altamente devastadoras caladas; Grandes Indústrias petrolíferas/combustíveis e/ou processadoras – altamente devastadoras idem -, em especial da Asia, do Oriente Médio/Américas todas/Norte Europa -; mais pelas Multis, Tradings, Transportadoras, Corretoras, Embalagens, Agroindústrias/Cooperativas/Frigoríficos/Integradoras/Fomentadoras/Fornecedoras/Processadoras; Todos os Atacados e Varejos Mundiais etc.).
Em resumo: talvez para lucrarem muito mais - pretensamente bem alimentando somente cerca de 48,0% do povo mundial (29,6% já sem acessos constantes + cerca de 22,3% já mau alimentados e com baixas estaturas, por não terem dieta saudável), algumas delas já poderiam estar contribuindo para devastarem 100% dos locais mais produtivos mais dos biomas e até dos humanos e biotas.
No Mundo, há um Grupo seletíssimo de pessoas e famílias muito ambiciosas (que somam apenas 22,8 milhões de pessoas, os chamados HNWI “High-Net Worth Individuals” - iguais a 0,025% da população mundial de 7,9 bilhões - mais de suas empresas ou controladas já dominam – boa parte para o “mau” (poucos recursos seguem para,reais, caridades e similares) - quase todos os bens e finanças mundiais. Juntos, tais 0,025% HNWI mais ricos detinham em 2022 bens no valor de Us $ 86,8 trilhões, ou seja, 3 vezes maior do que o PIB dos EUA no mesmo ano (Us $ 27,4 trilhões).
Tais famílias mundiais trilionárias somente somavam 0,3% da população mundial em 2021, mas já tinham renda “per capta” média, entre 1.500 a 2.000 vezes maior do que a dos mais pobres. Idem pelas ambições acumulativas mundiais de muito mais lucros e bem mais riquezas - do que realmente necessárias - pelas muitas multinacionais, tradings, transportadoras, empresários vampiros, bancos, seguradoras, especuladores em Bolsas, Governos etc.
Por outro lado, alguns diagnósticos (sem ser caças as bruxas mundiais) já apontavam que a indústria mundial de alimentos, bebidas e outros itens finais nos varejos já gerava 2 a 5 vezes mais valor do que a própria produção agrícola mundial (ou seja, com 100% a 400% de acréscimos nos preços finais médios pagos pelos varejos, bares, restaurantes, “food service” e demais mundiais pelos alimentos, antes os preços básicos médios de suas compras dos ruralistas mundiais), infelizmente, pois, assim, parece que optam por oprimir muito as ações produtivas rurais, fundamentais para os países e mesmo para tais empresas. A maioria, ainda, infelizmente, não se responsabiliza pelos já elevadíssimos e ainda crescentes “caos” socioambiental mundial (quase que “lavando as mãos”, vez que, ainda são pouquíssimas as que realmente/comprovadamente atuam em favor da causa ambiental mundial), o que se comprova até facilmente, hoje, pelos inúmeros prejuízos e mortes causadas por tais mudanças climáticas em todo o Planeta, como a recentes inundações com muitas mortes ocorridas no Estado de Rio Grande do Sul - Brasil.
Pior ainda é que muitas industrias mundiais de alimentos (a maior parte gigantes setoriais e que deveriam ser as mais criveis e mais protetoras/orientadoras/exemplos setoriais em longo prazo) continuam insistindo em praticar o crime horrendo contra os consumidores mundiais e chamado “greenwashing” (enverdecendo balanços/marcas/rótulos, talvez até como “lavando balanços”), em que embelezarem, até facilmente, seus poderosos balanços internos e (mais para atrair investidores e acionistas) e propagandas para seus consumidores, alegando tomarem medidas protetoras e corretivas socioambientais em suas produções e industrialização, medias estas totalmente falsas e mau implantadas ou duvidosas.
Vide mais dados IMPORTANTES sobre “O que é “Greenwashing” e o que você pode fazer a respeito? “ em: https://www.workforclimate.org/post/what-is-greenwashing-and-what-can-you-do-about-it?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwqf20BhBwEiwAt7dtdfMho7kCEYViXNHqrOed1Uf032qqOCeh1YZGaAPF29DfEcRP6hz7hBoCRZ8QAvD_BwE
Há até Consultorias e sites que nomeiam algumas reconhecidas praticantes e que apontam como identificar a prática da falsa sustentabilidade das empresas que utilizam os “Greenwashing”. Vide em https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/greenwashing-o-que-e-e-como-identificar-a-pratica-da-falsa-sustentabilidade/ .
Vide também: “Greenwashing - Como a prática é mal vista no mercado atual” em: https://portaldoesg.com.br/greenwashing-como-a-pratica-e-mal-vista-no-mercado-atual/
Bem ao contrário dos maus exemplos mundiais de “Greenwashing” acima, a revista americana/inglesa “food chain” já aponta e classifica as 05 empresas de alimentos mais sustentáveis dos EUA, a maioria ainda medias e pequenas. Vide em https://foodchainmagazine.com/news/top-five-sustainable-food-companies/
Por outro lado, em 2022, conforme a FAO, a situação da Segurança Alimentar e da Nutrição permaneceu sombria, pois, aproximadamente 29,6% da população global, equivalente a 2,4 bilhões de pessoas, ainda não tinham acesso constante a alimentos, medido pela prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave.
Entre eles, cerca de 900 milhões de indivíduos (cerca de 11% da população total como acima) enfrentavam insegurança alimentar grave. Enquanto isso, a capacidade das pessoas de acessar dietas saudáveis se deteriorou em todo o Mundo, onde mais de 3,1 bilhões de pessoas – ou 42% do total – não conseguiram pagar por uma dieta saudável em 2021. Isso representou um aumento geral de 134 milhões de pessoas em comparação com 2019.
Também, milhões de crianças menores de 05 anos continuaram sofrendo de má nutrição e, em 2022, 148 milhões de crianças menores de cinco anos (22,3%) tinham baixa estatura, 45 milhões (6,8%) sofriam de emaciação e 37 milhões (5,6%) tinham excesso de peso.
Também, pelo lado bom mundial, a revista americana/inglesa “food chain”, descrita acima, já aponta e classifica as 05 empresas de alimentos mais sustentáveis dos EUA e também aponta as 10 principais empresas alimentícias que previnem o desperdício de alimentos Vide em https://foodchainmagazine.com/news/top-10-food-companies-that-prevent-food-waste/
Analisando, agora, pelo lado das receitas e remunerações aos produtores rurais, a indústria mundial de alimentos, bebidas e outros já gera 2 a 5 vezes mais valor do que a própria produção agrícola mundial, sendo que nos EUA, por exemplo para cada Us$ 1,00 gasto pelo consumidor com alimentos, apenas Us$ 0,11 (11%) = ou seja de renda liquida média final =, realmente, provem das explorações agrícolas primárias (no Brasil, ela flutua, em média de todas as atividades e locais, entre 10% e 20% de forma bruta e somente entre 5% e 10% se líquidas e quando descontadas as despesas pessoais, obrigatórias, dos produtores rurais e de suas famílias para sobreviverem decentemente (pois, mesmo detendo patrimônios até elevados em alguns poucos locais e algumas poucas atividades - pelos seguidos e constantes benefícios e trabalhos familiares diários árduos e perigosos - em que os filhos ainda são mais vistos como mãos-de-obra gratuitas -, suas rendas liquidas anuais e finais, em geral, não remuneram nem em 1,0% ao mês sobre seus capitais investidos e/ou patrimoniais. Em geral, há muitas despesas familiares e internas nos imóveis rurais do Brasil, de qualquer porte e locais - quase sempre esquecidas e/ou escondidas por eles ou por seus Órgãos e Governos, até por vergonha ou até não contabilizadas/devidamente anotadas, como custos com alimentos/bebidas, vestuários, água ou seus sistemas, luz, internet, telefone, impostos, combustíveis de automóveis, escolas/colégios/faculdades etc.. Em alguns locais, chegam a terem que arcar até com despesas, absurdas, como custos com pegas de animais de pequenos portes (aves e outros) e com algumas colheitas manuais).
No Mundo, em 2022, a indústria de alimentos já faturou cerca de Us $ 14,0 trilhões/ano, ou seja, cerca de 14% do PIB mundial total de Us$ 100,9 trilhões (dados do BIRD), sendo Us $ 8,0 trilhões somente com alimentos processados, conforme a FAO. Somente em 2022, segundo a Forbes, as 10 maiores empresas de alimentos do Mundo faturaram juntas Us$. 48 bilhões Vejas quais são mais suas receitas, lucros, ativos e valor de mercado (incluindo o nome mais as marcas e rótulos etc.) em https://www.poder360.com.br/poder-economia/economia/10-maiores-empresas-de-alimentos-lucraram-us-48-bi-em-2022/. Já no Brasil, a produção total de alimentos em 2021 (alimentos “in natura” mais alimentos processados mais bebidas etc.) - para consumos internos mais alguns seguindo para exportações etc. - chegou a 270 milhões de t. e no valor de R$ 1,161 bilhão = cerca de Us $ 232,2 bilhões (dados da ABIA mais da KPMG).
Então, agora demonstrando e comparando recente em 2023 sobre como, e onde, as baixas remunerações histórias ou recentes aos produtores rurais já se configuram como entre os principais motivos para os caos socioambientais atuais e crescentes em três países/região grandes produtores mundiais (EUA, UE e Brasil), e pela ordem da maior para a menor, vemos que a renda média por imóvel chegou a Us $ 2,90 milhões/ano nos EUA (pela elevada renda auferida mais muitos subsídios/incentivos recebidos e suas poucas 1,89 milhões de propriedades rurais com 3,4 milhões de produtores), ou seja, no valor de elevados Us$ 165,1 mil de renda média anual por produtor rural em 2023; reduzindo para Us $ 64,0 mil/imóvel rural/ano na Uniao Europeia (com 9,1 milhões de mini a pequenas propriedades, ou seja, com quase 2 vezes mais imóveis do que Brasil e com quase 5 vezes mais de imóveis rurais do que nos EUA) e para apenas Us $ 54,0 mil/imóvel rural no Brasil em 2023, sendo de apenas Us $ 56,1 mil /produtor/ano para nossos 4,8 milhões de produtores rurais e com cerca de 5,0 milhões de propriedades, tudo conforme nosso recente Censo do IBGE).
Assim, os muitos números fiéis acima e abaixo provam claramente, que no Mundo -, tendo como exemplos os dados, cálculos e analises acima para os EUA, União Europeia e Brasil -, com tão baixas participações dos produtores rurais, em % ou em Us $ hectare/ano ou Us$ produtor/ano, nas rendas finais brutas ou liquidas dos agronegócios ou das vendas de alimentos/bebidas/produtos florestais etc.., sem as participações dos demais agentes das cadeias (descritas a seguir) não há como os agricultores sozinhos - nem com ajudas de seus governos – bancarem tais fundamentais recuperações de solos, subsolos, aguadas, ar, biomas etc.. para continuarem nas atividades e ainda produzindo muito para tais demais agentes lucrarem muito mais. Tais demais agentes espertos (ou seja, demais elos das cadeias dos agronegócios) ficam, caladinhos (sem se responsabilizar claramente/legalmente nem bancarem as reformas necessárias) com a maiores partes das receitas liquidas finais (de 90% a 95%) e, assim, também com os resultados das destruições que também deixaram para trás (e tudo em nome de seus elevadíssimos lucros mais das ampliações dos patrimônios empresariais, familiares e pessoais mais para seus acionistas e outros investidores e talvez até para seus Diretores, CEO, CFO, CTO, Consultorias etc..).
Em 2023, um resumo comparado de Rendas Brutas Rurais Médias nos três em foco mostra os seguintes perfis e resultados, em termos de rendas brutas auferidas: 1) POR PRODUTOR RURAL – EUA: Renda Bruta Media de Us $ 165,0 mil (num total de 3,4 milhões produtores em 1,89 milhões de imóveis); UE: - vide mais dados abaixo - Us $ 64,0 mil e Brasil: - vide mais dados abaixo - Us $ 56,0 mil; 2) Por AREA – EUA: com medianos Us $ 1,32 mil/HECTARE/ANO habitáveis/cultiváveis totais (agrícolas totais + pastagens totais + florestas/extrativismos); UE: com elevadíssimos Us $ 2,25 mil /HECTARE/ANO e Brasil com apenas Us $ 1,00 mil /HECTARE/ANO;
Ainda em 2023, de forma comparativa, ainda pior para os produtores rurais brasileiros antes os dos EUA, é que enquanto a Renda Bruta estimada POR PRODUTOR RURAL nos EUA foi, a grosso modo, em média cerca de Us $ 165,1 mil/produtor/ano (Renda Bruta Rural, GCFI “Gross Cash Farm Income” de Us $ 561,2 bilhões em 2023 (inclusive recebendo muitos subsídios e incentivos) - e contemplando um total de cerca 3,4 milhões de produtores rurais (não de imóveis rurais e ranchos que chegam a apenas 1,89 milhões de imóveis em 2023) - no Brasil, o possível Valor Bruto da Produção ampliado (os 28 produtos do levantamento da CNA mais vendas de produtos da base florestal mais de extrativismos) - agora convertido em US$ - foi de apenas Us $ 269,5 bilhões (= R$ 1,35 trilhões) também em 2023, o que dividindo por 4,8 milhões de produtores rurais em 2018, conforme a PNAD do IBGE (desde proprietários mas arrendatários e ocupantes de 5,0 milhões de imóveis rurais, segundo o Censo de 2017 do IBGE), nos leva, a grosso modo, ao baixíssimo valor de Renda Bruta Média no Brasil de apenas Us$ 56,1 mil/produtor/ano, OU SEJA, nossa Renda Bruta Média significou apenas 1/3 da Renda Bruta Média obtida pelos produtores rurais nos EUA (Us $ 165,1 mil/pessoa – vide acima). Pior é que se compararmos com a renda anual obtida POR IMÓVEL ai fica bem pior no Brasil, pois nos EUA (renda de Us $ 561,2 bilhões obtida em 1,89 milhões de imóveis), ela chega a elevados Us $ 2,9 milhões ano/imóvel rural, sendo que no Brasil não passa de Us $ 0,54 milhões ano/imóvel rural (renda de Us $ 269,5 bilhões obtida em 5,00 milhões de imóveis).
Na Europa, conforme dados recentes pelo Banco Mundial (cujas áreas comparáveis – que eles chamam de áreas habitáveis agrícolas/pastagens = soma das agricultáveis mais com pastagens diversas mais florestas e savanas, se assemelham com as descritas abaixo pela FAO e USDA-ERS para o Mundo mais, para o Brasil, pelo IBGE e MapBiomas), as rendas brutas médias foram elevadíssimas (como sempre se soube, embora sejam muitos chorões) e quase o dobro dos EUA e o triplo do Brasil. Os europeus auferiram Renda Bruta Média em 2023 de Us $ 2.254/hectare/ano (VBP de Us $ 580,0 bilhões e área habitável/agricultável-pastagens de 257,28 milhões hectares), mas, no Brasil, a mesma renda bruta média no mesmo ano foi apenas de Us $ 1.007/hectare, portanto 23,8% menor e em Us$ ante os EUA (Brasil com VBP ampliado de Us $ 269,5 bilhões e área habitável/agricultável (“cropland”) de 267,53 milhões hectares).
Então, mesmo com os produtores rurais brasileiros ainda auferindo Renda Bruta Média total -66% menor do que a obtida nos EUA e parte da UE (vide acima), o Brasil ainda poderá quase que dobrar a sua área cultivada total atual de 282,5 milhões de hectares (fora cerca de 28 milhões de há de pastagens já em recuperação e, possivelmente, a replantar) para até 491,0 milhões de hectares (com grãos, demais alimentos e bebidas, pecuária ainda não degradada, florestas/extrativismos etc.), tudo para ofertar e bem alimentar até 4,0 bilhões de pessoas no Mundo em 2050 (quando a população mundial deve estabilizar), ante as 1,6 bilhão que ajudamos a alimentar em 2021”.
Em 2024, no Mundo, a Consultoria STATISTA dos EUA estima vendas de Us $ 9,12 trilhões de grãos, cereais e alimentos e com volume total de 2,4 milhões de toneladas, isto mesmo que gerando 2 a 5 vezes mais valor do que a própria produção agrícola mundial, ou seja, agregando valor de 100,0% a 400,0% (também, como lucros mínimos) ao valor inicial da compra local ou importações CIF de tais produtos agrícolas básicos. Do total vendido, somente de carnes serão US$ 1,46 trilhões, em especial para a China. A produção mundial de alimentos apenas em 2024 – segundo a poderosa ONG mundial paga STATISTA dos EUA - deve chegar a 2,90 milhões de toneladas em 2025, sendo 0,65 milhões de toneladas de cereais + panificados e 0, 54 milhões de t. de produtos vegetais.
Adicionalmente, nos EUA, em termos de Rendas Brutas e Liquidas (possíveis lucros), diversos diagnósticos pelo USDA/ERS apontam que para cada Us $ 1,00 gasto pelo consumidor norte-americano com alimentos, apenas Us$ 0,11 (11%) de forma liquida, realmente, provem das explorações agrícolas primárias, ou seja, são muitos baixos os valores remuneratórios finais realmente recebidos pelos produtores rurais e rancheiros (mesmo auferindo subsídios, ajudas e incentivos governamentais e outros, aliás, como mostram os números em meus outros artigos acerca). Assim, os produtores rurais e rancheiros americanos também participam com muito pouco da renda bruta final dos agronegócios e das indústrias de alimentos e, com isto, também ficam impossibilitados de -sozinhos (e até com ajudas/subsídios/incentivos/financiamentos pelo seu rico Governo) -, realmente recuperarem, adequada e rapidamente como se exige hoje, seus solos, subsolos, aguadas, ar, biomas, florestas etc. Vide meus outros diversos artigos sobre faturamentos e rendas brutas e liquidas nos EUA, UE e Brasil em: https://www.linkedin.com/pulse/contas-rurais-2023-renda-bruta-med-us-milprodut-eua-climaco-cezar-4nmrf
Em 2022, a Receita Bruta Rural total nos EUA (GCFI) atingiu Us $ 543,0 bilhões; os custos foram de Us $ 441,0 bilhões e os lucros brutos foram de Us $ 163,0 bilhões, representando, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), cerca de apenas 23,1% como taxa média de extração de lucros brutos (receitas brutas/custos). Muito pior, entretanto, fora em 2003 com receitas brutas de apenas Us $ 216,0 bilhões; custos de Us $ 198,0 bilhões e lucros brutos de apenas Us $ 61,0 bilhões, ou seja, iguais - a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado) - a apenas 9,1% de taxa média de extração de lucros anuais e brutos. Já a renda liquida média norte-americana entre 2003 e 2022 - comprovada por analistas de lá – foi apenas de 11% por atividade (vide acima), pois, já mesmo recebendo pouco de participações nas rendas brutas finais dos agronegócios e dos alimentos e demais itens nos varejos, a maioria dos produtores rurais tinham outras despesas familiares e internas com suas atividades.
Já em 2023, a receita bruta média nos EUA (não é a renda liquida final/hectare ou ao produtor, que teria que ser calculada a partir da venda final de todos os alimentos consumidos internamente mais os exportados por eles) foi de Us $ 1.323/hectare (GCFI de Us $ 561,2 bilhões e área habitável e agricultável (“cropland”), inclusive com pastagens e savanas/caatingas (“grazing”) de 424,21 milhões hectares). Já no Brasil, a mesma renda bruta média no mesmo ano foi de Us $ 1.007/hectare, portanto 23,8% menor e em Us$ ante os EUA (Brasil com VBP ampliado de Us $ 269,5 bilhões e área habitável/agricultável (“cropland”) de 267,53 milhões hectares). Já na Europa, a mesma renda bruta média em 2023 foi de Us $ 2.254/hectare em Us$ (VBP de Us $ 580,0 bilhões e área habitável/agricultável-pastagens de 257,28 milhões hectares), ou seja, com receita liquida por hectare/ano 2,20 vezes mais que no Brasil.
Então, no Brasil, mesmo com os produtores rurais ainda auferindo renda média total -66% menor do que a obtida nos EUA e parte da UE (vide acima) – e somente ficando, real e quase que historicamente, com 10%-22% da Receita Bruta média final somada (VBP = produções x preços) – a taxa bruta média de extração de lucro - e com 05-10% da Receita Liquida final (taxa liquida) em cada imóvel (receita bruta do produtor menos as despesas familiares obrigatórias, não inclusas nos custos totais de produção), o Brasil ainda poderá quase que dobrar a sua área cultivada total atual de 282,5 milhões de hectares (fora cerca de 28 milhões de há de pastagens já em recuperação e, possivelmente, a replantar) para até 491,0 milhões de hectares (com grãos, demais alimentos e bebidas, pecuária ainda não degradada, florestas/extrativismos etc.), tudo para ofertar e bem alimentar até 4,0 bilhões de pessoas no Mundo em 2050 (quando a população mundial deve estabilizar), ante as 1,6 bilhão que ajudamos a alimentar em 2021”.
Já no Brasil, a produção total de alimentos em 2021 (alimentos “in natura” mais alimentos processados mais bebidas etc.) - para consumos internos mais alguns seguindo para exportações etc. - chegou a 270 milhões de t. e no valor de R$ 1,161 bilhão = cerca de Us $ 232,2 bilhões (dados da ABIA mais da KPMG).
- Das Evoluções das Degradações SócioAmbientais Mundiais e das Principais Tendências -
Em 2015, um diagnostico socioambiental pela Comissão Europeia apontou que os custos das degradações mundiais já chegavam a elevadíssima cifra de Us $ 10,6 trilhões por ano, o equivalente a 17% do Produto Interno bruto global (PIB). O relatório observava que 24% das terras produtivas do Mundo já estavam degradadas e causando insegurança alimentar, pobreza, falta de água potável e aumento da vulnerabilidade em áreas afetadas pelas alterações climáticas. A iniciativa estimava que a perda global de valores de serviços ecossistêmicos (ESV) já custava entre Us $ 6,3 e Us $ 10,6 bilhões/ano.
Se uma boa gestão sustentável da terra fosse implementada em todo o Mundo, até Us $ 75,6 trilhões/ano, poderiam ser adicionados à economia global por meio de gerações de empregos e de aumentos das produções agropecuárias.
Tal diagnostico de 2015 (09 anos antes) já salientava que os efeitos da degradação dos solos e da desertificação estavam distribuídos de forma desigual pelas populações humanas e que tinham frequentemente impacto nos mais vulneráveis ??– os pobres rurais.
Também, eram a degradação da terra e a desertificação que estavam forçando centenas de milhares de rurícolas e de trabalhadores rurais – mais seus filhos, netos e idosos - a se mudarem de suas casas para as periferias e favelas das cidades maiores - perto ou longe -, criando ainda muito mais problemas diversos naquelas. Segundo os autores, tal processo continuado pode levar cerca de 50 milhões de pessoas a deixarem suas casas nos próximos 10 anos, ou seja, até 2025 (uma verdade gigante e visível atual). Fato era que a degradação da terra – redução da cobertura vegetal e aumento da erosão do solo – também significava que a terra já era menos capaz de armazenar carbono, contribuindo para as mudanças climáticas. As mudanças no uso da terra já representavam a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa depois da combustão de combustíveis fósseis. Vide em https://www.sei.org/features/land-degradation-costs-10-6-trillion-usd-per-year-says-new-report/.
“As emissões de gases de efeito estufa são medidas em equivalentes de dióxido de carbono (CO2 equivalente). Isso significa que cada gás de efeito estufa é ponderado pelo seu valor de potencial de aquecimento global. O potencial de aquecimento global mede a quantidade de aquecimento que um gás cria em comparação com o CO2. Para o CO2 equivalente, isso é medido em uma escala de tempo de 100 anos (GWP 100).”
“Assim, lidar com o que comemos e como produzimos nossos alimentos desempenha um papel fundamental no combate às mudanças climáticas, na redução do estresse hídrico e da poluição, na restauração de terras como florestas ou pastagens e na proteção da vida selvagem do mundo”. Vide mais dados confiáveis em analises pelo Banco Mundial em: https://ourworldindata.org/environmental-impacts-of-food?insight=there-are-also-large-differences-in-the-carbon-footprint-of-the-same-foods#key-insights .
”A fonte destes dados são as meta-análises dos sistemas alimentares globais de Michael Clark et al. (2020), publicadas na Science .A projeção de "negócios como sempre" faz as seguintes suposições: a população global aumenta de acordo com o cenário de fertilidade média da ONU; as dietas “per capita” mudam à medida que as pessoas ao redor do mundo ficam mais ricas (mudando para dietas mais diversificadas, com mais carne e laticínios); a produtividade das colheitas continua a aumentar de acordo com as melhorias históricas, e as taxas de perda de alimentos e a intensidade de emissões da produção de alimentos permanecem constantes. Isso é medido em equivalentes de aquecimento global via bem maiores volumes de CO2. Isso leva em conta a gama de gases de efeito estufa, não apenas CO2, mas também outros, como metano e o óxido nitroso”.
No Mundo e de forma direta, as produções de alimentos “in natura”, processados e até de “orgânicos” já eram emissoras de 40% dos gases provocadoras do efeito estufa atual, tudo, talvez até com desculpas de serem para a correta alimentação total Mundial. Fato é que nos últimos anos, ocorreram avanços rápidos nas devastações dos diversos Biomas, chegando a 20% no Mundo recente e a 25% no Brasil. Vide mais dados sobre os “Impactos ambientais da produção de alimentos” em https://ourworldindata.org/environmental-impacts-of-food
Também, elas, em conjunto já consumiam 30% a 40% da energia global – sustentável, mediana ou insustentável - do planeta, ou seja, tanto poluem muito (sobretudo o ar, as águas e os subsolos), como exigem devastações até energéticas, como elevadas demandas de eletricidades, impróprias, até por termoelétricas e por derivados de petróleo.
Elas, no conjunto, já cobrem 40,0% das terras do planeta com plantios de seus produtores rurais fornecedores e, pior, somente o Setor de Alimentos mundial já utilizava, de muitas formas inclusive com altas perdas, 70,0% da água doce disponível no Planeta (fonte: Getty). São necessários 199,8 milhões de litros de água por segundo. A água, a cada ano, é cada vez mais escassa, sobretudo nos EUA e na Europa.
Tudo acentuou muito nos últimos 40 anos, principalmente com as ainda crescentes degradações agropecuárias, florestais e extrativas etc., pelos maus usos e abandonos dos solos, subsolos, aguadas, aquíferos, ar, biotas e outros, tudo decorrente das injustas e irregulares distribuições finais das elevadas receitas brutas propiciadas por suas explorações intensivas.
“Analistas do Banco Mundial (BIRD) citam que de ¼ a 1/3 das emissões globais de gases de efeito estufa vêm de nossos sistemas alimentares e estas diferenças vêm da inclusão de produtos agrícolas não alimentares – como têxteis, biocombustíveis e culturas industriais –, além de incertezas no desperdício de alimentos e de emissões pelos usos da terra”. O resto vem da energia. Embora a energia mais a indústria (não alimentícia) contribuam mais do que os alimentos, precisamos abordar os sistemas alimentar e energético para enfrentar as mudanças climáticas”.
“Ignorar as emissões pelas indústrias de alimentos e do agro simplesmente não é uma opção se quisermos chegar perto de nossas metas climáticas internacionais. Mesmo que parássemos de queimar combustíveis fósseis amanhã - o que é impossível -ainda iríamos muito além da nossa meta de reduzir a temperatura em 1,5° C e quase perderíamos a nossa meta de - 2° C”.
“Para analistas do Banco Mundial, em um cenário de manutenção do “status quo”, os autores esperam que o Mundo emita cerca de 1.356 bilhões de toneladas de CO2 até 2100”.
Para o Banco Mundial, em 2023, a produção de alimentos, mais a sua fornecedora básica - de grãos, cereais, produtos “in natura”, orgânicos, pecuárias, pescados, produtos florestais e extrativos etc. – teve grandes impactos ambientais de várias maneiras e com os seguintes impactos ambientais, unitários ou somados, a saber:
1) A produção de alimentos é responsável por mais de um quarto (26,0%) das emissões globais de gases com efeito de estufa;
2) Metade da terra habitável do mundo é usada para agricultura. Terra habitável é terra livre de gelo e deserto;
3) 70,0% das retiradas globais de água doce são usadas para agricultura;
4) 78,0% da eutrofização global dos oceanos e da água doce é causada pela agricultura. Eutrofização é a poluição dos cursos de água com água rica em nutrientes;
5) 94,0% da biomassa de mamíferos não humanos é pecuária. Isso significa que a pecuária supera os mamíferos selvagens com um fator de 15 para 1. Essa parcela é de 97,0% quando apenas mamíferos terrestres são incluídos;
6) 71,0% da biomassa de aves é de animais avícolas. Isso significa que a população avícola mundial supera as aves selvagens por um fator de mais de 3 para 1”.
“Das cerca de 1/4 (26%) das emissões globais de gases com efeito de estufa pelos alimentos mais pelas produções rurais, estas incluem, sobretudo, as emissões provenientes de mudanças no uso da terra mais pela produção agrícola, processamento, transporte, embalagem e varejo”.
“Podemos dividir essas emissões do sistema alimentar em 05 grandes categorias, a saber:
- 30,0% das emissões de alimentos vêm diretamente da pecuária e da pesca. A pecuária ruminante – principalmente o gado bovino, ovino, caprino, camelídeos – por exemplo, produzem metano por meio de seus processos digestivos. O manejo dos estercos e das pastagens também se enquadra nessa categoria;
- 1,0% vem da pesca selvagem, sendo a maior parte consumo de combustível de embarcações pesqueiras;
- A produção agrícola é responsável por cerca de um quarto das emissões de alimentos. Isso inclui culturas para consumo humano e ração animal;
- O uso da terra é responsável por 24,0% das emissões de alimentos. O dobro de emissões resulta do uso da terra para gado (16,0%) do que para culturas para consumo humano (8,0%)”;
- “Finalmente, as cadeias de suprimentos são responsáveis ??por 18,0% das emissões pelos alimentos. Isso inclui processamento, distribuição, transporte, embalagem e varejo de alimentos”.
“Para os técnicos do Banco Mundial (BIRD), quando comparamos a pegada de carbono de diferentes tipos de alimentos, surge uma hierarquia clara. Carne e laticínios tendem a emitir mais gases de efeito estufa do que alimentos de origem vegetal. Isso é verdade se compararmos com base na massa por quilograma, por quilocaloria ou por grama de proteína’. “Dentro de produtos de carne e laticínios, também há um padrão consistente: animais maiores tendem a ser menos eficientes e têm uma pegada maior. A carne bovina normalmente tem as maiores emissões; seguida por cordeiro; carne de porco; frango; então ovos e peixes”.
Esses dados apresentam valores médios globais. Para alguns alimentos – como carne bovina – há grandes diferenças dependendo de onde são produzidos e das práticas agrícolas usadas. No entanto, a carne bovina e ovina de menor emissão de carbono ainda têm uma pegada de carbono maior do que a maioria dos alimentos de origem vegetal. A fonte desses dados são as meta-análises dos sistemas alimentares globais de Joseph Poore e Thomas Nemecek (2018), publicadas na Science. Os impactos ambientais são calculados com base em análises do ciclo de vida que consideram impactos em toda a cadeia de suprimentos, incluindo mudanças no uso da terra, emissões na fazenda, produção de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, processamento de alimentos, transporte, embalagem e varejo”.
Assim, “a maneira mais eficaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do sistema alimentar é mudar o que comemos. Adotar uma dieta mais baseada em vegetais, reduzindo nosso consumo de alimentos com alto teor de carbono, como carne e laticínios – especialmente carne bovina e de cordeiro – é uma maneira eficaz de os consumidores reduzirem suas pegadas de carbono”.
“Mas também há oportunidades para reduzir emissões otimizando práticas e locais mais eficientes em carbono para produzir alimentos. Para alguns alimentos - em particular, carne bovina, cordeiro e laticínios - há grandes diferenças nas emissões dependendo de como e onde são produzidos”.
“Produzir 100 gramas de proteína de carne bovina emite 25 quilos de equivalentes de dióxido de carbono (CO 2 eq), em média, mas isto varia de 9 quilos a 105 quilos de CO2 equivalente, uma diferença de 10 vezes”.
“Otimizar a produção em locais onde esses alimentos são produzidos com uma pegada menor pode ser outra maneira eficaz de reduzir as emissões globais”.
“Nestes casos, a fonte desses dados do Banco Mundial são as meta-análises dos sistemas alimentares globais de Joseph Poore e Thomas Nemecek (2018), publicadas na Science. Este conjunto de dados abrange analises em 38.700 fazendas comercialmente viáveis ??em 119 países e 40 produtos. Os impactos ambientais são calculados com base em análises do ciclo de vida que consideram impactos em toda a cadeia de suprimentos, incluindo mudanças no uso da terra, emissões na fazenda, produção de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, processamento de alimentos, transporte, embalagem e varejo. As emissões de gases de efeito estufa são medidas em equivalentes de dióxido de carbono (CO2 equivalente). Isso significa que cada gás de efeito estufa é ponderado pelo seu valor de potencial de aquecimento global. O potencial de aquecimento global mede a quantidade de aquecimento que um gás cria em comparação com o CO2. Para o CO2 equivalente, isso é medido em uma escala de tempo de 100 anos (GWP 100)”.
Ainda até 2023, e já reportando especificamente sobre as degradações das águas e aquíferos mundiais, para a importante ONG Mundial WWF, a crise hídrica mundial já ameaçava/alcançava Us $ 58 trilhões/ano (equivalente a 60% do PIB global), tanto em valor econômico, como em segurança alimentar e sustentabilidade. Desde 1970, o mundo perdeu 1/3 de suas áreas úmidas restantes, enquanto as populações de vida selvagem de água doce caíram, em média, 83%.
Essa tendência desastrosa contribuiu para o aumento do número de pessoas enfrentando escassez de água e insegurança alimentar, à medida que rios e lagos secaram, a poluição aumentou e as fontes de alimentos, como a pesca de água doce, diminuíram.
A degradação de rios, lagos, zonas húmidas e aquíferos ameaçam o valor económico mundial e o seu papel insubstituível na manutenção não somente da segurança alimentar mundial, mas, também, da saúde humana e planetária.
O relatório da WWF também concluiu que os benefícios econômicos diretos, como o consumo de água para residências, agricultura irrigada e indústrias, somam no mínimo Us $ 7,5 trilhões anualmente. Ele também estimou que os benefícios invisíveis - que incluem purificação de água, melhoria da saúde do solo, armazenamento de carbono e proteção de comunidades contra inundações e secas extremas - são 07 vezes maiores, em torno de US$ 50 trilhões anualmente.
Mas os ecossistemas de água doce do mundo estão em uma espiral descendente, representando um risco cada vez maior para esses valores econômicos. Vide mais dados em https://wwfcee.org/news/wwf-report-the-high-cost-of-cheap-water .
Agora, no caso especifico do Brasil, ainda pior, é que recente, a poderosa FGV Brasil divulgou um excelente diagnostico sobre os custos totais do País, mais por Bioma mais por Estado, somente de PASTAGENS JÁ DEGRADADAS, necessários/fundamentais para recuperar nossos solos e florestas, agora, as áreas já degradadas (inclusive par recuperar cerca de 56% das nossas pastagens) por todos no Brasil, chegando ao elevadíssimo valor de Us $ 77,5 bilhões e que nem os agricultores brasileiros nem o Governo central e/ou os Estaduais têm como disporem – sozinhos – ou mesmo financiarem, pois têm centenas de outras prioridades par aos mais pobres (sanitarismos urgentes, desfavelizações imediatas, habitações adequadas, transportes públicos, solução dos lixos, estradas etc.), inclusive, há uns 8 anos com as seguidas e até anunciadas devastações e as inundações, decorrentes exatamente das severas mudanças climáticas por que nosso País já passa (em especial nos estados do RS, SC, SP, RJ, MG e PE) pelas tais mudanças climáticas, exatamente decorrentes/provocadas pelo nosso males usos dos solos, sub solos, aguadas, ar, lixos etc.. Vide dados completos da FGV no excelente e inédito diagnostico “Custos de recuperação de pastagens degradadas nos estados e biomas brasileiros” - com as necessidades e demandas de recursos recuperadores - milagrosos - por Estado e Bioma em : https://agro.fgv.br/sites/default/files/2023-02/boletim_custos_de_recuperacao_0.pdf .
- Das Minhas 09 Propostas Simples e Baratas para Soluções Progressivas, mas a Debater, a Analisar e a Implementar -
As seguir, tomo a ousadia de apresentar 09 sugestões iniciais para analises, debates e possíveis implementações mundiais, urgentes (no Brasil, sobre coordenações da EMBRAPA mais das Secretarias Estaduais somente de meio ambiente), a saber:
1) Criação de Imposto SocioAmbiental Recuperador Mundial, mínimo de 5,0%, - a ser creditado e gerido por Fundo socioambiental apenas da ONU – incidente sobre o Lucro Bruto comprovado anual e por 20 anos e de TODOS os agentes participantes dos lucros gigantes dos agronegócios e dos fornecimentos, fabricações, transportes e vendas etc. de todos os alimentos, bebidas, energias hidro, a lenhas e carvão rurais, etanol/biodiesel/H2 verde, biogás, singás, madeiras, celuloses, orgânicos (ou seja, nos antes-das-porteiras mais após-as-porteiras) e incidentes/captados nos varejos finais - não das produções rurais, ou seja, não dentro-das-porteiras - mais sobre indústrias de insumos, sementes/mudas, agroquímicos, maquinas, armazenamentos, transportadoras externas e internas, seguradoras, corretoras, operações em bolsas e similares etc...
2) Promover o tombamento e isolamento protetivo/premiado Mundial de áreas devastadas, iniciando ou já em fase de recuperações agroflorestais reais e de pastagens degradadas (exceto com espécimes para produções de celuloses e similares, nomeadas recentes pela BBC Brasil, infelizmente, como “desertos verdes”) e somente se mediantes replantios com algumas arvores rápidas bem listadas/analisadas neste artigo e/ou milho para etanol e até cana para etanol (com estas fontes agrícolas já comprovadas como sequestradoras mundiais rapidíssimas, gigantes e comprováveis de CO2 nos cultivos rápidos e cíclicos, chegando -, pelas fotossínteses bem maiores e muito mais rápidas e mais intensas, - a serem 11 vezes mais do que pelas apenas belas arvores seculares amazônicas e de outras florestas mundiais ou para espécimes produtivas de celuloses ou similares). O tombamento ocorreria no mínimo por 20 anos (período máximo necessário para as modernas recuperações florestal e dos biomas), nos moldes como a UNESCO procede com patrimônios históricos;
3) Incentivar, via créditos baratos ou isenções tributárias e até subsídios, as proteções e recuperações florestais, mínimas por 20 anos, mediante assunções por Fundos Internacionais ou internos dos tipos “Trusts”, “Heritages Funds”, “fundos familiares e/ou patrimonialistas” e Fundos verdes dos tipos das RPPN nacionais;
4) Intensificar, financiar barato e subsidiar novíssimas tecnologias para fabricações/difusões/utilizações/exportações dos chamados: “micro reformadores hibrido de etanol para produção direta e apenas interna de H2 veicular elétrico” (tecnologia em fase final de R&D pela USP e Unicamp/INOVA e outras mundiais e do Brasil). Ora, sabe-se que o etanol já tem elevadíssimos resultados comprovados nas reduções das emissões mundiais de C02 veiculares (embora as emissões somadas por todos os meios de transportes mundiais somente representem 25% das emissões totais de CO2 mundial) e quando tal reformador, barato e simples acima, for muito fabricado e difundido, haverá rapidíssimo e muito mais barata produção de H2 interno para conversões das frotas a derivados de petróleo para veículos elétricos, uma meta, quase que imediata, de muitos países do Mundo. Também, não é segredo que a produção externa de H2 verde (abastecimento em futuras redes de difícil e cara implantação) - e com usos das fontes sustentáveis solares, eólicas e até de PCH -, além de levarem muito das nossas energias limpas, já sustentáveis e essenciais, já agora e de futuro (haja vista as nossas necessárias termoelétricas altamente poluidoras e em muitos momentos), nas redes atuais mundiais já implantadas e até já pagas (para garantir ofertas e baixar e os custos elétricos para as famílias mais pobres) tal produção externa de H2 verde, como ainda proposta em especial no nordeste do Brasil, é até 05 vezes mais cara do que pelas outras fontes sujas, mas já muito disponíveis; tem transportes internos e externos perigosíssimo e muito mais caro (dependente de navios pesados e movidos a derivados de petróleo) e que consome 25% mais energia do que produz e que sequestra muita agua de qualidade (56 litros/01 kg de h2) e que já muito demandamos (que tende a ampliar a demanda futura muito em especial no nordeste do Brasil);
5) Promover grandes inovações realmente produtoras de energias elétricas – MAIS gigantes limpezas ambientais - realmente sustentáveis e bem mais baratas. Elas serão produtoras e fornecedoras próprias e/ou coletivas e/ou vizinhas e todas pelos hibridismos locais/regionais pelos tratamentos microrregionais de muito lixos brutos, biomassas, dejetos, sobras, podas, restos de pneus, roupas etc. Tudo seguirá para grandes produções de singás combustível, purificado por lavagens e outros procedimentos e filtragens e que não produz CO2 (apenas ácidos carbônicos comuns e até vendidos como inocentes sais carbonatados) via tecnologias ainda inexistentes no Brasil, mas comuns e muitos usadas há dezenas de anos na Ásia, EUA, Europa etc. (em nada contaminantes como ocorre na recente usina especializada ao lado do antigo aterro sanitário de Mafra -SC e de onde já retira 50% das entregas de lixos urbanos brutos e úmidos para já gerar 2,1 MWh com 90 t/lixo bruto e regional/dia) e/ou de biometano/biogás (estes ainda contaminantes e com metano e que nada pode vazar e que tem que ser, realmente, 100% queimado);
6) Investir, Edificar e Instalar, urgente, Sistemas Modernos para proteções plenas, bem calculadas e muito bem administradas CONTRA ENCHENTES E NOVAS DEVASTAÇÕES ATÉ ANUNCIADAS E CÍCLICAS de nossas cidades beira mar e beira rios (sobretudo em algumas cidades beira mar/rios do RS, SC, SP, RJ, BA, MG e PE) e até contra secas, todas com construções rápidas - e bem mais baratas do que arcar com os imensos prejuízos futuros que impedirão – mais com operações corretas e boas manutenções de milhares de novas e baratas PCH e/ou centenas de pequenas barragens controladoras de fluxos (como já se fazem muito no Japão, China, EUA e até, recente, no Vale do Itajaí no Estado de Santa Catarina - Brasil) e, sobretudo, boas geradoras elétricas e empregadoras/desenvolvimentistas/irrigadoras;
7) Incentivar/financiar/subsidiar, realmente, alguns bons projetos e de ações para reforçar/ampliar as preservações reais e/ou de reconversões socioambientais para o bem (como a Heineken Brasil já está fazendo desde 2007 com doações de 7,0 milhões de mudas florestais/ano - vide https://exame.com/esg/projeto-de-reflorestamento-da-heineken-com-a-sos-mata-atlantica-aumenta-em-20-volume-de-agua-em-itu/) mais em produções e exportações de muitos mais alimentos industrializados mais em produtos rastreados e rotulados com selos de origens (“terroir”) e “fair trade” etc.. mais em inserções de dados com ações socio ambientalistas positivas, reais e duradouras em propagandas (autorizadas/incentivadas) em balanços corporativos empresariais (com tudo até como nossos exemplos para o Mundo e seus capitalistas selvagens);
8) Criar/financiar/subsidiar/premiar/exigir das Prefeituras etc. do Brasil, um grande e abrangente Programa integrado/grupal para produções e doações de bilhões de mudas somente de algumas arvores, gratuitas e até incentivadas/obrigatórias, e no valor, mínimo, de 5% dos novos financiamentos rurais para quaisquer fins, inclusive de custeios/comercializações de todos os portes, tipos e locais de imóveis agrícolas, sendo esta parte sem juros e com até 10 anos de prazo para retornar. Haveria participações e fiscalizações somente por Universidades, Emater e similares, Escolas públicas Federais/Estaduais, agropecuárias, mais pelos Sistema “S”, Rotary, Lions, maçonarias etc., se realmente participantes interessados) e ocorreria somente nos 3.666 municípios mais agrícolas do País. Tudo seria para implantar e promover reflorestamentos bem projetados/bem implantados, priorizando áreas já comprovadamente degradadas/erodidas, e apenas com novas árvores - nem tão bonitas, mas muito mais rápidas (com crescimentos de até 2,5 m/ano), ou seja, com muito mais fotossínteses por suas muito mais superfícies com folhas e caules (medidas cientificamente em kg/hectare/ano). Elas são gigantes coletoras - já muito comprovadas cientificamente – e de muito mais CO2/hectare/ano. Também, seriam incluídos projetos e ações para as ressuscitações plenas de milhares de antigas aguadas, agora abandonadas/secadas, MAIS de seus subsolos e biomas etc.);
9) Promover forte incentivo/subsidio financeiro pelos Governos Federal e Estadual mais investimentos por Fundos de Pensão, Fundos de Investimentos e Fundos Setoriais (como na criação de um novo Plano Especial de financiamentos/investimentos em parcerias em longo prazo e até sem juros para instalar novas destilarias mais para expandir, rapidamente, os cultivos agrícolas, ambientalmente revolucionários - até como Mis um nosso exemplo socioambiental Mundial -, como o milho para DDG/etanol - e que já consegue propiciar até 04 ganhos ambientais somados - mais o etanol de agave etc.). Também, seriam muito bem vindos ações do Governo Federal e dos Fundos para promover/incentivar/legalizar lançamentos de debentures e/ou IPOs específicos para tanto na nossa Bolsa B3.
FIM
Brasília (DF) e Porto Seguro (BA) em 14 de agosto de 2024
Grato pelas Leituras, Analises e Compartilhamentos.
“VIVAMELHOR AMBIENTAL A BRAZIL THINK TANK” (a modern and faster socioambientalist/green & susteinable Energies Brazilian “think tank).
Para outros detalhes, contates-me apenas pelo e-mail [email protected]