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Expectativas para a safra 05/06 de laranja no cinturão citrícola paulista


ANDRE MARQUES VALIO

     Em pesquisa recente realizada pela Valio Inteligência Competitiva sobre as expectativas para o tamanho da safra citrícola de 2005/06, foram constatados os seguintes resultados.

     O número obtido para o cinturão foi de 304 milhões de caixas, com uma maior concentração nas regiões Centro e Sul, englobando os pólos produtores de Matão e Limeira.

      A expectativa também será de um tamanho de fruto com aproximadamente 15% a mais do que o observado na safra 2003/04, graças à menor incidência de CVC e também à redução da participação na produção das regiões Norte e Noroeste, pois nessas áreas o nível de dano econômico da doença é mais intenso.

    Se compararmos com a safra 04/05, que deverá encerrar com volume colhido acima de 360 milhões de caixas, a redução estimada será de aproximadamente 16%. Mas essa diminuição não será homogênea: a redução no tamanho da safra na região Sul provavelmente ficará entre 0% e 5% menor.

     Na mesorregião de Araras, principalmente no eixo Limeira-Mogi Mirim as variedades médias e tardias apresentam uma florada equivalente à observada no mesmo período do ano passado. Em algumas áreas que em 2004 foram observados grandes índices de infestação de antracnose, nesse ano os produtores melhoraram seus níveis de controle e a produção será maior.

    

     As maiores reduções se concentrarão nas regiões Norte e Noroeste, devido à redução no número de pés em produção, os quais foram erradicados e suas áreas substituídas por outras culturas (principalmente a cana-de-açúcar). Além disso, o número de frutos por pé nessas duas regiões está entre 20% e 30% menor que na safra 04/05.

 

    Em todas as regiões a Hamlin apresenta quebra de safra. A média de frutos por pé está próxima aos 800 frutos/pé. A redução representa entre 20% e 50% a menos do que o observado na última safra.

 

     Na região Centro, a que compreende o maior número de pés do cinturão, apresenta uma redução média entre 5% e 25% no número de frutos por pé em relação à 04/05.

 

     O excesso de chuvas em todo o cinturão nesse início de ano está dificultando o término da colheita em algumas áreas, o que tem inclusive prejudicado a qualidade de matéria-prima que as indústrias têm processado. Isto tenderá a fazer com que a remuneração dos produtores seja reduzida devido à elevação nos percentuais de refugo dados ao produto entregue nas fábricas.

 

     Além disso, a alta umidade desses últimos tempos pode tornar mais uma vez significativo o número de frutos temporões provenientes de floradas que têm sido observadas em diversas localidades em janeiro, o que fará com que diversas fábricas se mantenham abertas no período da entressafra entre janeiro e abril de 2006.

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