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Força interior


Cláudio Boriola

A decisão de melhorar a qualidade de vida é uma determinação de mudanças, nos tipos de relações com os outros e consigo mesmo.

No momento em que começar a cuidar mais de sua vida, as pessoas à sua volta poderão se sentir ameaçadas e talvez isso o deixe desconfortável.

Por exemplo: Se você sempre disse "sim" aos parentes que pediam sua ajuda, terá de se acostumar com as reações adversas ao dizer "não".

Você costuma pôr as necessidades de seus filhos antes das suas, poderá se sentir culpado ao se colocar como prioridade da sua própria vida.

Quando essas reações aparecerem, é possível que a sua atitude seja como a maioria das pessoas, reagindo com um passo atrás para não ferir os sentimentos de terceiros e, para evitar conflitos, desaprovação ou abandono.

A preferência, muitas vezes, é de ser cuidadoso com os outros e colocar nossas necessidades de lado, quando corremos o risco de sentir culpa, de desapontar alguém ou de provocar uma briga.

Em casa, você pode deixar de dar atenção a seus filhos para manter um bom relacionamento com seu companheiro, mas isso pode causar ressentimento a longo prazo.

Quando ignoramos nossos desejos e nos esforçamos para agradar os outros, acabamos negligenciando aquilo que nos permite conquistar uma vida mais significativa: nossa força interior.

Estamos treinados para ignorar essa força desde a infância. Fomos ensinados a viver de acordo com certas regras, às vezes impostas de maneira sutil e outras nem tanto, por influência de nossos pais, da sociedade, de questões religiosas, de treinamentos na escola, etc.

Talvez você ainda se lembre de algumas delas como: seja simpático, não faça barulho, não chame atenção, seja modesto, valorize a paz acima de tudo, não seja exibido, não seja orgulhoso, não seja o dono da verdade, etc.

Agora, imagine como seria sua vida se, em vez de normas que esmagam sua personalidade, você seguisse estas regras: seja corajoso, pense grande, tenha ambições na vida, não seja modesto, faça com que os outros os vejam e o escutem, tenha orgulho de quem você é e do que sabe, tenha sempre grandes expectativas e lute pelo que quer.

Então, se eu tivesse sido educado dessa maneira, tudo na minha vida seria diferente. Com certeza eu teria respondido às perguntas do professor, em vez de ficar inseguro só de levantar a mão. Teria participado das peças de teatro na escola, em vez de ficar sentado na platéia. E, também, teria arrumado coragem para viver amores arriscados, em vez de levar a vida como um rapaz direito.

E você, o que teria feito diferente? Teria ousado mais, permitido se destacar na multidão ou talvez usado seus talentos, em vez de escondê-los?

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