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Desemprego e renda


Amado de Olveira Filho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou esta semana que a crise, inicialmente gerada pelos Estados Unidos, demitirá no mínimo 20 milhões de trabalhadores ao redor do mundo, ou seja, toda esta gente passará à condição de desempregados.
Temos visto que as autoridades brasileiras amenizam os efeitos da crise sobre a nossa economia. No entanto, de apenas "uma pequena marola", passaram a informar da possibilidade da redução do crescimento do PIB em 2009, que, segundo o próprio governo, ficará em torno de 3%. Isto também criará desemprego.
Porém, passadas as eleições de segundo turno, se preparem para as notícias a respeito de novos cenários. A partir de agora, a verdade será estabelecida e você consumidor, verá que as coisas não eram como anunciaram até aqui. Certamente que os preços decolarão, até porque a orientação do presidente da República é que você continue a consumir como sempre fez. Até quando isto será possível?
Vejo uma saída para alguns setores da nossa economia que culminará em beneficiar outros. Tão logo terminem as jornadas eleitorais, de se implementar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Vejo com segurança de isto acontecer, afinal, teremos nova eleição em 2010, e se isto não acontecer ficará claro que o PAC é tão somente um programa eleitoreiro.
Pelo lado da agropecuária, esta mesma que é considerada a vilã nacional pelas autoridades ambientais, além destas questões se apresenta com outros graves problemas, ou seja, para a próxima safra, não se pode, ainda, afirmar o seu tamanho. Isto em função de que, afinal, efetivamente, qual é o real pacote tecnológico aplicado? Neste sentido, cada produtor de soja, por exemplo, está fazendo o seu pacote, ou seja, utilizando o que está disponível e segundo a sua disponibilidade financeira.
A não utilização de insumos nos níveis tecnicamente recomendados, certamente, impactará de forma negativa a próxima safra. No entanto, aos produtores rurais, aqueles que tiverem sucesso na produção, haverão de conviver com graves e sérios problemas de preços, estamos testemunhando uma redução de preços nunca vista antes. Caso não se resolva a crise estabelecida, milhares de produtores não sobreviverão até a próxima eleição de presidente da República.
Enquanto isto o Banco Central do Brasil anuncia R$ 5,5 bilhões para a agricultura, depois, R$ 2,5 bilhões. Estes recursos chegarão ainda nesta safra? Posso responder com segurança: Não! Ganhou mais uma vez o governo federal diante da mídia brasileira. Por outro lado, fica claro, que o Plano Agrícola não era suficiente para financiar a agropecuária. Assim, um número deve ser lembrado, o de que Mato Grosso precisa de R$ 15 bilhões para financiar uma safra agrícola.
Outro fato importante é a falta de financiamento das exportações. Caso isto persista, teremos grandes problemas de desemprego de fatores de produção. Este é o pior desemprego que pode estabelecer numa economia. Logo, a redução de postos de trabalho é mera questão de tempo. Está correta a OIT e o Brasil dará a sua contribuição para confirmar as suas previsões. Mato Grosso não fugirá a regra.
Porém, com o resto da economia, é bom consultarmos o papa, afinal, por tudo o que vimos vamos pedir a Deus que nos proteja, depois disto é bom que os governadores da Amazônia Legal, dêem uma passadinha na Casa Civil e falem com a ministra Dilma, também conhecida como a mãe do PAC.

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