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Renda Bruta Media Us$ mil/produt: EUA 165; UE 64; Brasil 56


Climaco Cezar de Souza

Renda Bruta Media Us$ mil/produt: EUA 165; UE 64; Brasil 56.

Renda Bruta (GCFI e VBP) Média Us$ produtor rural 2023: EUA = 165 mil (total de 3,4 milhões produtores em 1,89 milhões de imóveis); UE = 64 mil (total de 10,0 milhões produtores em 9,10 milhões de imóveis); Brasil = 56 mil (total de 4,80 milhões produtores em 5,00 milhões de imóveis).

Já os valores recebidos por hectare/ano em 2023 (não por produtor nem por imóvel), conforme dados recentes abaixo pelo Banco Mundial (cujas áreas comparáveis – que eles chamam de áreas habitáveis = soma das agricultáveis mais com pastagens diversas mais florestas e savanas, se assemelham com as descritas abaixo pela FAO e USDA-ERS para o Mundo mais, no Brasil, pelo IBGE e MapBiomas) são elevadíssimos na Europa (como sempre se soube, embora sejam muitos chorões) e quase o dobro dos EUA e o triplo do Brasil – vide abaixo. A receita bruta média nos EUA em 2023 (não é a renda liquida final/hectare ou ao produtor, que teria que ser calculada a partir da venda final de todos os alimentos consumidos internamente mais os exportados por eles) foi de Us $ 1.397/hectare (GCFI de Us $ 561,2 bilhões e área habitável de 401,9 milhões hectares). Já no Brasil, a mesma renda bruta média no mesmo ano foi de Us $ 1.021/hectare, portanto 27% menor e em Us$ (VBP ampliado de Us $ 269,5 bilhões e área habitável de 263,9 milhões hectares). Já na Europa, a mesma renda bruta média em 2023 foi de Us $ 2.376/hectare em Us$ (VBP de Us $ 580,0 bilhões e área habitável de 244,1 milhões hectares).

1)              SUMÁRIO EXECUTIVO -

Este artigo/paper longo e com 15 páginas (bem mais para consultas e montagens de estratégias de Inteligência Competitiva Empresarial e Ambiental) procura bem analisar e comparar nos últimos 10 a 30 anos – em termos de EUA “versus” União Europeia “versus” Brasil -, as evoluções das áreas disponíveis e das já cultivadas mais das produções rurais totais mais das suas receitas medias finais recebidas - brutas e liquidas (dentro-das-porteiras) - mais das suas participações  %  ante os valores finais pagos nos varejos (após-as-porteiras) mais dos eventuais subsídios, ajudas e incentivos etc., recebidos pelos produtores rurais. Também, apresenta dados sobre agregações de valor mais sobre a agroindustrialização e ainda sobre os mercados e os varejos locais de alimentos (ou seja, todos integrante do apos-a-porteira), tanto produzidos internamente, como importados para industrializar (e gerar milhões de empregos internos, inclusive com mão-de-obra importada/migrada) e a vender por preços medianos a elevados e com alta qualidade para o mercado interno gigante com quase 500,0 milhões de consumidores exigentes, seletivos e com medias a altas rendas “per capita”.  

Em 2023 - comparando as receitas bruta médias auferidas por cada produtor rural nos 03 países -, nos EUA, toda a Renda Bruta Rural (GCFI “Gross Cash Farm Income”) dos seus 3,4 milhões de produtores/rancheiros, exploradores de seus 1,89 milhão de imóveis rurais, atingiu a elevada soma de Us $ 561,2 bilhões, o que significou renda bruta média elevadíssima de Us $ 165,1 mil/produtor. Já na União Europeia, da mesma forma, o Valor Bruto da Produção total de seus 10,0 milhões de produtores – atuantes em 9.1 milhões de imóveis, bem mais de mini a pequeno porte - foi equivalente a Us $ 580 bilhões (€ $ 537 bilhões), o que significou renda bruta média de Us $ 63,7 mil/produtor.  Já no Brasil, no mesmo ano e da mesma forma, o VPB - Valor Bruto Total de produção (inclusive de florestas mais de extrativismos) equivaleu a apenas Us$ 269,5 bilhões (= R$ 1,35 trilhão) por nossos 4,80 milhões de produtores rurais totais, exploradores de 5,00 milhões de imóveis rurais, e com renda bruta média muito baixa e de apenas Us $ 56,1 mil /produtor.

Então, mesmo com os produtores rurais brasileiros ainda auferindo renda média total -66% menor do que a obtida nos EUA e parte da EU (vide acima) – e somente ficando, real e quase que historicamente, com 10%-22% da Receita Bruta média final somada (VBP = produções x preços) – a taxa bruta média de extração de lucro - e com 5-10% da Receita Liquida (taxa liquida) em cada imóvel (receita bruta do produtor – despesas familiares obrigatórias, não inclusas nos custos totais de produção), o Brasil ainda poderá quase que dobrar a sua área cultivada total atual de 282,5 milhões de hectares (fora cerca de 28 milhões de há de pastagens já em recuperação e, possivelmente, a replantar) para até 491,0 milhões de hectares (com grãos, demais alimentos e bebidas, pecuária ainda não degradada, florestas/extrativismos etc.), tudo para ofertar e bem alimentar até 4,0 bilhões de pessoas no Mundo em 2050 (quando a população mundial deve estabilizar), ante as 1,6 bilhão que ajudamos a alimentar em 2021”. Nos EUA, em 2022, a receita bruta rural total (GCFI) atingiu Us $ 543,0 bilhões; os custos foram de Us $ 441,0 bilhões e os lucros brutos foram de Us $ 163,0 bilhões, representando, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), cerca de apenas 23,1% como taxa média de extração de lucros brutos (receitas brutas/custos). Muito pior fora em 2003, com receitas brutas de apenas Us $ 216,0 bilhões; custos de Us $ 198,0 bilhões e lucros brutos de apenas Us $ 61,0 bilhões, iguais, a grosso modo, a apenas 9,1% de taxa média de extração de lucros anuais e brutos.  Já a Receita Liquida média somente alcançou 11% da liquida média. Vide mais conceitos e dados mundiais e por países em: https://essd.copernicus.org/articles/15/4997/2023/essd-15-4997-2023.pdf

Assim, ambos países (EUA e Brasil) não têm renda liquida real suficiente para recuperarem, sozinhos, seus biomas, solos, subsolos, águas, ar etc... No Brasil, a situação fica ainda bem mais difícil de os rurícolas recuperarem, sozinhos (sem as participações das multis mais das tradings, transportadoras, varejos, “food service”, bolsas, bancos, seguradoras etc.., que ficam com as maiores receitas brutas e liquidas e, assim, com os maiores lucros, mas que pouco ajudam a recuperar no Mundo do que pagam e lucram muito para destruir). No Brasil atual, nem o Governo central e/ou os Estaduais e Municipais têm como disporem – sozinhos – ou mesmo financiarem tais ações recuperadoras fundamentais, pois têm centenas de outras prioridades para ampliar as rendas familiares dos mais humildes e reduzir as pobrezas concentradas, sobretudo nos locais mais distantes ou mais isolados (sanitarismos, habitações adequadas, transportes públicos, solução dos lixos, mais estradas, socialização das favelas, doações de alimentos e medicamentos etc.).

Uma boa notícia para os 03 países em comparação - grandes produtores e industrializadores agropecuários - é que agora já se sabe que até 2050, a produção mundial de alimentos terá que dobrar, ante a atual, para atender, tanto a evolução numérica da população, como também para atender as mudanças de hábitos de consumos, em especial pelos idosos, e idem também com uma prevista melhor distribuição da renda “per capita” média mundial, sobretudo se avançarem as negociações para se constituir o Fundo Mundial da ONU contra a Fome (“Aliança Global contra a Fome Mundial”), uma proposta do Brasil (até tributando 1% das grandes fortunas e das receitas brutas mundiais) e que já contava com o apoio de quase 150 países em julho/2024. Em 2023, infelizmente, enquanto 14% da população mundial (quase 900 milhões de pessoas) ainda passavam fome quase que diariamente, incrivelmente (por falta de apoio e de recursos para sua melhor e rápida distribuição), cerca de 17% da produção mundial de alimentos ainda era desperdiçada/perdida, infelizmente.

Em 2023, o Mundo tinha 4,8 bilhões de hectares de terras com cultivos mais pastagens mais florestas mais savanas, dos quais 50% eram de terras habitáveis ?e que eram usadas para agricultura (mais 38% por florestas mais 13% por savanas/caatingas) e mais de 78% destas terras agrícolas habitáveis do mundo eram usadas para pecuária, apesar de as carnes mais os laticínios representarem uma parcela muito menor das proteínas e das calorias demandadas pelo mundo, ante as dos grãos, cereais, frutas, legumes, bebidas etc.. Segundo dados recentes do Banco Mundial, em 2023, os EUA tinham 401,8 milhões de hectares de terras habitáveis (cultiváveis mais outras, como acima descritas); no Brasil haviam 263,98 milhões de hectares e em toda a Europa tinha 244,12 milhões. Vide em: https://ourworldindata.org/global-land-for-agriculture

Vide dados completos no relatório “Statistical Yearbook - World Food and Agriculture” 2023 da FAO em https://reliefweb.int/attachments/55d14a9e-fa37-4792-bd76-2db9e90ed26d/cc8166en.pdf

 2) SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS NOS EUA - Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –

 Analisemos agora alguns dados sobre a evolução da agropecuária e da renda bruta e liquida rural nos EUA (obs: não se tratam de dados sobre participações das produções rurais nos resultados financeiros brutos ou líquidos da indústria norte-americana de alimentos nem de multinacionais de insumos e de maquinas nem de tradings, transportadoras, bolsas, seguradoras, governos etc.)

 Desde 1982, o número de explorações agrícolas nos EUA continuou a diminuir, mas de forma muito mais lenta.

 Em 2023, havia 1,89 milhões de fazendas nos EUA, uma queda de 7% em relação aos 2,04 milhões encontradas no Censo Agrícola de 2017 (comparativamente, no Brasil, temos cerca de 5,0 milhões de propriedades rurais, conforme o Censo IBGE de 2017, pertencentes a cerca de 4,8 milhões de produtores rurais, conforme PNAD 2018 do mesmo IBGE. Já na Europa são 9.100 imóveis rurais de mini a pequenos portes).

 As explorações agrícolas totais – inclusive com pastagens nativas e todas as áreas florestais/extrativas - em 2023 atingiram 2.171 milhões de hectares e ficaram bem abaixo dos 2.223 milhões de hectares em 2017. O tamanho médio das explorações agrícolas era de 1.146 hectares em 2023, apenas ligeiramente superior aos 1.087 hectares registrados no início da década de 1970.

 Cerca de 88% das explorações agrícolas dos EUA são pequenas explorações familiares, com um rendimento agrícola bruto inferior a Us $ 350.000/ano. Os agregados familiares que gerem estas pequenas explorações agrícolas normalmente dependem de fontes não agrícolas para a maior parte do seu rendimento familiar. Em contraste, o agregado familiar médio que opera explorações agrícolas de grande escala ganhou Us $ 505.833 em 2022, e a maior parte desse valor veio da agricultura.

 Há diferentes maneiras de medir o número de fazendeiros, mas há cerca de 3,4 milhões de pessoas tomando as decisões agrícolas nos EUA, muitas das quais possuem ou operam fazendas familiares.

 Nos EUA, a renda bruta agrícola anual (GCFI) inclui a renda proveniente de recebimentos de commodities, renda relacionada à fazenda e pagamentos do Governo Federal. Assim, a receita agropecuária bruta (o GCFI “Gross Cash Farm Income” = Renda Bruta Rural) é o rendimento anual antes das despesas e inclui as receitas em dinheiro dos rendimentos agrícolas mais os pagamentos ‘diretos” dos programas agrícolas do Governo, a títulos de subsídios mais de incentivos e outros.

 Em 2022, as receitas diretas em dinheiro das colheitas agrícolas, florestais etc. totalizaram Us$ 278,2 bilhões. As receitas do milho e da soja representaram Us$ 148,5 bilhões (53,4%) do total. Já as receitas de caixa com vendas de animais e de produtos de origem animal totalizaram Us $ 258,5 bilhões no ano civil de 2022. As receitas de gado/bezerros representaram Us $ 86,1 bilhões (33,3%) desse total, enquanto as receitas de aves e ovos representaram Us $ 77,0 bilhões (29,8%) e as receitas de laticínios representaram Us $ 57,3 bilhões (22,2%).

 Já as despesas totais de produção agrícola no País em 2022 - cerca de Us $ 450,0 bilhões - prevê-se que diminuam em 2023 até 1,3% em relação a 2022 e aumente até 1,6% em 2024.  Em 2021, elas atingiram Us $ 392,9 bilhões. Em 2022, a média de despesas agrícolas totais por fazenda nos Estados Unidos foi de Us $ 226.986, um aumento de 15,8% em relação aos Us $ 196.087 de 2021. Em média, as operações agrícolas dos Estados Unidos gastaram US$ 41.917 em rações em 2022, sendo Us $ 22.864 na pecuária mais de aves e despesas relacionadas mais Us $ 24.469 em serviços agrícolas mais Us$ 20.858 com mão-de-obra.

 Nos EUA, as explorações agrícolas familiares (onde a maior parte do negócio é propriedade do operador e de indivíduos relacionados com o operador) de vários tipos representaram, em conjunto, 97,0% das explorações agrícolas dos EUA em 2022. As pequenas explorações familiares (com menos de Us$ 350.000/ano em GCFI/imóvel) representaram 88,0% das explorações agrícolas familiares de todas as fazendas dos EUA (alguns com conceitos locais de agricultura familiar, as vezes bem diferentes da agricultura familiar no Brasil). Assim, as explorações agrícolas familiares de grande escala (acima de Us $ 1,0 milhão/imóvel ou mais em GCFI) representavam cerca de 3,0% das explorações agrícolas, mas quase que 52,0% do valor bruto da produção GCFI.

 Em todo os EUA, a estimativa do rendimento agrícola líquido TOTAL ajustado pela inflação (NFI) foi de um recorde de Us $ 196,4 bilhões/ud em 2022 (ante Us$ 141,0 bilhões em 2021 e Us $ 62,0 bilhões em 2016). Em 2023, prevê-se que o rendimento agrícola líquido médio (receita liquida media) tenha diminuído 18,9% cento em relação a 2022 e deverá diminuir ainda mais em 27,1% em 2024. Em 2000, esta mesma renda liquida somente atingia Us $ 51,0 mil/ano e na soma de todas as atividades.

 Em 2022, o rendimento familiar total médio entre todos os agregados familiares agrícolas (Us $ 95.418/ud) excedeu o rendimento familiar total mediano de todos os agregados familiares dos EUA (Us $ 74.580/ud). O rendimento familiar médio e o rendimento da agricultura aumentaram com o tamanho da exploração e a maioria dos agregados familiares obteve algum rendimento do emprego não agrícola.

 Em 2022, a receita bruta atingiu Us $ 543,0 bilhões; os custos foram de Us $ 441,0 bilhões e os lucros brutos foram de Us $ 163,0 bilhões, representando, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), cerca de apenas 23,1% como taxa média de extração de lucros brutos (receitas brutas/custos). Muito pior fora em 2003 com receitas brutas de apenas Us $ 216,0 bilhões; custos de Us $ 198,0 bilhões e lucros brutos de apenas Us $ 61,0 bilhões, iguais, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), a apenas 9,1% de taxa média de extração de lucros anuais e brutos.  

 Em 2023, se as previsões se concretizarem, o GCFI “Gross Cash Farm Income” = Renda Bruta Rural (calculado pelo USDA/ERS) diminuirá 8,5% em 2023 em relação a 2022 e diminuirá ainda mais 6,1% em 2024 em relação a 2023. Ao final, o GCFI bruta de 2023 foi de Us $ 561,2 bilhões (inclusive US$ 10,2 bilhões de subsídios recebidos nas formas de pagamentos governamentais), portanto, reduzindo bastante ante 2022, ante custos de Us $ 460,0 bilhões, ou seja, com, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado) assim, com taxa média de extração de lucro bem baixa e de apenas 22,0%.

A Renda Bruta média estimada de cada produtor rural em 2023 nos EUA foi, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), em média cerca de Us $ 165,1 mil/produtor/ano em 2023 (Renda Bruta Rural, GCFI “Gross Cash Farm Income” de Us $ 561,2 bilhões (inclusive recebendo muitos subsídios e incentivos) - e contemplando um total de cerca 3,4 milhões de produtores rurais (não de imóveis rurais e ranchos que chegam a apenas 1,89 milhões de imóveis.

 Para 2024, em dólares ajustados pela inflação, o GCFI está previsto em Us $ 549,8 bilhões, assim, com pequena queda ante os Us $ 561,2 bilhões em 2023 (estimativas), mas, bem acima dos Us $ 400,3 bilhões de dólares em 2003 e, com o aumento ao longo do tempo, principalmente devido a receitas de caixa mais elevadas.

 Vide bem mais dados em inglês do ERS/USDA sobre a poderosa agricultura dos EUA em https://www.ers.usda.gov/data-products/ag-and-food-statistics-charting-the-essentials/farming-and-farm-income/.

 

3) SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS NA UNIÃO EUROPEIA - Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –

Em 2016, a agricultura continuava a ser uma atividade predominantemente familiar na UE. Os agricultores são tipicamente do sexo masculino e relativamente velhos. 71,3% dos agricultores da UE eram homens em 2016 e apenas 1 em cada 10 (10,7%) tinha menos de 40 anos.

Em 2016, segundo o Eurostat, havia 10,3 milhões de explorações agrícolas da UE em 2016, mas o número de explorações agrícolas tem estado em declínio acentuado durante muitos anos. A maioria das explorações agrícolas da UE são de natureza pequena, a saber:

1) dois terços tinham menos de 5 hectares em 2016. As explorações agrícolas da UE utilizaram 156,7 milhões de hectares de terra para a produção agrícola em 2016, que foi 38,2% da área total da UE.

2)  Um quarto (24,5%) de todas as explorações agrícolas da UE eram fazendas pecuárias especializadas em 2016 e pouco mais

3) metade (52,9%) eram explorações agrícolas especializadas.

Cerca de 244 000 explorações agrícolas na UE tiveram alguma área orgânica em 2016. Esse número foi de cerca

um quinto superior ao de 2013. A agricultura orgânica cobriu 13,0 milhões de hectares de terras agrícolas na UE em 2018.

Em 2018, cerca de 9,2 milhões de pessoas trabalhavam diretamente na agricultura, caça e atividades de serviços conexos na UE

Em 2020, A indústria agrícola apoiou 9 476 600 empregos em 2019 e 3 769 850 empregos na produção de alimentos (em 2018) e representou 1,3% do produto interno bruto (PIB) da UE em 2020.

Naquele ano, as indústrias processadoras rurais agregaram um valor total de EU $ 178,4 bilhões a produção agrícola primária (dentro-da-porteira). Afinal, toda a união Européia já tinha mais de 448,0 milhões de habitante a bem alimentar a cada ano.

Vide dados completos até 2020 em: https://ec.europa.eu/eurostat/documents/3217494/12069644/KS-FK-20-001-PT-N.pdf/a7439b01-671b-80ce-85e4-4d803c44340a?t=1608139005821

Mais dados resumidos, em especial sobre as concessões de quase EU $ 55,0 bilhões em subsídios pela PAC Política Agrícola Comum – podem ser vistos em: https://www.europarl.europa.eu/topics/pt/article/20211118STO17609/estatisticas-agricolas-da-ue-subsidios-emprego-produc7ao

Em 2022, na União europeia (com dados do Eurostat), o setor agropecuário representou uma pequena parcela da economia, pois a agricultura somente contribuía com € $ 215,5 bilhões para o produto interno bruto (PIB) do bloco. Em termos relativos, isso significa 1,4% do PIB total, uma proporção que permaneceu estável nos últimos 20 anos.

Em 2022, eram cerca de 10,0 milhões de produtores rurais e que exploravam 9,1 milhões de imóveis rurais, a maioria de mini e pequenos portes.

Do total de vendas brutas agropecuárias na Europa de € $ 537 bilhões = Us$ 580,0 bilhões, foram € $ 287,9 bilhões provenientes de culturas como cereais, vegetais, frutas, vinho e batatas, e € $ 206 bilhões de leite, suínos, gado, aves e ovos.

Em termos de gerações de empregos totais do agro, inclusive em toda a indústria transformadora, varejo de alimentos,” food service” etc.. os setores somados já empregavam um total de 44,0 milhões de pessoas, sendo 20,0 milhões direta e de forma permanente na agropecuária.

Em 2023, a agricultura europeia ‘em si” (somente dentro-da-porteira) - embora muito barulhenta, exigente e importadora para agregar muito valor interno, lucrando bilhões de euros - (industrializa muito os grãos e alimentos “in natura” importados para torna-los alimentos ou bebidas e lucrar muito mais com isto) - é um setor muito pobre e somente participa com 1,3% do PIB europeu, a mesma percentagem de 15 anos antes.

 Assim, em 2023, o valor da produção produzida pela indústria agrícola da UE (agricultura + agroindústria processadora + varejos), ou seja, o mercado total de alimentos mais de bebidas etc. internos (exceto agregações nos importados) foi de Us $ 580 bilhões (iguais a $ 537,1 bilhões). Este valor inclui o valor das colheitas mais dos animais, dos serviços agrícolas, bem como de alguns bens e de serviços que não são estritamente agrícolas, mas que não podem ser medidos separadamente.

 O rendimento dos fatores das chamadas CEA - Contas Econômicas da Agricultura - pode ser expresso por equivalente de trabalho a tempo inteiro. As CEA são uma conta satélite do Sistema Europeu de Contas (SEC 95) e que fornece informações adicionais e aplica conceitos adequados ao setor agrícola. Como tal, é considerada uma medida parcial de produtividade do trabalho; é uma medida do valor líquido acrescentado pelo equivalente de cada trabalhador a tempo inteiro na indústria agrícola. Este indicador de produtividade é medido em termos reais (ajustado pela inflação) e expresso como um índice (denominado Indicador A). Não deve ser confundido com o rendimento total dos agregados familiares agrícolas ou com o rendimento de uma pessoa que trabalha na agricultura.

 Para compreender o desenvolvimento desta medida de rendimento agrícola, é primeiro necessário compreender o desenvolvimento do trabalho agrícola entre o qual esta remuneração é teoricamente partilhada. Com tanta mão-de-obra a tempo parcial, sazonal e não assalariada na agricultura, a quantidade de trabalho Efectivamente realizado nas atividades agrícolas é melhor descrita quando se utiliza uma unidade chamada Unidade de Trabalho Anual (UTA). Esta unidade expressa o volume de trabalho realizado em equivalentes de trabalho a tempo inteiro.

 Todas estas informações acima e abaixo vêm de dados sobre agricultura publicados em meados de 2024 pelo Eurostat (inclusive pesquisáveis por series). Vide mais em https://ec.europa.eu/eurostat/web/agriculture/database  . Vide dados e diagnósticos completos em:  https://data.europa.eu/data/datasets/covm2gpqwz42ubh1jwrqw?locale=pt .

 A informação apresentada sobre o rendimento agrícola refere-se ao indicador A (o rendimento real dos fatores na agricultura por UTA). Este indicador corresponde ao valor acrescentado líquido real (deflacionado) ao custo dos fatores agrícolas por UTA e é expresso como um índice. O valor acrescentado líquido ao custo dos fatores é calculado subtraindo ao valor da produção agrícola a preços de base o valor do consumo intermédio, o consumo de capital fixo e adicionando o valor dos (outros) subsídios menos os impostos sobre a produção.

Analisemos o Contexto Rural histórico na U.E.  - 

O desempenho do sector agrícola tem sido tradicionalmente baseado no sucesso da agricultura no fornecimento de produtos e serviços agrícolas primários. No entanto, assume cada vez mais uma vertente verde, reconhecendo o impacto da agricultura na qualidade da água, do ar e do solo, na diversidade do uso dos solos, nas ecologias, na vida selvagem e nas alterações climáticas.

O Pacto Ecológico Europeu (não a PAC - Política Agrícola Comum) estabelece como tornar a Europa o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. A Estratégia “do Prado ao Prato”, para um sistema alimentar justo, saudável e respeitador do ambiente, foi adotada pela Comissão Europeia em 20 de maio de 2020 e está no cerne do Pacto Ecológico. Entre outras coisas, aborda de forma abrangente os desafios dos sistemas alimentares sustentáveis, reconhecendo que «a produção alimentar ainda resulta em […] poluição, contribui para a perda de biodiversidade e para as alterações climáticas e consome quantidades excessivas de recursos naturais».

Esta é uma razão para o objetivo de aumentar a área cultivada biológica para 25% da superfície agrícola utilizada até 2030, um objetivo que anda de mãos dadas com medidas para alterar o desempenho dos recursos. Metas individuais para reduzir a dependência de pesticidas químicos e antimicrobianos, reduzir o excesso de fertilização e reduzir o desperdício abrirão caminho para uma cadeia alimentar mais sustentável.

Então, para os europeus - Governos e povos, inclusive no exterior os constantes apoios e proteções para ser ter uma boa avaliação do desempenho do setor agrícola é importante por uma série de razões, como:

1) A agricultura é uma pedra angular da comunidade rural europeia, da qual dependem vários sectores «a montante» (tais como máquinas, cuidados de saúde animal e empresas de fatores de produção) e sectores «a jusante» (tais como empresas de transformação de produtos alimentares, embalagens e transportes);

2) A agricultura consiste em fornecer um abastecimento estável de alimentos seguros e de qualidade;

3) A agricultura tem um papel fundamental a desempenhar na preservação das paisagens e da biodiversidade;

4) A agricultura tem um papel fundamental a desempenhar na ação em matéria de alterações climáticas; e

5) Para apoiar isto, é necessário garantir um rendimento justo aos agricultores.

Os impactos económicos sobre os agricultores influenciam, portanto, não só as decisões futuras das empresas agrícolas, mas também as decisões e os comportamentos empresariais ecológicos e ambientais mais amplos.

O desempenho do sector agrícola como um todo pode ser avaliado colocando a informação sobre o volume e as variações de preços dos bens e serviços agrícolas sob a égide de uma estrutura contabilística.

Para o efeito, as contas económicas da agricultura (CEA) fornecem um conjunto de dados comparáveis ??que permitem uma visão sobre:

1) A viabilidade económica da agricultura;

2) A renda gerada pelos agricultores;

3) A estrutura e composição da produção agrícola e os fatores de produção utilizados nessa produção;

4) As relações entre preços e quantidades de produtos e insumos.

“Assim, a produção agrícola na UE (com dados da Agência Eurostat) é realizada por milhões de explorações agrícolas, predominantemente pequenas, e representa um grande negócio, mesmo sem considerar a sua importância como alicerce fundamental para a indústria de transformação de alimentos e bebidas a jusante”.  Vide muitos mais dados em inglês em https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/aact_eaa01/default/table?lang=en

Evolução dos volumes produzidos -

A agricultura europeia em geral é altamente produtiva por conta do desenvolvimento técnico e da intensa mecanização de seus processos. A maior parte da produção agrícola é consumida no próprio continente.

Em 2019, A área total cultivada para cereais foi ligeiramente acima de 2018 (+2,5%).

A produção da UE atingiu 299,3 milhões de toneladas de cereais e grãos. Foram 25,3 milhões de toneladas mais do que o nível dr 2018, afetado pela seca. A produção de trigo mole e trigo espelta (grão rustico e do tipo vermelho, bem comum na França) foi de 131,8 milhões de toneladas; de cevada foram 55,6 milhões toneladas e de milho em grão foi de 70,1 milhões de toneladas.

De carnes, a UE produziu 43,5 milhões de toneladas em 2019 em equivalente carcaça, metade das quais (22,8 milhões de toneladas) provindas de suínos. Ante 2018, a produção de carne suína reduziu -0,7%, assim como o das carnes bovinas (-1,4%), mas, a de aves foi ligeiramente superior (+0,8%) e idem um pouco mais de carne de ovino e de caprino (+0,2%).

 Também foram 158,8 milhões de toneladas de leite cru em 2019, um pouco mais do que em 2018 (+0,9%).

De 2008 a 2021, embora os volumes produzidos internamente mantiveram-se praticamente iguais (somente ampliaram cerca de +6% até 2021 e +4% até 2013), os preços recebidos ampliaram muito – de +40% a +50% -, principalmente devido a guerra nas vizinhas Rússia com a Ucrânia.

A produção da atividade agrícola inclui a produção vendida (incluindo o comércio de bens e serviços agrícolas entre unidades agrícolas), a variação das existências, a produção para utilização final própria (consumo final próprio e formação bruta de capital fixo por conta própria), a produção produzida para transformação posterior por produtores agrícolas, bem como o consumo intraunidade (nas famílias) de produtos de alimentação animal. A produção da indústria agrícola é constituída pela soma da produção de produtos agrícolas e dos bens e serviços produzidos em atividades secundárias não agrícolas indissociáveis; a produção animal e agrícola são as principais categorias de produtos da produção agrícola.

 Todos os agricultores europeus (mini a pequenos produtores e que lá também são chamados ou operam como trabalhadores rurais) trabalham em 157 milhões de hectares de terras agrícolas, que por sua vez são divididas em 9,1 milhões de propriedades. Mas essa distribuição é totalmente desigual: cerca de 52,0% das terras agrícolas são controladas por 4,0% de todas as fazendas, aquelas maiores que 100 hectares. Em contraste, fazendas de pequeno porte, aquelas abaixo de 5 hectares, usam apenas 6,0% de todas as terras disponíveis, apesar de representarem 40,0% de todas as propriedades.

 Esta grande concentração de terras reflete a industrialização da agricultura, onde algumas corporações têm condições de implementar tecnologias, máquinas e métodos avançados para produzir safras em grande escala e vendê-las em nível global.

Em 2023, um pouco mais de metade (51,3 %) do valor da produção total da indústria agrícola da UE proveio de culturas (estimadas em €$ 275,8 bilhões), dentro das quais os produtos hortícolas, as plantas hortícolas e os cereais eram as culturas mais valiosas.

Quase 2/5 (39,8%) da produção total provieram de animais e produtos de origem animal (estimados em €$ 213,8 bilhões), a maioria proveniente apenas de leite e suínos. Os serviços agrícolas (estimados em €$ 24,8 bilhões) e as atividades não agrícolas indissociáveis ??(estimados em €$ 22,8 bilhões) contribuíram com o restante (8,9%).

 As contribuições dos países da UE variaram significativamente, refletindo diferenças nos volumes produzidos, nos preços recebidos, bem como na combinação de culturas cultivadas, animais criados, produtos de origem animal recolhidos e serviços oferecidos. Uma clara maioria (57,7 %) do valor total estimado da produção da indústria agrícola da UE provém dos «quatro grandes»: França (€$ 96,0 bilhões), Alemanha (€$ 76,6 bilhões), Itália (€$ 71,9 bilhões) e Espanha (€$ 71,9 bilhões). O grupo seguinte de países da UE foi a Polónia (€$ 39,5 bilhões), os Países Baixos (€$ 36,7 bilhões) e a Roménia (€$ 25,6 bilhões). Três quartos (76,6%) do valor total da produção agrícola da UE em 2023 vieram destes sete países da UE.

 Contudo, os europeus desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7,0% das florestas originais do Planeta. Hoje, ela possui apenas 0,1%. Comparativamente, em 2016, a dimensão geográfica dos 563.736.030 hectares ou dos 5.637.360 km2 destinados no Brasil à proteção mais à preservação e à conservação da vegetação nativa representava uma área maior do que a superfície total dos 28 países da União Europeia e ainda caberia um adicional de 3,6 Noruega neste total.

 Durante o período entre 2008 e 2023, a produção agrícola na Alemanha aumentou 8,0%, ao mesmo tempo que o volume do consumo intermédio de bens e serviços diminuiu 6,4%. Esta divergência também foi clara na Tchecoslováquia, na Dinamarca e, em menor grau, na Hungria. Na Eslovénia, um declínio acentuado no consumo intermédio (-16,7%) teve pouco impacto no volume global da produção agrícola (-0,3%). Na Finlândia e na Eslováquia, os cortes consideráveis ??(-26,3% e -15,2%) no consumo de bens e serviços ocorreram paralelamente a taxas de declínio muito menores (-6,1% e -5,9%, respectivamente) no volume da produção agrícola.

Deve-se ter em mente que estas mudanças podem, em parte, refletir mudanças na estrutura das indústrias agrícolas nestes países, bem como uma maior eficiência dos recursos.

 Em 2023, continuou a tendência decrescente do volume de trabalho agrícola na U.E. -   

 A mão-de-obra agrícola na UE equivalia a 7,6 milhões de trabalhadores a tempo inteiro em 2023.

 A maior parte da mão-de-obra agrícola total é mão-de-obra não assalariada; era o equivalente a 5,3 milhões de trabalhadores a tempo inteiro em 2023. O trabalho assalariado era equivalente a 2,3 milhões de trabalhadores a tempo inteiro em 2023.

 Existe uma tendência decrescente há muito estabelecida no número de pessoas que trabalham no setor agrícola da UE; durante o período entre 2008 e 2023, a taxa média de declínio no volume de mão-de-obra agrícola utilizada em toda a UE foi de 2,6% por ano. A tendência decrescente manteve-se em 2023, embora estimada a um ritmo mais lento (-1,3%).

 Em 2023, foi utilizada menos mão-de-obra agrícola total na maioria dos países da UE do que no ano anterior, continuando as contrações particularmente acentuadas na Bulgária (uma estimativa de -7,3%) e na Hungria (uma estimativa de -5,2%) e novos declínios na Letónia (uma estimativa de -7,3%) e na Hungria (uma estimativa de -5,2%). estimado -6,1%). No entanto, houve alguns países onde se estimou que o volume de mão-de-obra utilizada em 2023 tenha sido mais elevado, sendo as recuperações na Dinamarca (+5,0%), na Eslováquia (+2,3%) e nos Países Baixos (+1,9%) as mais fortes.

 Em alguns Estados Membros da UE, especialmente na Hungria, na Dinamarca e em Portugal, foi utilizada mais mão-de-obra agrícola assalariada em 2023 do que em 2022, refletindo em parte um aumento nas necessidades de contratação nos picos sazonais.

Isto contrastou muitas vezes com o declínio global na quantidade total de mão-de-obra agrícola utilizada.

 Além disso, em longo prazo, a quantidade de mão-de-obra agrícola utilizada tem registrado um declínio acentuado e constante -

O volume total de mão-de-obra agrícola diminuiu acentuadamente em quase todos os países da UE durante o período de 15 anos entre 2008 e 2023; as descidas mais acentuadas registaram-se na Bulgária (em média -7,6% por ano), na Eslováquia (-5,4% por ano), na Roménia (-4,8% por ano) e na Estónia (-4,2% por ano).

Esta contração na força de trabalho agrícola refletiu fatores de pressão e de atracção; registaram-se grandes avanços na mecanização e na eficiência, por um lado, e, por outro, uma escolha mais ampla de oportunidades de emprego atraentes noutros sectores da economia. As principais excepções a esta tendência geral foram Malta (+1,6% por ano, em média), a Irlanda (+0,4% por ano, em média) e os Países Baixos (+0,1% por ano, em média).

A contração do volume total de trabalho proveniente do trabalho não assalariado entre 2008 e 2023 foi mais pronunciada do que a do trabalho assalariado a nível da UE no seu conjunto (-3,4% por ano, em média, em comparação com -0,1% por ano). Durante este período, registrou-se uma expansão na utilização de trabalho assalariado no Luxemburgo (+2,7% por ano em média), Irlanda (+2,5% por ano em média), Áustria (+2,4% por ano em média), Croácia (+2,1% ao ano, em média), e Dinamarca e Bélgica (ambas +1,8% ao ano, em média), entre outros. Em contrapartida, registaram-se contrações acentuadas na utilização de trabalho assalariado na Eslováquia (-3,8% por ano, em média), na Grécia (-3,0% por ano, em média), na Eslovénia (-2,3% por ano, em média) e na Tchecoslováquia e Malta (ambos -2,0% ao ano, em média).

Além da redução de cargos, também a produtividade média da mão-de-obra tem diminuído na UE -

Adicionalmente, também em 2023, em termos de demanda por mão-de-obra e de acordo com os primeiros dados preliminares para 2023 das Contas Econômicas da Agricultura (CEA), estima-se que o índice de produtividade do trabalho agrícola na UE tenha diminuído 6,6% em relação ao ano anterior, após crescimento entre 2019 e 2022. Essa queda foi sustentada por uma redução de 7,9% no valor real da renda gerada por unidades envolvidas em atividades de produção agrícola (renda dos fatores) e uma redução adicional (-1,4%) no volume de trabalho agrícola (medido por unidades de trabalho anuais, representando equivalentes de trabalho em tempo integral). 

A maioria dos países da UE (19) registrou uma menor produtividade do trabalho agrícola em 2023 (medida pelo índice do rendimento real dos fatores na agricultura por unidade de trabalho anual). As taxas de declínio mais acentuadas foram para a Estónia (-57,9%), Suécia (-31,7%), Irlanda (-30,3%), Lituânia (-30,2%) e Bulgária (-28,6%). 

No entanto, houve níveis mais altos em 7 países da UE; a taxa de aumento mais acentuada foi na Bélgica (+31,0%), seguida pela Espanha (+11,1%), Portugal (+9,9%), Hungria (+5,5%), Itália (+4,2%), Malta (+3,3%) e Eslovênia (+0,3%). Esses aumentos foram devidos aos preços mais baixos de fertilizantes e insumos e aos preços mais altos de produtos nos quais esses países são especializados, como azeite de oliva, batatas ou suínos.

Também, o rendimento FINANCEIRO da mão-de-obra agrícola (salários ou diárias + benefícios), definido pelo rendimento dos fatores reais por UTA, diminuiu na UE em 2023 (-5,4%) -

O rendimento agrícola, definido pelo rendimento de fatores deflacionados (reais) por UTA (Unidade de Trabalho Anual) e expresso como um índice (denominado indicador A), para o conjunto da UE em 2023 foi 5,4% inferior ao de 2022. Isto refletiu um nível inferior de -6,7% de rendimento dos fatores em comparação com 2022, que foi teoricamente alcançado por um menor volume total de mão-de-obra agrícola (-1,3%).

A maioria dos países da UE estimou quedas ou quase nenhuma alteração neste índice de rendimento agrícola por UTA em 2023, sustentando a queda global ao nível da UE como um todo. As descidas mais acentuadas registaram-se na Estónia (estimados em -64,4%), na Irlanda (-32,9%), na Lituânia (-31,1%) e na Suécia (-30,6%). Houve apenas alguns países da UE onde os rendimentos agrícolas aumentaram em 2023, sendo as taxas mais elevadas registadas na Bélgica (+16,0%) e depois em Espanha (+12,4%).

Assim, a tendência ascendente anterior do índice de rendimento FINANCEIRO agrícola da UE foi interrompida em 2023 -

O rendimento agrícola por UTA (Unidade de Trabalho Anual) da UE como um todo diminuiu em 2023, interrompendo a tendência ascendente desde um nível relativamente baixo em 2009. Durante a maior parte deste período, esta evolução refletiu um nível relativamente estável de rendimento dos fatores, acompanhado por uma contração contínua do trabalho agrícola. entrada. Em 2023, contudo, registou-se um declínio relativamente acentuado no rendimento dos fatores.

Apesar do declínio em 2023 em comparação com 2022, o rendimento agrícola por UTA para a UE como um todo permaneceu 69,1% superior ao de quinze anos antes, em 2008. Durante o mesmo período, o rendimento dos fatores foi 13,9% superior, mas o volume de trabalho agrícola diminuiu 32,6%. %.

Vejamos agora, os desempenhos das origens e dos usos de recursos do setor agrícola -

Há um interesse crescente na eficiência com que os recursos são utilizados. Para se tornar mais sustentável, uma economia teria de dissociar o crescimento económico da utilização de recursos e do seu impacto ambiental.

Para melhor monitorizar esta sustentabilidade, os preços devem refletir os custos reais da utilização dos recursos. Contudo, os resultados sociais e ambientais das atividades agrícolas raramente são avaliados. Na verdade, as chamadas “contas verdes” da agricultura estão longe de estar concluídas, nem os indicadores de eficiência verde que delas poderiam resultar. Muito trabalho está a ser feito nesta área: a DG AGRI desenvolveu uma “bússola da Agro Sustentabilidade” e está a ser feito trabalho para desenvolver indicadores de produtividade total dos fatores para a agricultura que analisam uma medida da produção agrícola em comparação com uma medida combinada do fator de produção proveniente de consumo intermédio, terra, trabalho e capital, bem como medidas de produtividade sustentável.

No entanto, algumas indicações gerais sobre o desempenho da agricultura em termos de recursos podem ser obtidas a partir das CEA, observando as tendências nos “volumes” dos produtos gerados e dos bens e serviços utilizados ou “consumidos” como fatores de produção no processo de produção. Esses volumes provêm de uma decomposição dos valores em componentes de preço e volume.

Estes volumes implícitos não são quantidades; eles não são medidos em quilogramas ou toneladas. São denominados “volumes” porque captam não só alterações relacionadas com a quantidade, mas também com a qualidade e também com a composição, o que é importante ter em conta. Como índices, fornecem uma visão geral das tendências nos volumes de insumos e produtos, que podem ser utilizados para algumas medidas de produtividade e desempenho.

Evolução do Valor Bruto da Produção Rural –

Em 2023, o valor estimado da produção agrícola em 2023 manteve-se inalterado em termos nominais em relação ao nível de 2022. Isto manteve o valor da produção no seu pico e pôs fim à tendência ascendente que tinha começado em 2010. Esta alteração no valor nominal refletiu em grande parte o saldo de um pequeno aumento no preço nominal dos bens e serviços agrícolas no seu conjunto (estimado em +0,4%) e uma pequena queda no volume da produção (estimado em -0,4%).

A estabilidade no valor da produção da indústria agrícola da UE em 2023 refletiu fortes contrastes entre os países da UE. As taxas de aumento de valor mais acentuadas registaram-se em Portugal (estimados em +16,7%) e na Roménia (estimados em +15,1%), com as quedas mais acentuadas (todas cerca de -20%) na Letónia, Lituânia e Estónia.

Produzir toda essa produção em 2023 incorreu em custos elevados. Os agricultores tiveram de fazer compras de bens e serviços para serem utilizados como insumos no processo de produção; compraram itens como sementes, fertilizantes, ração animal e combustível para seus tratores, bem como serviços veterinários, entre outras coisas. Os custos globais diminuíram em 2023 (impulsionados pela redução dos custos de fertilizantes, alimentos para animais, energia e lubrificantes), depois de terem aumentado acentuadamente em 2022 pelo impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia e pela consequente instabilidade nos mercados. Estes custos de fatores de produção são denominados “consumo intermédio” num contexto contabilístico. O consumo intermédio da indústria agrícola ascendeu a um total estimado de €$ 311,5 bilhões para o conjunto da UE em 2023, cerca de €$ 4,8 bilhões menos do que em 2022.

Alguns custos estão associados à criação de animais; necessitavam de alimentos para animais, que representavam quase dois quintos (39,1%) do consumo intermédio total e de serviços veterinários (mais 2,1%). Da mesma forma, alguns custos estão associados à agricultura; os agricultores necessitavam de sementes e plantas (5,2% dos custos totais) e muitos utilizavam produtos fitofarmacêuticos, herbicidas, inseticidas e pesticidas (4,7%), bem como fertilizantes e corretivos de solo (7,5%). Outros custos são comuns a todos os tipos de exploração, independentemente de serem especializadas ou mistas.

Após o rápido aumento do preço global dos bens e serviços consumidos na agricultura em 2022 (+32,5%), registou-se uma descida moderada em 2023 (estimativa de -4,3%). Esta recessão baseou-se na descida dos preços dos fertilizantes e corretivos de solos (estimados -24,9%), dos alimentos para animais (estimados -6,7%) e da energia e lubrificantes (estimados -6,4%). No entanto, continuaram a subir os preços das despesas veterinárias (+16,7 %), da manutenção de edifícios (+9,8 %), dos produtos fitofarmacêuticos (+8,1 %), da manutenção de materiais (+7,7 %) e das sementes e material de plantação (+7,6%) entre outros itens.

Em 2022, depois de vender seus diversos produtos nos mercados, o setor agropecuário europeu arrecadou de mais de € $ 537 bilhões (cerca de Us $ 580 bilhões, pelo conversor cambial médio de 2023 de +8,0%) uma renda bruta considerada como elevadíssima, em tão pequenos países e com poucos habitantes totais, quando comparada com a receita bruta total de Us $ 561,2 bilhões nos EUA em 2023 (GCFI) e a de Us$ 269,5 bilhões do Brasil (VBP) no mesmo ano, sendo que no Brasil o valor da produção total de alimentos “in natura” e processados somente chegou a Us $ 232,2 bilhões em 2021).

Em 2022, a Renda Bruta Agropecuária Total foi igual equivalente a Us $ 580,0 bilhões dividido por 9,1 milhões de pequenas a medias propriedades rurais, significando renda média por imóvel equivalente a Us $ 63,7 mil = Us $ 0,63 milhões.

A Renda apenas do Setor agrícola europeu foi cerca de Us $ 237,0 bilhões (= €$ 219,5 bilhões). Para colocar isto em algum contexto, a contribuição da agricultura para a economia da UE foi quase idêntica ao PIB da Grécia em 2023, a 16.ª maior economia da UE. países.

A França foi o maior vendedor naquele ano, arrecadando €$ 97,1 bilhões, seguida pela Alemanha (€$ 76,2 bilhões), Itália (€ 71,5 bilhões), Espanha (€$ 63 bilhões) e Polônia (€$ 39,5 bilhões). Os custos de produção foram altos, em €$ 316,7 bilhões, com um aumento de quase 22% em comparação a 2021. O aumento foi impulsionado principalmente pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que fez os preços de energia e fertilizantes dispararem para níveis recordes.

 

4) SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS NO BRASIL - Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –

Introdução e Histórico –

A grande verdade rural brasileira nos últimos 30 anos é que “mesmo com nossos produtores rurais ainda auferindo renda média total -66% menor do que a obtida nos EUA e parte da UE – e somente ficando, quase que historicamente, com 10%-22% da Receita Bruta média final e com 5-10% da Receita Liquida; ante apenas 11% da liquida média há muitos anos também nos EUA (assim com ambos países não tendo renda liquida real para recuperarem, sozinhos, seus biomas, solos, subsolos, aguas, ar etc.),

Vide mais dados acerca nos tópicos sobre cada País aqui em comparação.

Ainda em 2017, o Brasil já era e será cada vez mais reconhecido como uma potência agrícola e ambiental. Toda a produção de grãos, frutas, fibras e agroenergia ocupava apenas 9,0% do País, sendo 1,2% com florestas plantadas e 7,8% com lavouras. Vide mais dados em: Vide mais dados em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/174066/1/4942.pdf .

Se hoje, o Brasil já consegue ajudar a alimentar 1,6 bilhões de pessoas no Mundo, até 2050 (ano previsto para estabilização da população mundial) ainda podemos até dobrar tais populações atendidas no Mundo. 

Na safra 2016/17 (ano 2017), para a CONAB, a área plantada somente com grãos (grãos de verão mais grãos de inverno=safrinha mais algodão total) atingiu 60,9 milhões de hectares, já muito ampliando para 79,6 milhões (com muitas sobreposições) na recente safra 2023/24, ainda em colheita final.

Em 2018, a área total com pastagens - de todos os tipos e estágios de degradação - no Brasil foi estimada também pela EMBRAPA em cerca de 160 milhões de hectares e que ocupavam quase metade dos estabelecimentos rurais do País e alimentavam mais de 200 milhões de animais, entre bois, ovelhas, cabras, cavalos e búfalos.

O Brasil tem o maior rebanho de carne do mundo. Só de bovinos, são 213,7 milhões de cabeças.

O País era também o terceiro maior produtor de leite, responsável por 34,8 bilhões de litros em 2019. Quase 90% da carne brasileira era proveniente da criação a pasto. As pastagens permitem baixos custos de produções dos bovinos e demais animais e são o grande diferencial da competitividade brasileira. Vide mais em: https://www.embrapa.br/portfolio/pastagens#:~:text=S%C3%A3o%20cerca%20de%20160%20milh%C3%B5es,%2C%20cabras%2C%20cavalos%20e%20b%C3%BAfalos .

Já o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estima que a produção de grãos no País atingirá cerca de 390 milhões de toneladas na safra 2032/33, um acréscimo aproximado de 24% em relação à atual safra (2022/23). Essas mesmas projeções indicam que a produção de carnes bovina, suína e de frango crescerá 22%, passando do atual patamar de 29 milhões para 36 milhões de toneladas nesse período.

No Brasil, com uma população de 215,3 milhões de pessoas em 2022, o Brasil já produziu alimentos suficientes para 1,6 bilhão de pessoas no Mundo em 2021 – dados da FAO no SOFI 2022 (embora aqui por uma série de erros internos, 60,0 milhões de pessoas – mais que 30% do povo total - ainda estejam em insegurança alimentar e 33,0 milhões (16,0% do total) ainda passem fome todos os dias. Segundo a FAO, um país passa a integrar o Mapa da Fome quando apresenta uma PoU - Prevalência de Subalimentação maior do que 2,5%).

Evolução da área total MAIS das áreas com florestas, caatingas, campos mais demais nativas, todas com baixas vocações agrárias, MAIS das áreas agricultáveis MAIS das áreas aráveis –

A área de cobertura de vegetação nativa no Brasil era de 75% do território nacional em 1985. Somente o bioma dos cerrados mais das savanas brasileiras, somados, respondem por 200,0 milhões de terras agricultáveis, iguais a 24% do território do Brasil. Em alguns lugares mais áridos, as savanas (típicas da África) são mais chamadas de “caatinga”, pois possuem bem mais vegetações compostas por gramíneas mais resistentes as secas mais por plantas arbustivas mais por algumas árvores esparsas).

No Brasil, ainda em 1997, a ABAG, estimou que existiam 582 milhões de hectares aptos para a agricultura - boa parte ainda não explorada - e com elevado potencial para a produção de grãos e de outros produtos agrícolas, alimentos e produtos florestais.

Em 2018, comprovando isto no Brasil - com usos de imagens de satélite e de fontes do CAR (Cadastro Ambiental Rural) - a Embrapa Territorial identificou  os seguintes níveis de usos e de ocupações de terras: 1) A área total do Brasil alcançava 850,3 milhões de hectares (inclusive com florestas nativas e pastagens naturais, rios, lagos, cidades, estradas, asfaltos etc..); 2) As áreas já cadastradas no CAR, como ocupadas por vegetações nativas ou destinadas a pecuária, agricultura, silvicultura e extrativismos (todas com baixos níveis tecnológicos e idem resultados, ainda chegavam a 218,2 milhões de hectares (iguais a elevados 25,6% do País), portanto, todas ainda aráveis e agricultáveis desde que com as melhores tecnologias.

Quando às áreas protegidas e preservadas agregam-se as de vegetação nativa das terras devolutas e militares, e dos imóveis rurais ainda não cadastrados ou disponíveis no CAR chegava-se a um total de 564 milhões de hectares. Em outras palavras, 66,3% do território nacional está destinado e/ou ocupado com as várias formas de vegetação nativa, cuja natureza e estado variam bastante entre os diversos biomas.

 Em 2022, para a FAO, o Brasil ainda tinha 410,0 milhões de hectares de terra areáveis potenciais

Ainda em 2022, a área total de cobertura de vegetação nativa no Brasil ainda representava 64% do país. Todos os principais biomas brasileiros registraram perda de espaço. Proporcionalmente, o Cerrado teve o maior retrocesso com a perda de 25% de sua extensão. Em seguida estão os Pampas (24%), Amazônia (13%), Caatinga (11%), Pantanal (10%) e Mata Atlântica (7%).

De acordo com o relatório do MapBiomas, o período em que houve a maior perda de vegetação nativa foi de 2003 a 2007, quando foi registrada a perda de 18,4 milhões de hectares. Nos últimos 5 anos, a recessão foi de 12,8 milhões de hectares.

No período de 5 anos antes da aprovação do Código Florestal, de 2008 a 2012, houve a menor perda de vegetação nativa –com 5,8 milhões de hectares. Vide excelentes e confiáveis dados do Brasil e Mundo em https://brasil.mapbiomas.org/wp-content/uploads/sites/4/2023/09/Fact_ing_versao-final.pdf   

Em 2023, no Brasil, a área total chegava a 846 milhões de hectares (= 0,8 bilhão de hectares); a área agricultável é de 547 milhões de hectares e a já área plantada total – com todos os cultivos e atividade rurais – pode ser estimada em 64 milhões de hectares líquidos e sem sucessões (igual a apenas 7,6% da nossa área total) segundo os satélites da NASA ainda em 2017 mais pela EMBRAPA (portanto, há 7 anos, sendo que somente neste período nossa área de grãos já ampliou uns 30%).

Vide mais dados em: https://www.embrapa.br/car/sintese .

Recente, pesquisamos e confirmamos uma ÁREA MÁXIMA gigante somada de 429,0 milhões de hectares - ainda disponíveis para novos cultivos totais futuros no Brasil, inclusive com pastagens e florestas, desde que realmente sustentáveis. Provando isto, no Brasil.

Obviamente, mesmo lucrando bem menos e, com certeza, ainda devastando bem mais (pois, com renda liquida final real das atividades no Brasil entre apenas 5% e 10% e há anos, os agricultores e nossos Governos sozinhos pouco, ou nada, conseguem realmente recuperar de solos, aguas, ar, biomas e lixos etc.) ainda temos o elevado diferencial de não termos geleiras nem nevascas nem muitos incêndios e de somente ainda explorarmos cerca de 282,5 milhões de hectares na produção total de alimentos segundo a ONG do bem MAPbiomas  (’in natura” mais de  alimentos processados mais de bebidas mais de produtos  florestais e extrativos etc..), dos 410 milhões de hectares (FAO) a 582,0 milhões de hectares totais (ABAG), ou seja, em média, com 491,0 milhões de ha ainda apropriados e disponíveis para cultivos no Brasil.

Ou seja, ainda sobram, então, cerca de 208,5 milhões de hectares a bem explorar no Brasil (491,0 milhões hectares menos 282,5 milhões de hectares) mais cerca de 28,0 milhões de hectares de pastagens degradadas já em recuperação ou a recuperar e, assim, totalizando cerca de 236,5 milhões de hectares (48,2% do total disponível no Brasil de 491,0 milhões de hectares) ainda a bem explorar.

Além disso, para a Embrapa, o Brasil já possui 28,0 milhões de hectares de pastagens (sendo 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de degradação e 17,5 milhões de hectares com condição intermediária que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura). Para a EMBRAPA, a conversão dessas pastagens possibilitaria elevar a área plantada de grãos em até 35% em relação à área total da safra 2022/23 no Brasil. Ao todo dos 177 milhões de há de pastagens do Brasil (dados da UFG/lapig com base em levantamentos por satélites), cerca de 41% já tem degradação intermediária e mais 21% já estão em grau de severa degradação, ou seja, apenas 20% ainda não tem degradação.

Evolução das Áreas Plantadas, colhidas, das Produtividades Médias e das Produções Agropecuárias e Florestais/Extrativistas (rurais) totais mais de Alimentos e Bebidas “in natura” e processados -

Em 2022, toda a área de produção rural de alimentos e outros (agrícolas + todas as pastagens + florestais cultivadas + extrativismos) no Brasil chegava a 282,5 milhões de hectares, segundo a respeitada ONG do bem Mapbiomas (em 1985 eram 187,3 milhões de hectares). A maior parte da expansão não foi agrícola nem florestal, mas de pastagens (o que indica elevado níveis de desmatamentos para bem mais abertura de áreas agrícolas futuras) que ampliaram de 103,0 milhões de hectares em 1985 para 164,3 milhões em 2022.

Somente na região amazônica as pastagens ampliaram de 13,7 milhões de há em 1985 para milhões 57,7 milhões de há em 2022. respondem por 200,0 milhões de terras agricultáveis, iguais a 24% do território do Brasil.

No caso da expansão agrícola dois tipos principais de culturas dominam esta expansão, representando 96%: cereais (sobretudo soja + milho) e cana-de-açúcar. Em 1985, estas duas categorias de culturas cobriam 18,3 milhões de hectares, mas em 2022, a sua área combinada já representava 7% de todo o território nacional, já atingindo 58,7 milhões de hectares”. Significativamente, a maioria (72,7%) das áreas agrícolas convertidas sofreu uma intervenção humana substancial, caracterizada pela intensificação agrícola, particularmente em regiões anteriormente designadas para pastagens. 

Já no Brasil, a área total chega a 846 milhões de hectares (= 0,8 bilhão de hectares); a área agricultável é de 547 milhões de hectares e a já área plantada total – com todos os cultivos e atividade rurais em 2023 – pode ser estimada em 64 milhões de hectares líquidos e sem sucessões (igual a apenas 7,6% da nossa área total) segundo os satélites da NASA ainda em 2017 mais pela EMBRAPA (portanto, há 7 anos, sendo que somente neste período nossa área de grãos já ampliou uns 30%). Na safra 2016/17 (ano 2017), para a CONAB, a área plantada somente com grãos (grãos de verão mais grãos de inverno=safrinha mais algodão total) atingiu 60,9 milhões de hectares, ampliando para 79,6 milhões (com muitas sobreposições) na recente safra 2023/24, ainda em colheita final

Na Safra 2023/24, o IBGE relata que a área principal cultivada no Brasil  (grãos de verão mais de inverno (inclusive em sucessão ou sobrepostos) mais bananas, batatas de 3 safras, cacau, café 02 tipos, cana total, castanha de caju, fumo, laranja total, mamona, mandioca, tomate total e uvas já atingiu 93,2 milhões de hectares em maio/2024, e isto sem incluir as florestas, pastagens, hortícolas menores, outras frutas diversas menores e outras áreas de alguns cultivos com ainda menores expressões.

Assim, tratam-se dos dados levantados ou estimados, localmente (por micro regiões), das áreas mais abrangentes e confiáveis do Brasil, até porque são estatísticos do País e conforme as exigências mundiais do tipo pela FAO e BIRD (não apenas pra usos mercadológicos imediatos e/ou em Bolsas), mas ainda não se pode descrever como sendo a área total do País, pois há muita sucessão/sobreposição nos cultivos de inverno ou de safrinhas, ou seja, sobre a mesma área, além do que ainda faltam incluir as áreas acima de pastagens de qualquer tipos e estágios de degradações mais de florestas/caatingas/desertos idem, inclusive as cultivadas com eucaliptos/pinus para celuloses mais de seringueiras para borrachas etc..).

A área plantada e já em produção, com todos os cafés no Brasil ampliou um pouco de 1,86 milhão de hectare em 2027 para 1,90 milhões em 2024.

Já a área total colhida com cana, todos os tipos, no Brasil reduziu um pouco de 8,73 milhão de hectares na safra 2017/18 para 8,67 milhão de hectares na atual safra 2024/25, lembrando que, para equivaler a safra mundial, a safra de café no Brasil sempre considera o ano posterior.

No Brasil, a produção total de alimentos em 2021 (alimentos “in natura” mais alimentos processados mais bebidas etc.) - para consumos internos mais alguns processados para exportações etc. - chegou a 270 milhões de t. e no valor de R$ 1,161 bilhão = cerca de Us $ 232,2 bilhões (dados da ABIA mais da KPMG).

Fato é que nos últimos anos, ocorreram avanços rápidos nas devastações dos diversos Biomas, chegando a 20% no Mundo recente e a 25% no Brasil.

Já para a EMBRAPA, a área de floresta do Brasil equivale a 58,5% do seu território, cobrindo uma área de 497.962.509 ha. Desse total, 98% correspondem a florestas naturais, enquanto apenas 2% são florestas plantada. Vide em https://www.embrapa.br/visao-de-futuro/intensificacao-tecnologica-e-concentracao-da-producao/sinal-e-tendencia/crescimento-e-intensificacao-da-producao-florestal-brasileiro#:~:text=A%20%C3%A1rea%20de%20floresta%20do,apenas%202%25%20s%C3%A3o%20florestas%20plantadas.

Em 2022 (últimos dados confiáveis disponíveis), também segundo o IBGE, o Brasil ultrapassou a marca de 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas (silvicultura), dos quais 7,3 milhões de hectares (77,3%) somente com eucaliptos. Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais no país. Vide em: https://acr.org.br/ibge-divulga-numeros-da-producao-da-extracao-vegetal-e-da-silvicultura/

Em 2023, entretanto, para a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI) jã são 7,40 milhões de hectares somente de eucalipto mais 1,70 milhão de hectares de pinus mais 0,38 milhões são hectares de outras espécies, totalizando cerca de 9,48 milhões de hectares com tais cultivos para celuloses.

Já a área total com pastagens ainda em 2018 (com todos os tipos e estágios de degradação) foi estimada também pela EMBRAPA em cerca de 160 milhões de hectares e que ocupam quase metade dos estabelecimentos rurais do País.

Ainda sobre as atuais áreas totais com pastagens, segundo dados do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG) da Universidade Federal de Goiás (UFG), as atuais pastagens brasileiras cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, dos quais aproximadamente 40% apresentam médio vigor vegetativo e sinais de degradação, enquanto 20% apresentam baixo vigor vegetativo, entendida como degradação severa. São áreas que apresentam uma redução na capacidade de suporte à produção e na produtividade.

Assim, ao meu ver, somando os 93,2 milhões de hectares da área com os principais cultivos agora em maio/2024 (dados bem abrangentes do IBGE acima) MAIS os 177,0 milhões de hectares de todas as pastagens bem descritas acima MAIS os cerca de 11,0 milhões de hectares de florestas plantadas (incluindo áreas com eucaliptos, pinus e outros para celuloses, conforme acima, mais com seringueiras etc.) mais 10,0 milhões de hectares com outros cultivos menores e de difícil previsão (a não ser quando de nova rodada de pesquisa por satélite da NASA), a área total já plantada mais com pastagens e florestas cultivadas no Brasil, somente atingiu cerca de 291,2 milhões de hectares em 2023-2024 (dados aproximados ou por eu estimados).

Tal área gigante disponível acima ainda não soma os 24,0 milhões de hectare de áreas de pastagens já bem degradadas – vide abaixo -, mas que ainda podem ser recuperadas e cultivadas juntos em projetos do tipo ILPFE - Integração Lavoura- Pecuária-Florestas-Extrativismos ou por bons Projetos MFS Manejo Florestal  Sustentado ou simples Projetos SAF Sistemas Agroflorestais biodiversos (com alta capacidade para melhorar o meio ambiente) e até para florestas cultivadas (exceto com eucalipto ou pinus senão vira o tal “deserto verde” conforme a BBC Brasil),

Todos os cultivos ocorreriam de formas anuais alternadas (para não se configurarem como novos “plantations” apenas exportáveis e com novos erros de destinações que levaram a novas degradações também rápidas) ou, preferencialmente, dentro das florestas  (em parcerias como acima) ou até após reflorestamentos adequados com arvores rápidas (que sequestram muito mais carbono, crescendo até 2,5 m/ano) como o angico branco mais o molambo, o guanandi, o paricá, pau de balsa, teca e até frutíferas boas sequestradoras como o cacau, cupuaçu, açaí, graviola, pupunhas etc.. Nos projetos acima de SAF do Amazonas, o IDESAM estima que cada muda desta que se torna arvore consegue recolher 300 kg de carbono da atmosfera por ano para estocar/fixar no seu tronco, que também pode ter diversos objetivos socioeconômicos e para muitos.

Evoluções dos abandonos de terras nos Biomas mais das degradações de solos, subsolos, aguadas, aquíferos, ar e lixos brutos etc. -

Escrever e analisar as elevadas devastações históricas de solos mais sobre as degradações mais recentes de solos, subsolos, aguas, ar, biomas etc. é uma tarefa muito difícil, pois além de os dados serem raros e muitos até pouco confiáveis (segundo os interesses e locais de cada Grupo que os estudam e divulgam com algum objetivo) há uma séria indefinição de qual (quais) fases temporais da terra e da vida humana utilizar, vez que, como consta, em seu início a Terra era toda ocupada pelos mares mais por florestas e os dinossauros e o homem vieram bem depois, sendo ambos para iniciarem as degradações e devastações, sempre a procura de, cada vez mais, alimentos, aguadas, ar limpo, outros biomas etc.

Segundo a BBC Brasil, entre 5 mil e 10 mil anos antes, o “que hoje é o árido, quente e inóspito deserto do Saara, no norte da África, era uma região de savanas e pradarias com alguns bosques, lar de caçadores e coletores que viviam de vários animais e plantas, sustentados por lagos permanentes e muita chuva”. “Era assim numa época atrás - período conhecido como do "Saara verde" ou "Saara úmido". “É difícil imaginar que o maior deserto quente do mundo, que hoje tem uma precipitação anual entre 35 e 100 milímetros de chuva, recebia chuvas 20 vezes mais intensas há alguns milhares de anos”.” "Havia no Saara corpos hídricos permanentes, savanas, pradarias e até alguns bosques". "Foram encontrados fósseis de grandes animais que hoje já não são vistos vivos no Saara. Crocodilos, elefantes e hipopótamos." Assentamentos humanos antigos também deixaram evidências da existência de uma grande fauna”.

Ainda para a BBC Brasil (vide: https://www.bbc.com/portuguese/geral-39374825), este clima - favorável à existência de uma flora fértil e fauna e o desenvolvimento humano - foi desencadeado pela maior proximidade do Sol em relação à Terra durante o verão, o que produziu mudanças de insolação”. "O Saara se tornou verde quando saímos do período glacial. O Sol do verão se tornou mais forte há uns 9 mil anos e isso trouxe uma série de consequências". “"Quando o Saara esquentou, as chuvas de monções se tornaram mais fortes, o que levou a uma vegetação maior que, por sua vez, reduziu as emissões de poeira e diminuiu o reflexo da luz, promovendo mais precipitações. CONTUDO, "este reflexo de luz solar, seja da superfície terrestre ou da poeira que flutua na atmosfera, é conhecido como “albedo” e é um dos fatores mais importantes na aridez de uma região”.

“Esse intenso albedo - a luz de cor creme clara refletida na superfície do deserto e também com alto teor de partículas minerais - contribuiu para a elevada e até rápida desertificação do Saara’.

Contudo, para produzir e faturar tais valores anuais gigantes, as indústrias de alimentos já se consideram que sejam as emissoras de 40% dos gases provocadoras do efeito estufa mundial.

O Brasil, bem ao contrário do que achamos, ou que nos é divulgado/propagandeado, já figura - segundo medições locais pela NASA com satélites amostradores/coletores/analisadores especiais - como o 6º maior emissor de Co2 do Mundo e na seguinte lista por ordem de emissões pelos 10 maiores: 1) China; 2) EUA; 3) Índia; 4) Indonésia; 5) Malásia; 6) Brasil; 7) México; 8) Irã; 9) Japão; 10) Alemanha.

Embora com números bem divergentes no Brasil (segundo as fontes), consta na CNN Brasil que cerca de 24% dos Gases do Efeito Estufa GEE produzidos pelo Brasil em 2021 provieram somente da nossa agropecuária (explorações diretas). Além disso, ainda pior, os muitos usos das terras e das florestas (desmatamentos; queimadas; implantações silvícolas para celuloses etc. mais aberturas de novas áreas agropecuárias, em especial para pastagens etc..) foram responsáveis por 49% dos GEE do País mais produções de Energias (em especial por termoelétricas mais extrações/beneficiamentos de petróleo/gás natural) por 17% e processos industriais (tão condenados) por apenas 4% do total emitido.

Também, no Mundo, ainda há muitos conceitos agronômicos e florestais, sociais, econômicos – até filosóficos e culturais (“much money”) - que precisariam ser bem melhores definidos antes e que não irei aqui analisar.

Por exemplo, recente aqui no Brasil - parece que forçando a barra dos conceitos técnicos econômicos e ambientais no Congresso Nacional brasileiro (e que o Atual Presidente da República sancionou inteiramente) - agora em maio/2024 -, conforme diversas denúncias e analises cientificas -, o Setor produtivo de Celulose com Eucalipto e Pinus no Brasil parece que conseguiu enganar alguns Ministérios em Brasília e enquadrar/incluir como sendo “Silvicultura normal e protetiva socioambiental”. Assim, o Setor (cm altíssimo nível de lobbies em Brasília - Capital Federal) conseguiu excluir tais cultivos da lista de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais.

 Com isto, tais explorações passaram a não mais precisarem aprovar ou sequer apresentarem projetos para obtenções de Licenças Ambientais prévias, como necessárias para todas as atividades agropecuárias, serias, no Brasil, exceto, obviamente, pelas silviculturas. Ora, até um estudante de primeiro grau sabe que para as proteções  acima necessária, os cultivo de eucaliptos e pinus nunca se enquadrariam (sob nenhuma possível desculpa, ou até ensaio, técnico-cientifico e muito menos socio ambiental), pois em até 06 meses os papeis, papelões e embalagens  fabricados com tais celuloses são novamente transformados em Co2 pelas suas queimas, ou seja, nada de real estocam  de seu pouco carbono capturado (pela sua baixa fotossíntese comparada ante muitas outras arvores até mais rápidas e que crescem até 2,5 m ano como o angico branco). 

  Imediatamente, a BBC Brasil reagiu de forma socioambientalmente protetora e classificou tais atividades como sendo “Áreas de “Desertos Verdes”, pois, além de retirarem elevados volumes de águas dos solos e sub solos etc.., sob suas copas não proliferavam nem minhocas nem liquens nem “ratos” nem outros pequenos animais (ou seja, também são altamente prejudiciais aos biomas e biotas). Vide em: https://www.linkedin.com/pulse/co2-sequestros-comparados-ante-arvores-nativas-nosso-climaco-cezar/?originalSubdomain=pt

 As empresas do setor afirmam, por sua vez, que o que houve foi uma correção de uma distorção que aplicava ao setor, que é agroindustrial, as mesmas regras impostas a indústrias consideradas poluidoras. Também argumentam que a atividade investe em medidas voltadas à sustentabilidade e que só atuam em áreas que já haviam sido degradadas pela agricultura, seguindo padrões de regulação internacionais, com práticas certificadas por auditorias independentes e externas.

 Assim, imediatamente, a Indústria Brasileira de Árvores (IBÀ), que representa 50 empresas da silvicultura, argumenta que a dispensa do licenciamento aprovada pela Câmara tramitava há quase dez anos e, em sua visão, corrige um erro histórico que exigia da silvicultura licenciamentos ambientais mais similares aos de áreas como mineração e siderurgia. "Para plantar um cafezal, por exemplo, você não precisa de um projeto de um órgão regulador estadual, municipal ou federal para plantar na sua propriedade" disse o diretor relações Internacionais da IBÁ e presidente da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). "Nós somos uma agroindústria, nós plantamos. Nenhuma outra atividade agrícola tinha o tratamento que era dado a nós, por equívoco, “

O receio agora é que esse processo e seus impactos sejam agora ampliados com a aprovação de leis em âmbito federal e estadual que, segundo seus críticos, afrouxam o controle sobre a silvicultura.

 "Nos últimos 20 anos é nítida a diferença do uso do solo e da intensificação da silvicultura, de 1,0 milhão de hectares, que agora vão para 4,0 milhões de hectares. E com elas também as papeleiras, as fábricas de celulose", disse um geólogo, doutor em Ciências na área de Ecologia de Paisagem e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 "A escala deste avanço se opõe à realidade ambiental do bioma", alertou uma engenheira florestal e docente do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade/UFSM)”. “Isto pode levar a uma intensificação das consequências dos eventos climáticos extremos", diz”.

 Pior é que, somente entre 1985 e 2022, a área dedicada ao plantio comercial de árvores como pinus e eucalipto cresceu mais de 17 vezes, chegando a 1,195 milhão de hectares, segundo o MapBiomas. No Brasil, a expansão foi de 7,3 milhões de hectares, sendo a maior parte desse avanço (61%) realizada nas áreas de pastagem e agricultura.

 Recente, a poderosa FGV divulgou um excelente diagnostico sobre os custos totais do País, mais por Bioma mais por Estado, somente de pastagens já degradadas, necessários/fundamentais para recuperar nossos solos e florestas, agora, as áreas já degradadas (inclusive par recuperar cerca de 56% das nossas pastagens) por todos no Brasil, chegando ao elevadíssimo valor de Us $ 77,5 bilhões e que nem os agricultores brasileiros nem o Governo central e/ou os Estaduais têm como disporem – sozinhos – ou mesmo financiarem, pois têm centenas de outras prioridades par aos mais pobres (sanitarismos, habitações adequadas, transportes públicos, solução dos lixos, estradas etc.), inclusive, há uns 8 anos com as seguidas e até anunciadas devastações  e as inundações, decorrentes exatamente das severas mudanças climáticas por que nosso País já passa (em especial nos estados do  RS, SC, SP, RJ, MG e PE) pelas tais mudanças climáticas, exatamente decorrentes/provocadas pelo nosso males usos dos solos, sub solos, aguadas, ar, lixos etc.. 

 Vide dados completos da FGV no excelente e inédito diagnostico “Custos de recuperação de pastagens degradadas nos estados e biomas brasileiros” - com as necessidades e demandas de recursos recuperadores - milagrosos - por Estado e Bioma em : https://agro.fgv.br/sites/default/files/2023-02/boletim_custos_de_recuperacao_0.pdf  .

 Pior muito é que, nesta semana (junho/2024), a poderosa NASA anunciou formalmente que boa parte da região central do País (Brasília, Goiânia, Cuiabá etc...) deve não terem mais condições de habitações por homens, animais e plantas e já em 2070, devido às mudanças climáticas ainda ascendentes e em curso no Mundo. Vide e comproves em https://www.diariodolitoral.com.br/mundo/nasa-preve-colapso-no-clima-e-aponta-regioes-do-brasil-que-terao-calor/183411/

 Complementarmente, para o Brasil, uma boa notícia socioambiental e desenvolvimentistas é que, “recente, o País (dados da EMBRAPA FLORESTAS) passou a contabilizar também as estocagens corretas dos carbonos, oriundos dos produtos florestais. Tal estudo inédito começou a mensurar os dados de acúmulos de carbonos em tais PFM (“Produtos Florestais Madeireiros”), como madeira serrada, painéis de madeira e papel e papelão, bem como dos resíduos descartados dos processamentos ou das industrializações – mesmo que mínimas - desses materiais.

 O primeiro levantamento acerca pela EMBRAPA foi elaborado em 2020, utilizando o ano de 2016 como referência, e contabilizou 50,7 milhões de toneladas de CO2 equivalentes já estocados da melhor forma e/ou já resgatados da atmosfera do País (ainda pelos baixos níveis atuais de sequestro de carbono para estocar nos seus troncos (provindos de tais arvores antigas pouco sequestradoras reais de carbono mais por arbustos mais recentes e também pouco sequestradores) e/ou também pelas não emissões de CO2 por suas possíveis queimas por incêndios locais acidentais e/ou criminosos ou até por caríssimas, e problemáticas, incinerações em caldeiras ou fornos para produzir vapor ou eletricidade e/ou para usos como carvão vegetal em altos fornos de aciarias/guseiros próximas.

 “O aumento do número de nossos PFM - Produtos Florestais Madeireiros, além de estratégico para o País no balanço final de emissões, é um fator que está atrelado as políticas mais sustentáveis que incentivam os usos das nossas madeiras”. “As madeiras são bens renováveis, também em substituições aos outros materiais, principalmente na construção civil (com na nova “madeira engenheirada”/”supercolada”, já com alto sucesso mundial e também em São Paulo - Brasil, e que além de captar e estocar muito mais de 06 até 14 vezes mais carbono do que arvores amazônicas com copas gigantes/abafantes/sombreadoras e por, no mínimo, uns 100 anos, também é  bem mais barata e até bem mais resistente ao fogo e as impactos e pesos do que o próprio concreto - Vide meu artigo recente acerca), na qual têm dupla função: além de armazenarem o carbono nas estruturas de madeira, elas também substituem o aço mais o concreto, produtos estes com grandes emissões de CO2 nas suas produções”.

 “A remoção de CO2, promovida pelos PFM no Brasil, aumentou muito com o passar dos anos. De 1990 a 2016, a remoção anual variou de equivalentes a -11,0 milhões a -50,7 milhões de toneladas de CO2/ano, segundo a abordagem de números negativos do fluxo atmosférico”.

 Agora, com as evoluções já anunciadas/cíclicas dos muitos prejuízos pelas mudanças climáticas mundiais e, sobretudo, no Brasil ainda nos próximos 30 anos, já vemos os imensos prejuízos locais/regionais delas decorrentes (como a enchentes recentes no RS e antes também em SC, SP, RJ, PE e no interior de MG e outros locais, vez que cerca de 70% dos brasileiros ainda insistem em morar  em até 350 km das praias), sinceramente, acho que é chegada a hora de repensarmos/reavaliarmos/reatuarmos melhor neste momento do agronegócio brasileiro (ainda com elevadíssimo sucesso mundial - vide acima sobre importância do Brasil para alimentar o Mundo).

 Proponho, dividirem-se, igualitariamente, todos os custos dos deveres  de casa anteriores necessários (por exemplo: baixos custos com bilhões de mudas gratuitas nos 3.666 municípios mais agrícolas do País, tudo seguindo para reflorestamentos bem projetados/bem implantados e apenas com árvores - nem tão bonitas, mas muito mais rápidas (com crescimentos de até 2,5 m/ano), ou seja, com muito mais fotossínteses por suas muito mais folhas e caules (medidas cientificamente em kg/hectare/ano) e, assim, gigantes coletoras - já muito comprovadas cientificamente - de muito mais Co2/hectare/ano - MAIS com ressuscitações plenas de milhões de antigas aguadas abandonadas/secadas MAIS de seus subsolos e biomas etc.) e ainda, até das expansões de tais  cultivos agrícolas, mas, se e quando, realmente necessárias. Lembro-vos, assim, que o milho para etanol/DDG é comprovadamente a melhor planta socioambiental do Brasil, ao propiciar até 04 ganhos ambientais somados.

 Agora, vendo os elevadíssimos custos/prejuízos, decorrentes das até pré-anunciadas e cíclicas mudanças climáticas em todo o Mundo, não mais podemos deixar todos os custos dos diversos “deveres de casas” e soluções socioambientais e energéticas para os Governos e para os povos (sejam consumidores, ricos ou famintos, ou também agricultores). O Brasil tem outras prioridades fundamentais a solucionar/investir como nos problemas da favelas, casebres rurais; seguranças públicas muito deficientes e até virando milicias; imensas áreas sem sanidades básicas; soluções para os ainda 1.800 lixões existentes mais para os cerca de 2.000 aterros sanitários coletivos - caríssimos, problemáticos, poluidores, de vida útil curta e ainda sem gerarem receitas, mas somente despesas elevadas e apenas para os munícipes e sem ajudas/soluções federais (cobram de R$ 70/t até R$ 150/t para apenas enterrar); mais 10 mil km de novos asfaltos de qualidades comprovadas; mais 5.000 km de novas ferrovias; mais pelo menos 5.000 novas PCH e/ou pequenas barragens controladoras de enchentes/irrigadoras/eletrificadoras locais baratas etc..

 Será que precisamos mesmo expandir a cada ano nossa área agropecuária total já com tantas e imensas devastações comprovadas de solos, subsolos, aguadas, ar etc., produzidas ou deixadas para trás, sempre nas expansões para as chamadas novas fronteiras (agora em rápida direção norte e leste) com terras bem mais baratas, muito mais aguadas e ainda com bons solos e também novamente degradar e rápido. Ora, percebe-se até facilmente que são situações provocadas/até exigidas pelas atuantes e muitas multis internacionais, tradings internacionais; integradoras de pequenos animais, peixes, frutas etc..; frigoríficos de todas as carnes; fomentadoras de eucaliptos e de pinus apenas para celuloses insustentáveis  (já chamadas  pela BBC Brasil como desertos verdes”); cooperativas; transportadoras; empresas internacionais de maquinas e de insumos; bolsas externas e interna; especuladores, seguradoras, bancos, corretoras, lobbies, Entidades representativas/lobistas, mídia protegida pela caduca Lei da Imprensa Livre (Lei 2.083/1953)  etc.. e que nunca irão ajudar diretamente nosso povo e nossos governos a resolverem/mitigarem tais destruições ocorridas e/ou anunciadas?

 Como já bem descrito no início, tais multis, trading, cooperativas, integradoras, frigorifico e outras empresas acima (sobretudo as internacionais) já ficam com 80% a 90% da renda bruta dos agronegócios (nos EUA também ficam com 89% - vide acima) e ainda pouco ou nada contribuem para as reais soluções dos problemas criados por elas mesmas com tais produções e industrializações.

No Brasil, os agropecuaristas somente ficam, historicamente, com somente 10% a 20% da renda bruta final anual dos agronegócios e ainda têm que comprarem/arrendarem seus patrimônios ou imóveis para plantarem e também têm que assumir todos os riscos climáticos e bancários das produções e armazenagens.

 Assim, com tão rendas brutas finais tão baixas e mínimas e na maioria das atividades e locais (ainda a retirarem seus custos pessoais e familiares, inclusive, com suas mão-de-obra, já como que escravizadas), como – e de onde - tais agropecuaristas (mesmo que plenamente conscientes disto) conseguiriam retirar recursos para as fundamentais preservações e conservações tão necessárias dos seus imóveis e de seus patrimônios, ou seja, de seus únicos bens de produções/manutenções familiares? e que, assim, fundamentais, também “para si” e famílias.

 Com isto, e sem ajudas das empresas acima, somente lhe restam comprometer ou destruir ou vender  aos poucos pedaços de seus patrimônios a cada ano, e se com safras boas, pois quando isto não ocorre, os bancos, seguradoras e Governos e financiadores privados e agiotas chegam todos ávidos por tomarem tudo e venderem por 1/10 dos preços normais nos famigerados leilões de veículos e de imóveis (vergonhosamente, tão vigiados e tão disputados no Brasil, inclusive pela WEB) e talvez, ainda até com possíveis ajudas até claras (nunca dos juízes locais), mas bem mais das Justiças Federais de Brasília e dos Estados (onde talvez até já operem muitos lobbies, inclusive e talvez até por bancas advocatícias vampiras, especializadas e famosas em somente injustiçarem/tomarem/depredarem etc., inclusive de imóveis residenciais urbanos ou rurais únicos e até aposentadorias/pequenos patrimônios dos idosos ou famintos urbanos.

 Opcionalmente, todo o agronegócio (não apenas o Povo/Governos) deveríamos fazer rápido nosso “dever de casa” socioambiental e energético para, somente então, reiniciarmos tudo (sobretudo nos hibridismo elétricos com até 7 fontes vizinhas, simples, humilde; com baixos investimentos; gerações próprias, coletivas ou agregadoras locais de valor ou mesmo de e para pequenas agroindústrias; eletricidades estas com custos operacionais por 1/10 dos preços das compras, ou a vender para vizinhos/empresas etc..? (se possível fora das linhas das caríssimas e instáveis redes atuais e com fios de arame liso e postes de madeiras tratadas etc. (aliás, como Roosevelt, sabiamente, fez nos EUA desde o pós guerra, depois copiado pela Rússia e Canadá) e em que o Brasil pode ser o campeão mundial de hibridismos elétricos sustentáveis, inclusive com milhares de futuras novas PCH, ótimas e fundamentais controladoras e inundações (como muito utilizadas no Japão, China e EUA até hoje – Vide www.tva.com (“Tennessee Valley Authority”)  uma estatal controladora estratégica dos EUA, também desde Roosevelt (cujo  site controlador de enchentes e gerador elétrico é tão estratégico para os negócios dos EUA, que ele impede os brasileiros de acessarem seus conteúdos) também para irrigações, pisciculturas etc.. 

 Porque não criarmos selos especiais de boas origens e de boas práticas socioambientais e energéticas positivas mais programas governamentais de incentivos/financiamentos baratos e até de subsídios para incentivarem tais ações pelas multis e para que outras empesas acima também participem – realmente ativas e melhor, se, proativas - de tais projetos de recuperações de solos, subsolos, aguadas, ar, biomas etc..?? inclusive podendo inserir tais ações em suas propagandas e balanços corporativos etc.. (o que também seria fundamental para combater os crescentes e criminosos “green washing” mundiais – vide meus diversos artigos acerca).

 Assim, pergunto-vos: Será que já não é chegada a hora socioambiental e energética de reduzirmos nosso “Complexo de Aristóteles” de querermos ser, rapidamente, um dos melhores e mais ricos países do Mundo e a qualquer custo (sem sequer ainda sabermos bem distribuir nossas rendas e proteger nossos solos, subsolos, aguas, ar e lixos), isto mesmo que destruindo boa parte do nosso País e que não teríamos recursos futuros suficientes para recuperar nossas terras agricultáveis e nossas florestas, campos, aguadas, subsolos, ar, biomas etc. em tempo hábil??

 Também, precisamos, urgente, determos todos nossos Governos e seus órgãos das 3 esferas de poder (sobretudo das Prefeituras e dos Estados) que agora se especializam em desmentirem ou justificarem nas TV, rádios, sites, redes sociais etc., seus claros erros diários e até com possivelmente claras “fake news” internas (por exemplos: atendimentos que somente funcionam nas propagandas e milhares de desculpas imediatas e diárias sobre ações, ou inações, das seguranças públicas). Tais milhares de propagandas diárias já chegam a cansar os ouvintes e leitores e esses elevados recursos despendidos com tais justificativa e claras propagandas enganosas e desnecessárias, pois nada convincentes, e até ilegais, sem dúvidas, seriam muito melhores aproveitados nas claras e visíveis ampliações dos efetivos policiais ou nos transportes e nas merendas escolares, como exemplos mínimos.

 Com situações e origens raciais/patrióticas muito diferentes/divergentes das nossas, como competirmos com países seculares como a China, Índia, Alemanha, Inglaterra e até com os EUA ?? todos com a maioria dos trabalhadores muito bem preparados, motivados e até robotizados e bem pagos, e que operam por até 12-14 horas/dia e todos os dias do ano – a maioria, sem sábados, sem domingos, sem férias e somente com folgas em alguns poucos feriados familiares no ano?? (quando boa parte, em especial na Ásia, volta, disciplinada e agradecidamente, e cheias de recursos, de alimentos e de presentes para visitarem suas famílias no interior, de formas históricas, organizadas e honradamente). 

 Se já bem alimentamos 6 vezes mais pessoas no Mundo do que nosso povo precisa, porque não determos, agora, novos avanços espaciais da agropecuária (pouco lucrativa real para os produtores rurais como demonstrado acima), em vez de ampliarmos ainda mais para nos destruir e bem gerar ainda mais trilhões de lucros reais para empresas e pessoas e bem mais no exterior?

 Como exemplo, a Austrália e a Nova Zelândia - países também agrícolas, minerais, energéticos, e subtropicais - optaram, há anos e com altíssimos sucessos, por modelos desenvolvimentistas muito mais socio ambientalistas reais do que no Brasil, envolvendo suas totais seguranças alimentares (pequenas e fechadíssimas populações altamente bem preparadas e motivadas) mais seus sistemas socioeducacionais de altíssimos níveis e renomes e com bem mais inteligências competitivas empresariais e, sobretudo, agroindustrializações para exportações (pouco exportam de alimentos “in natura” e muito mais de carnes bovinas, ovinas, derivados de leite e açúcar etc.. Quase que somente exportam trigos, madeiras e minérios sem agregar valor).

 Nossa proposta é também revolucionarmos nosso modelo desenvolvimentistas, em especial com novas ações socio ambientalistas e energéticas realmente baratas, confiáveis, com baixos custos de distribuições, ou seja, efetivas e revolucionárias já bem descritas ou como abaixo. 

 Neste novo modelo que proponho - a bem debater e a melhorar, apenas por especialistas reais e rápidos (quase tudo no Brasil atual está ficando muito lento, pouco profissionalizado e muito debatido, só para piorar, e até por leigos ou lobistas do mal), e após aprovar, priorizar e desenvolver, em conjunto, nossas fases de projetos e de ações, agora essenciais para todo nosso povo e não para alguns.

 Proponho mudar bastante nossos modelos desenvolvimentistas atuais (ainda essencialmente baseados apenas em agronegócios “in natura”, celuloses, alguns alimentos processados, petróleo, minério de ferro,  etanol etc..) para 05 (cinco) novos modelos iniciais multi integrantes e responsáveis (com “funding”/recursos agora bem mais de entes públicos-privados-parceiros-seguradoras-debenturistas-IPO-Fundos de investimentos-Fundos de pensões-investidores externos e interno-outros interessados em lucrar muito mais de forma totalmente segura e em médios e longos prazos), todos desafiadores, bem mais sustentáveis; bem mais  empregadores/formadores/treinadores de mãos-de-obra;  e com milhares de projetos até simples ou fáceis,  baratos, mas altamente seguros e lucrativos para se implementar rapidamente (se realmente com boa vontade políticas de muitos, em especial dos Ministérios e dos órgãos planejadores/controladores/implantadores de Brasília e dos Estados),

a saber e pela ordem de prioridades:

 1) Grandes produções de energias elétricas realmente sustentáveis e bem mais baratas, próprias ou vizinhas pelos hibridismos locais/regionais mais pelas limpezas ambientais gigantes com grandes gerações elétricas também muito mais baratas pelos tratamentos microrregionais de muito lixos brutos, biomassas, dejetos, sobras, podas, restos de pneus, roupas etc. tudo para grandes produções de singás (em nada contaminantes como na recente usina especializada do aterro de Mafra – SC, já gerando 2,1 MWh com 90 t/lixo bruto e regional/dia) e/ou de biometano/biogás (estes ainda contaminantes com metano) e ambos grandes geradores elétricos e tudo por baixos investimentos públicos e/ou privados;

 2) Proteções plenas e bem calculadas e muito bem administradas (por computadores e sistemas de ultimas geração) de nossas cidades beira mar e beira rios contra enchentes e secas com milhares de novas e baratas PCH e/ou pequenas barragens controladoras de fluxos e, sobretudo, geradoras elétricas e empregadoras/desenvolvimentistas;

 3) Plenas renovações dos modelos produtivos/fabricantes e de automações industriais de pelos menos 70% de nossas empresas de todos os setores industriais atuais (nossa produtividade média da mão-de-obra industrial, agroindustrial, mineral, química e outras ainda é baixíssima e já não consegue concorrer com as atuais do Mundo industrial);

 4) Desenvolvimentos de um grande parque industrial de informática própria e exportável (Inteligência Artificial) mais de tecnologias aeroespaciais (vias INPE, EMBRAER, Helibras e até da Avibras etc.);

 5) Idem de milhares de projetos e de ações reais para reforçar/ampliar os menores níveis atuais de Inteligências Competitivas Empresariais no Brasil (formações e reciclagens reais sempre presenciais – nunca a distancias - e de altíssimos níveis comprovados, somente vias CNI, SENAI, SESC, SENAR, SESI, FGV, ABIA e apenas outras poucas similares estaduais), sobretudo em projetos de preservações reais e/ou de reconversões socioambientais para o bem (como a Heineken Brasil já está fazendo desde 2007 com doações de 7,0 milhões de mudas florestais/ano - vide https://exame.com/esg/projeto-de-reflorestamento-da-heineken-com-a-sos-mata-atlantica-aumenta-em-20-volume-de-agua-em-itu/) mais em produções e exportações de muitos mais alimentos industrializados mais em produtos rastreados e rotulados com selos de origens (“terroir”) e “fair trade” etc.. mais em inserções de dados com ações socio ambientalistas positivas, reais e duradouras em propagandas (autorizadas/incentivadas) em balanços corporativos empresariais (com tudo até como nossos exemplos para o Mundo e seus capitalistas selvagens). 

 Evolução dos VBP – Valor Bruto da Produção, conforme a CNA/DETEC (adicionados com os valores das produções florestais mais extrativas) -

 O VBP é o faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com a média de preços recebidos pelos produtores de todo o país.

 O ano de 2023 apresentou recorde de safra de grãos, dos 28 produtos (exceto produtos florestais e dos extrativismos) que compõem este relatório, em 20 produtos houve aumento da produção. Entretanto, os preços foram na contramão, uma vez que 15 produtos apresentaram redução real nos preços.

 Assim, em 2023, o nosso chamado VBP – Valor Bruto da Produção Agropecuária (calculado pelo DETEC/CNA, sem deméritos) de 28 produtos agropecuários somados (dentre cerca de 30 principais do País) chegou a R$ 1,25 trilhão, valor este 2,6% menor que no ano anterior. Se adicionarmos a este valor dos 30 produtos - para termos bons dados comparativos reais e sérios - mais R$ 97,4 bilhões das produções  e vendas e produtos da base florestal em 2019, com dados da IBÁ Associação Brasileira de Arvores , mais R$ 0,94 bilhões das receitas com produções e vendas de produtos extrativistas em 2022, segundo o IBGE  (pois, ambos itens ainda não fazem parte da estimativa/levantamento/soma acima pela CNA) totalizando, então, Rs $ 1,35 trilhões  (= apenas Us$ 269,5 bilhões, considerando o câmbio médio de 2023 de Us $ 1,00 = R$ 5,017 -, ou seja, menos da metade do valor total similar também bruto obtido pelos produtores rurais dos EUA no mesmo ano e com GCFI – vide acima - de Us $ 561,2 bilhões em 2023).

 Vide e baixes dados completos em https://cnabrasil.org.br/publicacoes/vbp-da-agropecuaria-encerra-2023-com-recuo-de-2-6#:~:text=O%20Valor%20Bruto%20da%20Produ%C3%A7%C3%A3o,produtores%20de%20todo%20o%20pa%C3%ADs.

No Brasil, o possível Valor Bruto da Produção ampliado (os 28 produtos do levantamento da CNA mais vendas de produtos da base florestal mais de extrativismos)  - agora convertido em US$ - foi de apenas Us $ 269,5 bilhões (= R$ 1,35 trilhões, convertido pelo dólar médio de R$ 5,017= Us $ 1,00) também em 2023, o que dividindo por 4,8 milhões de produtores rurais em 2018, conforme a PNAD do IBGE (desde proprietários mas arrendatários e ocupantes de 5,0 milhões de imóveis rurais, segundo o Censo de 2017 do IBGE), nos leva, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), ao baixíssimo valor de Renda Bruta Média no Brasil de apenas Us$ 56,1 mil/produtor/ano.

 Contudo, no Brasil – agora descrevendo sobre rendas brutas e liquidas reais e por cada produtor rural -, embora quase sem dados e, pior, confiáveis (trata-se de sigilo empresarial e que nem os agricultores, que assinam contratos com tais dados bem claros, aceitam divulga-los, embora contidos, e nunca questionados publicamente, em meus antigos livros descritos acima) – a maioria dos produtores rurais atuais (agricultores de todos os tipos; pecuaristas de todos os ciclos; floresteiros; extrativistas etc.) somente participam com entre o mínimo de 8% e o máximo 20% (exceto em casos especiais e raros) das rendas anuais brutas (receitas brutas) da maioria das atividades rurais, a depender muito de cada atividade (se agricultura familiar simples em area própria ou se agricultura familiar já com alguma agregação de valor, idem, ou se semi empresarial mas com baixa escala, mas em área própria ou se já bem empresarial com mediana a boa escala produtiva, idem, nas formas de produções média de 03 anos “versus” preços finais na média de 03 anos “versus” custos reais, idem); se proprietário ou arrendatário ou ocupante; independente ou integrado ou fomentado etc.) mais do seu local; de topografias e de climas; de seus custos totais; das distancias de sus transportes; de sua forma de produção e de venda etc.

 Mesmo sendo baixas participações, tais situações também ocorrem nos EUA – vide acima – pois os produtores rurais de lá também somente ficam com entre 9% e 23% das receitas brutas das atividades.

 Com isto (sem um bom e sério programa mundial obrigatório que mude, que justicialize e que obrigue por tais mudanças urgentes por alguns expertos ou vampiros  empresários/especuladores/investidores/Entidades/Governos/Bolsas etc., mundiais, e para todos), ainda, boa parte destes produtores rurais brasileiros estarão sempre degradando muito e depois vendendo e depois migrando para áreas mais férteis e bem mais baratas acima e/ou ao lado.   

Assim, entre 80% (mais os independentes e/ou em imóveis próprios, ambos com medias a altas escalas produtivas na média trianual ou pentanual em cada local) e 92% (mais os integrados/fomentados e/ou em terras arrendadas, ambos com baixíssimas a baixas escalas produtivas, conforme acima) dos resultados brutos anuais de cada atividade no Brasil são recebidos – a título de cessões de insumos/fatores de produção ou seja de partes dos seus custos produtivos diretos - pelos fornecedores de máquinas, de insumos, de fretes mais de outros fatores de produções (créditos, seguros, impostos, consultorias) MAIS pelos intermediadores/processadores (tradings, transportadores, frigoríficos bovinos, integradoras de pequenos animais/ovos/lácteos +  fomentadores florestais para celuloses etc.. + fabricantes de alimentos/processadores etc.) + compradores finais de tais produtos agrícolas “in natura” e/ou de alimentos já processados + com especuladores de bolsas + atacadistas/varejistas// “Food service” mais + Governos, Corretoras, Seguradoras etc.

 Pior no Brasil, é que ainda dos 8% a 20% da receita bruta, que lhes cabem nas divisões/suspeições em descritas, nossos produtores rurais modais (vide formas acima) já sabem que sua renda final real reduz para apenas 5% - se com baixíssima a baixa escala media - a 10% - se com media a alta escala média, ou seja, cerca de 50% da sua parte na renda bruta de cada atividade, conforme acima.

 Afinal - para bem explicar tais reduções e usos de 50% das já baixas participações nas receitas brutas acima (de 8% a 20%) - nosso produtor rural modal em quase todos os locais e situações produtivas, ainda tem que gastar a metade, sem dó, com custos da mão-de-obra familiar mais com alimentações mais com luz/água/internet/planos de saúde mais custos com impostos e com automóveis próprios etc.

 Nos EUA, vide acima, os produtores rurais também somente ficam, em média, com 11% da renda liquida final e os demais 89% também ficam para as multis, tradings, varejos, “food service”, governos, especuladores etc.

 Assim, conforme alguns técnicos e amigos consultores, que me ajudam muito nestes papers, cada vez mais estratégicos, propositivos e desafiadores (já com cerca de 1,1 milhão de “page views” anuais em 02 sites milagrosos e apoiadores reais, sem medos, no Brasil mais 03 fundamentais no Mundo) - para até dobrar tal renda liquida efetiva (ampliando para 10% a 20% de receita liquida real, conforme a atividade, o local e a forma produtiva, mas somente em terras próprias) somente é, ou será, possível para os os tenham maiores escalas produtivas reais.

 Eles opinam que isto somente é possível na agricultura para os que consigam cultivar acima de 1000 hectares/safra de soja em terras próprias e com maquinas e a maioria dos insumos também próprios/poupados/reservados de safras anteriores (se possível sucedida por milho ou sorgo ou girassol e até por milheto, todos na safrinha).

 Já no caso da pecuária bovina somente de cria, para se alcançar tais escalas com lucros reais bem maiores acima (10% a 20% da receita bruta anual, ficando ainda 80% a 90% com os frigoríficos e/ou confinadores) é, ou será, necessário ter pelo menos 500 vacas de medias a boas qualidades e ocupando até cerca de 2.000 hectares/ano em parte alugados/arrendados (assim, com rebanho médio anual de 800 a 850 animais, sendo de 300 a 350 de bezerros, bem criados). No Brasil, nos últimos 06 anos - com os frigoríficos exportando cada vez mais carnes para um Mundo altamente comprador e crescente -, após anos de quase inercia nos relacionamentos e formas das atividades, já ocorrem muitas mudanças nas relações produtivas atuais da pecuária bovina de corte (que ainda não chegam à pecuária leiteira, infelizmente). Com isto, a fase de recria bovina de corte já está desaparecendo rapidamente e com os grandes confinadores e grandes frigorifico assumindo, cada vez mais, as fases finais de engorda rapidíssima mais de abates, processamentos, transportes, vendas internas e exportações.  

 A maiorias dos Governos no País tem outras prioridades caríssimas e até mais urgentes – como saúde, educação, sanitarismos, abastecimentos internos de alimentos, transportes públicos, construções de rodovias, barragens, gerações elétricas etc. - e nunca irão priorizar, adequadamente, tais recuperações ambientais necessárias, até porque ainda somente atribuem as culpas de tais devastações somente aos agricultores (por isto este meu “paper” informativo é fundamental que seja bem divulgado). Vejam se não é isto o que ocorre no momento com as seguidas devastações por enchentes já ocorridas, até pré-anunciadas e cíclicas, nas cidades beira mar do Brasil, em especial as dos últimos 08 anos e ocorridas nos Estados do RS, SC, SP, RJ, MG e PE, até porque ainda 70% dos brasileiros ainda insistem em morar até apenas 350 km da beira mar.

 Se, e nos locais mais necessários, os órgãos da ONU (como numa outra UNESCO apenas agraria recuperadora/preservativa mundial) decretariam tais locais já devastados como patrimônio mundial (ou sejam, se tornariam poucos acessíveis, não mais vendáveis, mas até exploráveis para o bem), como já fazem com alguns movimentos históricos em todo do Mundo. Até porque já há bons exemplos mundiais bastante favoráveis acerca, como por exemplo, os principais castelos e patrimônios históricos da Europa mais dos EUA foram comprados e hoje pertencem e estão bem protegidos sobre as asas financeiras gigantes de grandes Trusts”/”Heritages Funds do bem” mais de algumas Fundações patrimonialistas protetoras de bens, solos, subsolos, aguadas, biomas etc. 

 Contudo, notem que todos os custos de recuperações de solos, de sub solos, de aguadas e dos aquíferos (todos, cada vez secando mais), do ar, dos biomas e biotas - todos cada vez mais degradados, pois já utilizados intensa e historicamente por muitos e que lucram muito com isto e, pior, no Mundo – somente ainda cabem (ou caberiam) aos agricultores e talvez alguns de seus Governos (que tem e precisam ter outras prioridades como educação, saúde, sanitarismos, transportes públicos, lixos, rodovias etc..)

E NUNCA por aqueles acima que para lucrarem muitos mais Us $ trilhões até quase que escravizam em muitos locais e atividades – tais produtores rurais, ainda quase nada organizados (muito usados) e que talvez até conheçam pouco disto.

 FIM

 Brasília (DF) e Porto Seguro (BA) em 15 de julho de 2024

 Grato pelas Leituras, Analises e Compartilhamentos.

 “VIVAMELHOR AMBIENTAL A BRAZIL THINK TANK” (a modern and faster socioambientalist/green & susteinable Energies Brazilian “think tank).

  Para outros detalhes, contates-me apenas pelo e-mail [email protected]

 

Fim

 

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