O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é uma fundação pública federal vinculada ao Ministério do Planejamento, suas principais atividades são a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros. O Ministro do Planejamento é Paulo Bernardo que também é responsável pelos Planos Plurianuais e o Orçamento. O Ministro da Fazenda é Guido Mantega que dentre outras atribuições está a de executar a Política Econômica do Governo Federal, para isto conta também com o goleiro do Banco Central Henrique Meireles.
O Ministro da Fazenda vinha anunciando uma projeção de crescimento do PIB em 2007 na ordem de 5,0%. O Presidente da República também embarcou nesta de elaborar um plano para concretizar este crescimento. Ficando claro com isto que ele ganhou a eleição sem anunciar com clareza como governar num novo mandato. Porém, o maior objetivo é apresentar aos partidos políticos e buscar a composição da base de apoio do Governo no Congresso Nacional. Certamente uma meta alvissareira, mas que justificaria esse apoio.
Porém nesta segunda feira, surge o IPEA com a notícia de que o crescimento de 5,0% no PIB do próximo ano não será realisticamente possível. Um crescimento nesta ordem só será possível para a década de
O estudo do IPEA contradiz outras autoridades do Governo Federal, exemplo disso é a medida apontada de imediatamente atingir o "déficit nominal zero" até o final do próximo governo. No entanto, Nelson Barbosa, Coordenador do programa econômico do presidente Lula na campanha eleitoral e secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirmou, antes das eleições, que o ajuste fiscal proposto pelo petista não previa corte de gastos.
Temos então uma situação clara de falta de planejamento e de total desentendimento da equipe econômica do Governo, o IPEA do Ministro Paulo Bernardo do Planejamento está sendo contestado pelo Ministro Guido Mantega da Fazenda. Com quem o Presidente da República ficará? Não tenho a menor dúvida de que ficará com Mantega, mesmo porque ele acredita que o crescimento de 5,0% é possível, disseram isto a ele e ele comprou a idéia.
De qualquer forma temos convicção de que mesmo se o Brasil não conseguir um crescimento como gostaria o Presidente e que precisa a nação brasileira, a culpa não é do goleiro, mas haveremos de ter mudanças no comportamento da equipe econômica. Os investimentos finalmente ocorrerão e neste sentido estados como o de Mato Grosso devem receber tratamento diferenciado, mesmo porque, é clara a ausência do Governo Federal quando se trata de obras públicas.
