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Adeus 2007...


Amado de Olveira Filho

Muitos serão os balanços que veremos a respeito do ano de 2007 para os diversos setores da economia. Serei mais um a oferecer minha opinião, porém, restringindo ao agronegócio. De pronto posso afirmar que encerramos um ano que se mostrava extremamente difícil, mas, no seu decorrer, algumas nuances favoráveis ao setor permite o seu encerramento numa situação menos crítica.

 As causas para que o ano de 2007 não seja considerado um ótimo ano para a agropecuária são as mesmas conhecidas de longa data, sendo que o endividamento rural com conseqüentes dificuldades credíticias se apresenta como os mais difíceis de solução e ainda comprometem a rentabilidade do setor.

 Outra também de conseqüências graves para o setor e, de responsabilidade do Governo Federal é a falta de logística de transporte. Além de concorrer para a diminuição da renda rural, tem como solução o PAC, que no caso de Mato Grosso, seu andamento não oferece segurança, apesar de mais um compromisso de autoridades de pelo menos a BR 163 ter seu andamento a partir do próximo ano.

 O câmbio é uma outra variável de forte concorrência para o insucesso da rentabilidade do setor, porém, em médio prazo, seus efeitos serão assimilados pelos produtores, especialmente os produtores de soja e algodão. Porém, neste ano, os efeitos cambiais, somados as taxas de juros praticadas pelas tradings, custo do diesel e frete, mais a venda antecipada abaixo dos preços do mercado praticados atualmente, traduzem as dificuldades da safra a ser colhida em 2008.

 Por outro lado, algumas questões podem também traduzir o ano de 2007 como um ano altamente pedagógico. Exemplo disso são os encaminhamentos a respeito das questões ambientais. Neste caso, está acontecendo um movimento extremamente consciente dos produtores liderados pelas entidades representativas do setor. Seguramente, o Estado de Mato Grosso surpreenderá o Brasil e o mundo no quesito meio ambiente. Haveremos de continuar a liderar a produção das principais commoditieis, porém, com sustentabilidade ambiental.

 Uma outra questão de extrema importância para o setor é a mudança da matriz energética onde o biodiesel surge como uma excelente alternativa para os produtores, especialmente através da cooperativa criada pelos próprios produtores onde parte da produção será destinada para a produção de biodiesel.

 Na mesma linha do biodiesel, a produção de etanol foi bastante discutida durante todo o ano, sendo que no segundo semestre algumas ações concretas nos oferecem a segurança de que mais uma alternativa econômica está batendo às nossas portas e que no próximo ano haveremos de produzir mais cana de açúcar e tentar fazer com que aumentando a nossa produção possamos fazer com que o Governo e seu PAC tragam o poliduto a Mato Grosso, assegurando assim, a nossa competitividade neste segmento.

 Outra novidade foram as estréias na Câmara Federal dos ruralistas Homero Pereira e Nery Geler e no Senado da República de Jayme Campos, sem dúvidas são garantias de que os temas de interesse do setor serão conduzidos com a necessária agilidade.

 Àqueles que acompanharam minhas discussões nas publicações semanais do Jornal A Gazeta, desejo um Feliz Natal e próspero ano novo com a certeza de que estaremos juntos em 2008 acompanhando o desenvolvimento do agronegócio mato-grossense e brasileiro.

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