A comparação entre a força do capitalismo na China e no Brasil envolve uma análise complexa de vários fatores econômicos, políticos e sociais. Aqui estão alguns pontos-chave que podem ajudar a entender porque o capitalismo é considerado mais forte na China do que no Brasil.
A China passou por significativas reformas econômicas a partir da década de 1970, lideradas por Deng Xiaoping. Essas reformas introduziram elementos de economia de mercado e incentivaram a iniciativa privada, enquanto ainda mantinham o controle político do Partido Comunista Chinês.
O Brasil, por outro lado, passou por uma série de mudanças econômicas, mas não implementou reformas tão profundas quanto as da China. A China focou intensamente no desenvolvimento industrial, tornando-se uma potência manufatureira global. Isso foi impulsionado por investimentos maciços em infraestrutura, educação e pesquisa, resultando em uma força de trabalho altamente qualificada e em setores industriais competitivos.
Além disso, adotou uma abordagem proativa em relação ao investimento estrangeiro, atraindo empresas globais para estabelecer operações no país. Isso estimulou o crescimento econômico e trouxe tecnologia e know-how para a China.
No Brasil, questões como a burocracia, a infraestrutura limitada e a instabilidade política podem ter dificultado a atração de investimentos estrangeiros em certa medida.
As políticas monetárias e fiscais na China foram gerenciadas de forma pragmática para sustentar o crescimento econômico. O governo chinês utilizou instrumentos como controle de câmbio e políticas de crédito para manter a estabilidade e impulsionar o desenvolvimento. O Brasil, por outro lado, enfrentou desafios como inflação, instabilidade fiscal e políticas econômicas menos consistentes.
A China manteve um forte controle governamental sobre setores-chave da economia, permitindo uma abordagem de planejamento centralizado que facilitou o direcionamento de recursos para áreas estratégicas. Isso contrasta com o Brasil, onde o modelo econômico muitas vezes foi mais descentralizado.
A posição geopolítica da China como uma potência emergente desempenhou um papel significativo em seu sucesso econômico. O país tornou-se um centro de comércio global e estabeleceu relações econômicas e comerciais com várias nações ao redor do mundo.
Já o Brasil, embora tenha uma economia significativa, pode não ter desfrutado do mesmo nível de influência geopolítica.
Esses são fatores gerais e simplificados, e a realidade é muito mais complexa. Ambos os países têm desafios e oportunidades únicas, e a força do capitalismo em cada um deles é influenciada por uma ampla gama de fatores históricos, políticos, sociais e econômicos.
“Na realidade, o que de fato ocorre no Brasil é a persistente recalcitrância a mudanças efetivas trazida pela hipocrisia política desde o início da república.”
Concentrando recursos financeiros e poder em certas castas e as classes subalternas vendendo sua liberdade e a perspectiva de crescimento autônomo em troca de falsos direitos e de proteção do Estado.
Falta no fundo a coragem de alguém que queira realmente transformar o país em algo grande e a vergonha na cara de parte do povo brasileiro para eliminar os interesses mesquinhos.
Na China, há 50 anos, houve a inteligência da sociedade e de um líder que, mesmo sendo comunista, entendeu que não haveria riqueza sem uma economia capitalista. Entendeu que a luta de classes não faz sentido e não traz prosperidade para todos. O que realmente faz sentido é a liberdade econômica, o direito à propriedade e as oportunidades geradas por uma economia de mercado e aberta ao mundo.
São lições que o Brasil até hoje não aprendeu e continuará por conta disso acompanhando como mero espectador o desenvolvimento de países não só como a China, mas também Índia, Malásia, Taiwan e outros.