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Mesmo sem CPMF, arrecadação sobe R$ 20 bilhões até novembro


Cláudio Boriola

A arrecadação de impostos e contribuições federais teve aumento real (números atualizados pela inflação) de R$ 20,8 bilhões de janeiro a novembro de 2007, segundo a Receita Federal, que mostrou nesta sexta-feira, dia 21, que o valor está elevado mesmo descontado o valor arrecadado através da Contribuição provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Os números divulgados incluem as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os pagamentos de “royalties” de petróleo e de concessões. Foram arrecadados R$ 33,3 bilhões com a CPMF de janeiro a novembro deste ano.

Considerando o que foi efetivamente arrecadado nos onze primeiros meses de 2006 e 2007, sem a correção da inflação, o crescimento da arrecadação, sem os valores da CPMF é de R$ 36,8 bilhões. Segundo a Receita Federal, a arrecadação total do governo somou R$ 537,16 bilhões de janeiro a novembro de 2007, recorde absoluto para este período. Nos onze primeiros meses de 2006, totalizou R$ 467 bilhões.

Sendo assim, neste ano, a arrecadação apresentou crescimento de R$ 70,1 bilhões em relação aos onze meses do ano anterior. Descontando a inflação, fazendo a comparação mais conservadora, o crescimento foi de R$ 54,1 bilhões, ou 11%.

“A Receita Federal divulgou a arrecadação recorde de impostos em um momento onde o governo debate com o Congresso os cortes do orçamento de 2008 e planeja a possibilidade de aumentar tributos por conta da sua derrota com a CPMF”, afirma o Consultor Financeiro, Cláudio Boriola.

A estimativa era arrecadar R$ 40 bilhões com o imposto sobre movimentação financeira no próximo ano, porém, a arrecadação dos outros impostos vai aumentar em 2008 por conta do fim da CPMF.

A Receita Federal informa que a arrecadação está subindo neste ano por conta do crescimento da economia brasileira, que aumenta o consumo e, conseqüentemente, o recolhimento de tributos, além da ação do órgão e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no combate à sonegação fiscal e na recuperação de dívidas.

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