![Cláudio Boriola](https://www.agrolink.com.br/upload/colunistas/NT333.jpg)
Com essas altas taxas aplicadas pelo mercado financeiro, à população perde o poder de compra no que acarreta a baixa venda no comércio e conseqüentemente prejudica o crescimento da indústria, levando a crise e desempregos. Para que cobrar juros tão altos? O que precisa fazer para que o crescimento seja o alvo da economia brasileira? E, não pode faltar a seguinte pergunta, quem é o responsável pela cobrança abusiva de juros no Brasil? A resposta, nós mesmo encontramos!
Em outros países, as instituições financeiras (bancos) lucram por emprestar dinheiro aos seus clientes com taxas de juros baixas. Em comparação as praticadas no Brasil, quem lucra é o próprio governo, uma vez que, esse, possui um grande déficit público e usa das altas taxas de juros dos empréstimos para arrecadar fundos para cobrir os empréstimos buscados lá fora.
A tendência da queda dos juros apenas será possível se o governo reduzir gastos e gerar fontes de renda para a redução do caos interno, a dívida pública, um visível exemplo, a Previdência Social. O que notamos é que a taxa de juros praticada no Brasil está entre as mais altas do planeta. Isso dificulta, e muito, a situação econômica do país. É um verdadeiro ciclo, pois, juros representam em si o custo do dinheiro, e desta forma, com pouco dinheiro disponível no mercado em relação aos empréstimos, maiores serão os juros praticados, ou seja, quanto maior o índice de inadimplência, quem pagará pelo alto custo do dinheiro? Claro, todos os brasileiros.
Embora, o governo lucre com as taxas de juros, ele apesar do poder em suas mãos não influencia sobre as variações da nossa taxa básica, a Selic (fixada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central – Copom). Essa taxa é usada como um referencial para as alterações das demais taxas impostas no mercado, tanto em relação à remuneração das aplicações em renda fixa como dos empréstimos.
Enquanto os paises desenvolvidos garantem suas economias internas com sobretaxas, barreiras sanitárias, "ecológicas" e emprego, o Brasil exporta imposto e promove a "execução sumária" do empresariado nacional, com juros extorsivos. Caso o governo brasileiro reduzisse as taxas de juros como às praticadas no Canadá, Europa, Austrália e nos Estados Unidos para fortalecer as empresas, aumentaria a produção, financiaria o consumo e nos daria a garantia ao emprego.
Antes de assinar qualquer contrato referente a empréstimos bancários, é preciso você, consumidor brasileiro, ler atentamente todos os detalhes que estão visíveis no papel, principalmente as cláusulas que mostram as taxas de juros aplicadas no empréstimo e por outros fatores que podem surgir, como por exemplo, o atraso do pagamento.
Diante de tantos números e porcentagens, o que fazer para não causar estragos ao nosso bolso? A questão básica é colocarmos em prática a regra dos quatro P's para alcançarmos à independência financeira: Planejar, Pesquisar, Pechinchar e Pagar a vista! Assim, em breve podemos ficar livres do "Sistema Financeiro Capitalista e Selvagem".
Porém, o que falta mesmo em nosso país, é o incentivo de como gastar certo e de maneira consciente o dinheiro! As familias precisam conversar mais sobre esse assunto e deixar um pouco de lado outros que muitas vezes não convém. Mas, essa conscientização não depende apenas dos pais para com seus filhos, pois, é preciso por meio das escolas brasileiras, aplicar a Educação Financeira. Mas, para isso, está faltando pulso e coragem das autoridades para essa realidade que poderá mudar o futuro econômico do cidadão brasileiro!