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Controle de doenças do milho


Jeferson Luís Rezende
Já sacramentado no meio agrícola, o tratamento fúngico na cultura do milho, caminha de maneira irreversível como um manejo regular.

É sabido que as doenças causam prejuízos, maiores ou menores; e, que em alguns casos justificam uma intervenção a fim de garantir a manutenção da rentabilidade do cultivo.

Enquanto alguns defendem a aplicação de fungicida no milho, outros poucos se opõem; cada qual com o argumento próprio, e todos, de maneira geral, com alguma razão.

O fato em si, é que as doenças causam prejuízos econômicos, que em determinados “materiais” são ainda maiores.

Em razão disto Fundações de Pesquisas, como: a ABC de Castro (PR), a FAPA de Entre Rios; e o Núcleo e Aviação e Tecnologia (NATA/PR) da UNICENTRO realizaram Ensaio de Campo, visando identificar a validade do tratamento fúngico na cultura do milho; o melhor momento para a entrada; a qualidade de adjuvantes; e, ainda, as ferramentas de aplicação disponíveis, como aérea e terrestre: a sua eficácia.

Explanações sobre o desempenho das aplicações, e análise de algumas plantas comparando os resultados dos diversos tratamentos efetuados, terrestre e aéreo, com diferentes tipos de adjuvantes, visando, principalmente, prevenir ou combater a ferrugem comum (Puccina sorghi) do milho, dentre outras doenças, na região de Castro, mostraram efetivamente a importância das aplicações fúngicas para garantir ganho de produtividade.

Em Entre Rios/Guarapuava, os pesquisadores Heraldo Feksa e Celso Wobeto também observaram os benefícios e a responsividade dos tratamentos.

De forma resumida, é oportuno ressaltar que para os materiais mais produtivos a aplicação do defensivo se mostrou válida e interessante economicamente.

Outro ponto observado, diz respeito ao momento da entrada: a aplicações tratorizadas realizadas na fase de pendoamento, interferiram sobre o controle da ferrugem (Puccinia sorghi), que já estavam presentes na lavoura.

Isso é importante porque mostra que independentemente do Equipamento Agrícola que será usado, trator ou avião, o momento da entrada e o defensivo escolhido terá fundamental importância para o efetivo controle sobre as doenças: fechando as “portas” para as mesmas, ou limitando os seus danos.

Estas informações servem para demonstrar que não há um momento único, fixo, para o tratamento fúngico, mas que a lavoura deve ser monitorada constantemente, e que a entrada deverá ser (preferencialmente) preventiva.

Os Ensaios mostraram também que a APLICAÇÃO AÉREA é segura, eficiente, e que consegue mesmo com baixos volumes de vazões, realizar uma boa cobertura sobre a planta, inclusive, nos terços inferiores. Mas, é importante fazer um “parêntese”, e ressaltar que as aplicações com volume de vazão de 20 litros por hectare, apresentaram uma performance melhor, com um maior número de gotas atingindo o terço inferior. Volume este que não se justifica quando analisado o custo/benefício. Optou-se por preconizar V.V 15 l/ha, como padrão para a região centro-sul do Paraná.

O Pesquisador Celso Wobeto (FAPA), ressalta ainda a questão da presença de “grãos ardidos” em razão da presença de doenças e não mais por conta de pragas – nos materiais geneticamente modificados; reforçando ainda mais a proposta de aplicação do fungicida na cultura.

Já o Pesquisador Heraldo Feksa (FAPA), mostrou nos resultados dos seus últimos trabalhos que o tratamento fúngico no milho veio para ficar, ou seja, será cada vez mais um manejo implícito para quem deseja manter bons índices de produtividade.

Ao longo dos últimos anos, especialmente nas últimas três ou quatro safras, muito se falou de fungicidas no milho e de aplicações aéreas e terrestres. Mas, parece que somente agora está claro que não se trata de uma “aventura” qualquer este manejo; uma imposição simplista da Indústria de Agroquímicos. É sim, uma necessidade.

No entanto, é imperioso destacar que os tratamentos precisam levar em conta a doença que será combatida, ou restringida e, o momento de entrada, para a escolha correta do Equipamento Pulverizador: aéreo ou terrestre.

As aplicações se equivalem tecnicamente, eventualmente com alguma vantagem para o tratamento aéreo – desde que devidamente programado. Infelizmente, muitos deixam para chamar o avião no afogadilho, como “bombeiro” e aí as coisas podem sair do controle.

As pulverizações modernas contemplam o uso de bons adjuvantes, que irão proteger as gotas de perdas excessivas por evaporação – deriva e fotodecomposição. Neste item em particular, é importante observar as moléculas existentes no mercado a fim de se evitar aquelas que podem causar injúrias e/ou danos na cultura.

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