A mandioca (Manihot esculenta) é uma planta genuinamente brasileira, sendo cultivada em praticamente todo o território brasileiro, além de ser uma planta muito rústica, não muito exigente em termos de solo, sendo muito apreciada pelos animais. Tanto a raiz como a parte aérea da mandioca apresentam bom valor nutritivo, podendo ser utilizadas sob várias formas na alimentação animal.
A raiz da mandioca apresenta baixos níveis de proteína e de fibra bruta, alta concentração de energia e excelente digestibilidade. Algumas cultivares de mandioca (mandiocas brava) podem envenenar os animais, em virtude da presença de produtos chamados glicosídeos cianogênicos que, por sua vez, se transformam em ácido cianídrico, substância extremamente tóxica. O envenenamento dos animais com a ingestão de mandioca brava pode ser evitado facilmente, bastando picar as raízes e a parte aérea da planta e deixá-las bem espalhadas ao ar livres, no sol, por cerca de 24 horas. É muito importante que as raízes sejam bem lavadas após a colheita para retirar a terra. Depois de limpas, as raízes devem ser trituradas ou picadas, para o fornecimento direto ou para a conservação sob a forma de raspa seca, farelo ou silagem. No caso de fornecer a raiz fresca da mandioca, devem ser tomadas algumas precauções:
- mandioca mansa: colher, lavar, picar e fornecer imediatamente aos animais, pois se deteriora rapidamente. Em clima quente, três dias após a colheita as raízes tornam-se imprestáveis;
- mandioca brava: deve ser secada (desidratada) ao sol, antes de ser dada aos animais. No caso de desidratar as raízes ao sol é preciso seguir os seguintes passos:
- lavar as raízes, eliminando as que tiverem colocação escura;
- picá-las em pedaços de aproximadamente 5cm de comprimento por 1,5cm de largura em máquina de fazer raspas, ou triturá-las em picadeira de capim;
- espalhar sobre lona de plástico, em terreiro cimentado, em camada de 5 a 7 kg/m² ou em bandejas, na base de 10 a 16 kg/m², e expô-las ao sol, o tempo necessário para a secagem depende de uma série de fatores (um a dois dias);
- passar o rodo no sentido do maior comprimento do terreno, formando pequenas leiras, desmanchando-as periodicamente, do mesmo modo que se faz na secagem do café;
- observar quando o material está seco, um método prático é o de tomar um pequeno fragmento e riscar o piso: se deixar risco, como giz, está seco;
- depois de seco o material pode ser ensacado diretamente ou depois de transformado em farelo;
- conservar os sacos sobre estrados de madeira, em local arejado;
- preparados desse modo, tanto o farelo como a raspa da mandioca têm, no máximo, 14% de umidade e podem ser armazenados, sem perder seu valor nutritivo, por até um ano. Geralmente são fornecidos aos animais em mistura com outros alimentos ricos em proteína ou uréia.
Claudio Ramalho Townsend (Embrapa Clima Temperado), Newton de Lucena Costa (Embrapa Roraima), João Avelar Magalhães (Embrapa Meio Norte)
A raiz da mandioca apresenta baixos níveis de proteína e de fibra bruta, alta concentração de energia e excelente digestibilidade. Algumas cultivares de mandioca (mandiocas brava) podem envenenar os animais, em virtude da presença de produtos chamados glicosídeos cianogênicos que, por sua vez, se transformam em ácido cianídrico, substância extremamente tóxica. O envenenamento dos animais com a ingestão de mandioca brava pode ser evitado facilmente, bastando picar as raízes e a parte aérea da planta e deixá-las bem espalhadas ao ar livres, no sol, por cerca de 24 horas. É muito importante que as raízes sejam bem lavadas após a colheita para retirar a terra. Depois de limpas, as raízes devem ser trituradas ou picadas, para o fornecimento direto ou para a conservação sob a forma de raspa seca, farelo ou silagem. No caso de fornecer a raiz fresca da mandioca, devem ser tomadas algumas precauções:
- mandioca mansa: colher, lavar, picar e fornecer imediatamente aos animais, pois se deteriora rapidamente. Em clima quente, três dias após a colheita as raízes tornam-se imprestáveis;
- mandioca brava: deve ser secada (desidratada) ao sol, antes de ser dada aos animais. No caso de desidratar as raízes ao sol é preciso seguir os seguintes passos:
- lavar as raízes, eliminando as que tiverem colocação escura;
- picá-las em pedaços de aproximadamente 5cm de comprimento por 1,5cm de largura em máquina de fazer raspas, ou triturá-las em picadeira de capim;
- espalhar sobre lona de plástico, em terreiro cimentado, em camada de 5 a 7 kg/m² ou em bandejas, na base de 10 a 16 kg/m², e expô-las ao sol, o tempo necessário para a secagem depende de uma série de fatores (um a dois dias);
- passar o rodo no sentido do maior comprimento do terreno, formando pequenas leiras, desmanchando-as periodicamente, do mesmo modo que se faz na secagem do café;
- observar quando o material está seco, um método prático é o de tomar um pequeno fragmento e riscar o piso: se deixar risco, como giz, está seco;
- depois de seco o material pode ser ensacado diretamente ou depois de transformado em farelo;
- conservar os sacos sobre estrados de madeira, em local arejado;
- preparados desse modo, tanto o farelo como a raspa da mandioca têm, no máximo, 14% de umidade e podem ser armazenados, sem perder seu valor nutritivo, por até um ano. Geralmente são fornecidos aos animais em mistura com outros alimentos ricos em proteína ou uréia.
Claudio Ramalho Townsend (Embrapa Clima Temperado), Newton de Lucena Costa (Embrapa Roraima), João Avelar Magalhães (Embrapa Meio Norte)