Como a governança corporativa pode tornar os negócios familiares mais lucrativos
Governança corporativa é um conjunto de processos, regras e práticas que regem a forma como uma empresa é dirigida, administrada e controlada. Nos negócios familiares ela tem características próprias e particulares, pois o foco é dirigido para as inter-relações família, negócio e propriedade.
Tudo isso é muito bonito e muito importante, mas muitas pessoas, de viés mais pragmático perguntam com certa frequência: onde minha empresa ganha com isso? Para responder a essa pergunta elencamos alguns pontos abaixo:
1. Administrar os riscos de desequilíbrio entre o crescimento da família e o crescimento familiar: famílias costumam crescer em velocidade superior à dos negócios, principalmente negócios que já atingiram um certo nível de maturidade. As demandas da família em relação ao negócio costumam crescer nem sempre respeitando o caixa e a capacidade do negócio. A governança deve estabelecer critérios e regras que administrem essa tensão evitando que as necessidades da família comprometam projetos e investimentos essenciais para a empresa.
Resumo: a governança estabelece regras para que não saia do caixa da empresa o dinheiro que ela precisa.
2. Separar de interesses entre família e empresa: quando o negócio é tocado com o coração um dos dois vai mal: o negócio ou o coração. Evitar influências familiares negativas, como o palpite sem compromisso de um cunhado ou a excessiva ingerência de um irmão que olha tudo a distância, é um dos papéis da governança. Práticas como nepotismo e a influência da rivalidade entre irmãos na gestão, devem ser controladas através da criação de regras que se encaixam no escopo da governança corporativa.
Resumo: a governança evita que decisões sejam tomadas com base na razão e não na paixão, e com isso a empresa tende a ganhar mais dinheiro.
3. Evitar a saída de sócios: muitas empresas e propriedades rurais, por exemplo, acabam se pulverizando ou se descapitalizando pela saída de sócios familiares. A decisão pela saída muitas vezes ocorre por desconfiança, desentendimentos, rivalidades e conflitos pessoais em geral envolvendo familiares. Muitas vezes esse processo ocorre na transição para os herdeiros de um dos sócios que eventualmente faleceu. Com isso a empresa é obrigada a gastar fortunas em dinheiro ou em patrimônio apenas para indenizar esses sócios, enfraquecendo economicamente e sem agregar nada a operação. A governança tem como missão evitar a chance de ocorrência desse acontecimento ou ao menos assegurar que se isso ocorrer, irá se dar em condições de prazo e valores razoáveis para ambos os lados.
Resumo: a governança diminui a chance de saída de sócios e garante que se isso ocorrer se dará em condições razoáveis para ambos os lados.
4. Manter o foco na estratégia: administradores de empresas familiares muitas vezes gastam horas administrando conflitos, demandas e assuntos que dizem respeito preponderantemente a família, perdendo com isso o foco na operação e na estratégia do negócio. É papel da governança estabelecer foros e alçadas decisórias, bem como separar os assuntos conforme sua natureza.
Resumo: a governança evita que as pessoas percam tempo com conflitos, focando em geração de resultados.
5. Evitar que eventos envolvendo a vida pessoal dos sócios tragam prejuízo ao negócio: um casamento malsucedido, um investimento fracassado, uma doença inesperada, um acidente ou uma simples inscrição no SERASA. Eventos como estes acontecem em qualquer família e na falta de regras e deveres claramente definidos acabam por resultar em prejuízos para a empresa e, por conseguinte para todos os sócios. A implantação de práticas de governança corporativa deve prever situações como estas e estabelecer saídas para que elas não causem prejuízos ao negócio (sim, existem instrumentos jurídicos para isso).
Resumo: a governança corporativa evita que infortúnios envolvendo a vida pessoal dos sócios prejudiquem o caixa da empresa.
6. Aumenta o valor do negócio: por fim, e o mais importante, está o fato de que por todas as razões acima elencadas e ainda por razões que por falta de espaço não mencionamos aqui, a governança corporativa aumenta o valor do negócio, facilitando o acesso a crédito e a parceiros estratégicos. Afinal de contas você iria preferir investir, se associar ou emprestar dinheiro a uma empresa que é vulnerável a todos os fatores antes mencionados ou a uma empresa que está preparada para enfrentar tudo aquilo?
Resumo: a governança aumenta o valor do negócio e facilita o acesso a crédito e parceiros estratégicos.
Importa por fim salientar que os benefícios e princípios da governança são aplicáveis a negócios de qualquer porte e natureza. Produtores rurais, por exemplo, têm aderido com entusiasmo e excelentes resultados a essa tendência.
Tudo isso é muito bonito e muito importante, mas muitas pessoas, de viés mais pragmático perguntam com certa frequência: onde minha empresa ganha com isso? Para responder a essa pergunta elencamos alguns pontos abaixo:
1. Administrar os riscos de desequilíbrio entre o crescimento da família e o crescimento familiar: famílias costumam crescer em velocidade superior à dos negócios, principalmente negócios que já atingiram um certo nível de maturidade. As demandas da família em relação ao negócio costumam crescer nem sempre respeitando o caixa e a capacidade do negócio. A governança deve estabelecer critérios e regras que administrem essa tensão evitando que as necessidades da família comprometam projetos e investimentos essenciais para a empresa.
Resumo: a governança estabelece regras para que não saia do caixa da empresa o dinheiro que ela precisa.
2. Separar de interesses entre família e empresa: quando o negócio é tocado com o coração um dos dois vai mal: o negócio ou o coração. Evitar influências familiares negativas, como o palpite sem compromisso de um cunhado ou a excessiva ingerência de um irmão que olha tudo a distância, é um dos papéis da governança. Práticas como nepotismo e a influência da rivalidade entre irmãos na gestão, devem ser controladas através da criação de regras que se encaixam no escopo da governança corporativa.
Resumo: a governança evita que decisões sejam tomadas com base na razão e não na paixão, e com isso a empresa tende a ganhar mais dinheiro.
3. Evitar a saída de sócios: muitas empresas e propriedades rurais, por exemplo, acabam se pulverizando ou se descapitalizando pela saída de sócios familiares. A decisão pela saída muitas vezes ocorre por desconfiança, desentendimentos, rivalidades e conflitos pessoais em geral envolvendo familiares. Muitas vezes esse processo ocorre na transição para os herdeiros de um dos sócios que eventualmente faleceu. Com isso a empresa é obrigada a gastar fortunas em dinheiro ou em patrimônio apenas para indenizar esses sócios, enfraquecendo economicamente e sem agregar nada a operação. A governança tem como missão evitar a chance de ocorrência desse acontecimento ou ao menos assegurar que se isso ocorrer, irá se dar em condições de prazo e valores razoáveis para ambos os lados.
Resumo: a governança diminui a chance de saída de sócios e garante que se isso ocorrer se dará em condições razoáveis para ambos os lados.
4. Manter o foco na estratégia: administradores de empresas familiares muitas vezes gastam horas administrando conflitos, demandas e assuntos que dizem respeito preponderantemente a família, perdendo com isso o foco na operação e na estratégia do negócio. É papel da governança estabelecer foros e alçadas decisórias, bem como separar os assuntos conforme sua natureza.
Resumo: a governança evita que as pessoas percam tempo com conflitos, focando em geração de resultados.
5. Evitar que eventos envolvendo a vida pessoal dos sócios tragam prejuízo ao negócio: um casamento malsucedido, um investimento fracassado, uma doença inesperada, um acidente ou uma simples inscrição no SERASA. Eventos como estes acontecem em qualquer família e na falta de regras e deveres claramente definidos acabam por resultar em prejuízos para a empresa e, por conseguinte para todos os sócios. A implantação de práticas de governança corporativa deve prever situações como estas e estabelecer saídas para que elas não causem prejuízos ao negócio (sim, existem instrumentos jurídicos para isso).
Resumo: a governança corporativa evita que infortúnios envolvendo a vida pessoal dos sócios prejudiquem o caixa da empresa.
6. Aumenta o valor do negócio: por fim, e o mais importante, está o fato de que por todas as razões acima elencadas e ainda por razões que por falta de espaço não mencionamos aqui, a governança corporativa aumenta o valor do negócio, facilitando o acesso a crédito e a parceiros estratégicos. Afinal de contas você iria preferir investir, se associar ou emprestar dinheiro a uma empresa que é vulnerável a todos os fatores antes mencionados ou a uma empresa que está preparada para enfrentar tudo aquilo?
Resumo: a governança aumenta o valor do negócio e facilita o acesso a crédito e parceiros estratégicos.
Importa por fim salientar que os benefícios e princípios da governança são aplicáveis a negócios de qualquer porte e natureza. Produtores rurais, por exemplo, têm aderido com entusiasmo e excelentes resultados a essa tendência.