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A enorme e cobiçada raposa


Amado de Olveira Filho
Em um pequeno País Europeu, porém, de grande poder econômico e militar, a caça à raposa é um esporte praticado por ilustres e nobres. No Brasil também se desenvolve a caça à raposa. Neste caso, a raposa é enorme e cobiçada igualmente por nobres internacionais que se utilizam da “ingenuidade” de comunidades indígenas e estendem seus tentáculos dentro de nosso País.

 Isto é permitido em função de que simplesmente o Brasil não tem política indígena, assim afirmou o último herói da Amazônia, o General de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-comandante militar da Amazônia. Segundo ele, “a política indigenista está dissociada da história brasileira e tem de ser revista urgentemente. Não sou contra os órgãos do setor. Quero me associar para rever uma política que não deu certo; é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica”.
 Estas afirmações foram feitas por um militar que, segundo o próprio Exercito, é um Oficial tríplice coroado, que significa ter sido classificado em primeiro lugar de sua turma na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), uma prerrogativa rara, alcançada apenas por aqueles que possuem uma inteligência privilegiada. Para o Governo, um indisciplinado. Afinal para que serve um General inteligente?
 Na verdade este episódio que vem se desenrolando há décadas, hoje depende do Supremo Tribunal Federal e da queda de braços de organismos internacionais com produtores e lideranças rurais e de uma população em estado de desesperança. Porém, a questão indígena não está relegada ao Estado de Roraima. No nosso vizinho Estado de Mato Grosso do Sul, a reivindicação dos indígenas, patrocinada também por Ong´s, está desarticulando a produção agropecuária e pretendem transformar municípios inteiros em terras indígenas.
 Em Mato Grosso a situação não é diferente. Existe toda a sorte de problemas nesta área. Da mesma forma, pretendem ocupar municípios inteiros, como é o caso do Município de Nova Nazaré no Vale do Araguaia. Enfim, para determinadas Organizações Não Governamentais, pouco importa o resto da população, a produção agropecuária e o bem estar social. Para eles é imperioso o conflito e, somente assim, conseguem alavancar recursos internacionais para a manutenção de suas qualidades de vidas. E não se trata de pouco dinheiro!
 Certamente que, os produtores rurais de Roraima são os alvos. Na verdade, o grande e imperioso motivo de retirá-los não é para entregar terras aos índios, mas para manter intacto o seu subsolo, suas riquezas minerais, numa porção de terra que teimam em rotular de “Nações Indígenas” e que nós produtores rurais não aceitamos e, até mesmo, algumas comunidades indígenas não aceitam, preferem ser denominados de “povos indígenas”.

 O impasse deve continuar por muito tempo, está estabelecida no Brasil uma insegurança jurídica sem precedentes e, cobrar um reordenamento jurídico a toques de caixa tanto do Congresso Nacional como do Supremo Tribunal Federal é algo impossível. O Congresso Nacional é fortemente monitorado pelo Poder Executivo que constituiu uma maioria onde só são votadas matérias de interesse do próprio governo. Já o STF, sempre abarrotado de processos e, muitas vezes exercendo também o papel legislativo.
 Enquanto isto a Amazônia que verdadeiramente é nossa, fica com seus 11 mil e 500 km de fronteira à disposição de interesses internacionais, onde brasileiros não são bem vindos e já foram fotografadas e publicadas em revistas de circulação nacional bandeiras da União Européia e de dezenas de outros países. O episódio da raposa terra do sol será emblemático para as centenas de conflitos de terras envolvendo índios e não índios por todo o Brasil.
Não se enganem, se os brasileiros não se unirem em torno de uma bandeira de que a Amazônia é nossa, chegará o dia em que definitivamente, perderemos um território extraordinário que a maioria da população desconhece, porém, que boa parte do mundo está de olho e com ações concretas para dela tomar posse.

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